História, Filosofia E Espaços

História, Filosofia E Espaços: A Idéia De Ocidente Em Oswald Spengler - Neste livro, Leilane aborda como o discurso filosófico spengleriano, que tematiza o que ele vê como sendo a decadência do Ocidente, texto escrito sob o impacto da Primeira Guerra Mundial e da derrota alemã, redefine a categoria de Ocidente e antevê a emergência de novas configurações geopolíticas que viriam definitivamente reposicionar o lugar da Europa no mundo. Tanto Leilane como Spengler parecem jogar o perigoso jogo do descentramento, da redefinição das margens, à medida que questionam o que é definido como sendo o centro e como sendo as margens.


Talvez um dos motivos que tenha tornado Spengler um autor esquecido, um autor obscuro, marginalizado no pensamento e na historiografia ocidental tenha sido o fato de ter posto em questão a centralidade do Ocidente e de ter prognosticado que ele estaria caminhando para se tornar apenas uma margem, uma fronteira da civilização contemporânea.
Talvez ele nunca tenha sido perdoado por prognosticar a perda de centralidade do mundo ocidental, por ter sido um dos primeiros a explicitar o caráter político da categoria Ocidente. Outros, mais tarde, o farão com mais brilho e terão merecido reconhecimento, como Claude Lévi-Strauss, talvez por não ser, como Spengler, um pensador pertencente ao país derrotado nas duas grandes guerras do século XX e acusado de simpatizar com o nazismo.
Embora tenha se afastado do nazismo e não possa ser culpado pelo uso que ele fez de seus escritos, talvez nunca tenha sido perdoado por prognosticar o que, mesmo hoje diante da ascensão da China, ainda pareça inaceitável: o descentramento do Ocidente no mundo, se não a decadência, pelo menos o próprio questionamento da categoria Ocidente como sendo válida para se pensar e escrever a história do mundo contemporâneo.
História, Filosofia E Espaços supera essa visão naturalizada dos espaços, toma as categorias espaciais como aquilo que são, ou seja, as toma como conceitos, como elaborações humanas, como sendo fruto de dado regime de sensibilidade e de dado regime de inteligibilidade, como sendo fruto do pensar humano, das elaborações culturais e simbólicas dos homens, estabelecidas a partir de seus mais distintos interesses, concepções e desejos, sendo mediadas por lutas e conflitos de toda ordem.

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História, Filosofia E Espaços: A Idéia De Ocidente Em Oswald Spengler – Neste livro, Leilane aborda como o discurso filosófico spengleriano, que tematiza o que ele vê como sendo a decadência do Ocidente, texto escrito sob o impacto da Primeira Guerra Mundial e da derrota alemã, redefine a categoria de Ocidente e antevê a emergência de novas configurações geopolíticas que viriam definitivamente reposicionar o lugar da Europa no mundo. Tanto Leilane como Spengler parecem jogar o perigoso jogo do descentramento, da redefinição das margens, à medida que questionam o que é definido como sendo o centro e como sendo as margens.
Talvez um dos motivos que tenha tornado Spengler um autor esquecido, um autor obscuro, marginalizado no pensamento e na historiografia ocidental tenha sido o fato de ter posto em questão a centralidade do Ocidente e de ter prognosticado que ele estaria caminhando para se tornar apenas uma margem, uma fronteira da civilização contemporânea.
Talvez ele nunca tenha sido perdoado por prognosticar a perda de centralidade do mundo ocidental, por ter sido um dos primeiros a explicitar o caráter político da categoria Ocidente. Outros, mais tarde, o farão com mais brilho e terão merecido reconhecimento, como Claude Lévi-Strauss, talvez por não ser, como Spengler, um pensador pertencente ao país derrotado nas duas grandes guerras do século XX e acusado de simpatizar com o nazismo.
Embora tenha se afastado do nazismo e não possa ser culpado pelo uso que ele fez de seus escritos, talvez nunca tenha sido perdoado por prognosticar o que, mesmo hoje diante da ascensão da China, ainda pareça inaceitável: o descentramento do Ocidente no mundo, se não a decadência, pelo menos o próprio questionamento da categoria Ocidente como sendo válida para se pensar e escrever a história do mundo contemporâneo.
História, Filosofia E Espaços supera essa visão naturalizada dos espaços, toma as categorias espaciais como aquilo que são, ou seja, as toma como conceitos, como elaborações humanas, como sendo fruto de dado regime de sensibilidade e de dado regime de inteligibilidade, como sendo fruto do pensar humano, das elaborações culturais e simbólicas dos homens, estabelecidas a partir de seus mais distintos interesses, concepções e desejos, sendo mediadas por lutas e conflitos de toda ordem.

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