Narrativas De Autoformatação De Professores

Não são poucos os autores do campo da Psicanálise que nos ajudaram a trazer para o campo educacional, discussões tocantes à análise da profissão do professor como uma das tarefas impossíveis.

Tal impossibilidade carrega consigo a perspectiva de que todo ato educativo carrega em si o empreendimento do fracasso dada a “paixão humana pela ignorância”, sendo imprevisível e contingente. Desse modo, o exercício da docência, na construção narcísica da profissão, tem se afastado, sobremaneira, da atividade de “aprender” e concentrado-se mais no “ensinar”. Desse modo, muitas exigências e demandas contemporâneas tornam-se características centrais do trabalho docente e, obviamente, a consciência de qualquer fragilidade, bem como uma das razões para o sofrimento psíquico. Como afirma a epígrafe deste prefácio, nenhum professor gosta de abrir mão da “arrogância narcísica” que mascara sua falta de saber.
Nesse movimento, as desculpas travestidas do rótulo “eu não estou preparado”, “não tive formação” são importantes recursos discursivos para justificar alguma saúde profissional e psíquica. Diante de algum novo desafio, como as propostas uso de tecnologias digitais em sala de aula, os discursos do “não saber” emergem como retórica constante. Consciente dessas assertivas, Narrativas De Autoformatação De Professores, oriundo de narrativas autobiográficas dos acadêmicos/as do curso de Pedagogia da Universidade São José – USJ, produzidas ao término da disciplina de Educação e Tecnologias, ministrada por mim durante o segundo semestre de 2016. Foi uma disciplina que tive o privilégio de ministrar, problematizando as relações entre os usos e desusos que os docentes fazem das tecnologias, em especial, as tecnologias digitais no contexto da sala de aula. Dividido em artigos dos acadêmicos, Narrativas De Autoformatação De Professores parte do pressuposto de que as tecnologias digitais estão presentes na escola e que precisamos compreender como se configuram os usos que os docentes fazem delas no espaço da sala de aula. Dentre estes usos, desenvolvemos a perspectiva de que o próprio “desuso” pode e deve nos sinalizar algo sobre o movimento de apropriação docente das tecnologias digitais. Inspirado em estudos e pesquisas de diferentes teóricos, discutimos temáticas em torno das subjetividades docentes, aspectos esses ainda poucos explorados na dualidade que se estabelece entre a Educação e a Cultura digital.

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Não são poucos os autores do campo da Psicanálise que nos ajudaram a trazer para o campo educacional, discussões tocantes à análise da profissão do professor como uma das tarefas impossíveis. Tal impossibilidade carrega consigo a perspectiva de que todo ato educativo carrega em si o empreendimento do fracasso dada a “paixão humana pela ignorância”, sendo imprevisível e contingente. Desse modo, o exercício da docência, na construção narcísica da profissão, tem se afastado, sobremaneira, da atividade de “aprender” e concentrado-se mais no “ensinar”. Desse modo, muitas exigências e demandas contemporâneas tornam-se características centrais do trabalho docente e, obviamente, a consciência de qualquer fragilidade, bem como uma das razões para o sofrimento psíquico. Como afirma a epígrafe deste prefácio, nenhum professor gosta de abrir mão da “arrogância narcísica” que mascara sua falta de saber.
Nesse movimento, as desculpas travestidas do rótulo “eu não estou preparado”, “não tive formação” são importantes recursos discursivos para justificar alguma saúde profissional e psíquica. Diante de algum novo desafio, como as propostas uso de tecnologias digitais em sala de aula, os discursos do “não saber” emergem como retórica constante. Consciente dessas assertivas, Narrativas De Autoformatação De Professores, oriundo de narrativas autobiográficas dos acadêmicos/as do curso de Pedagogia da Universidade São José – USJ, produzidas ao término da disciplina de Educação e Tecnologias, ministrada por mim durante o segundo semestre de 2016. Foi uma disciplina que tive o privilégio de ministrar, problematizando as relações entre os usos e desusos que os docentes fazem das tecnologias, em especial, as tecnologias digitais no contexto da sala de aula. Dividido em artigos dos acadêmicos, Narrativas De Autoformatação De Professores parte do pressuposto de que as tecnologias digitais estão presentes na escola e que precisamos compreender como se configuram os usos que os docentes fazem delas no espaço da sala de aula. Dentre estes usos, desenvolvemos a perspectiva de que o próprio “desuso” pode e deve nos sinalizar algo sobre o movimento de apropriação docente das tecnologias digitais. Inspirado em estudos e pesquisas de diferentes teóricos, discutimos temáticas em torno das subjetividades docentes, aspectos esses ainda poucos explorados na dualidade que se estabelece entre a Educação e a Cultura digital.

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