A Economia Em Machado De Assis

Gustavo H. B. Franco (Org.) - A Economia Em Machado De Assis: O Olhar Oblíquo Do Acionista
Machado de Assis escreveu cerca de 600 crônicas entre 1883 e 1900, muitas delas publicadas em jornais da época e que trataram de temas importantes como a Abolição da Escravatura, o Encilhamento e a Proclamação da República.


A partir desse rico e vasto material historiográfico, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco produziu, em A Economia Em Machado De Assis, uma seleção inédita de textos do escritor, que tratam de temas econômicos e financeiros da época. Além da seleção, Gustavo Franco introduz e comenta os textos de Machado de Assis, contextualizando os fatos que ganharam a atenção e o olhar do cronista.
A Economia Em Machado De Assis é, assim, um privilégio historiográfico, a chance de visitar o passado brasileiro, em um momento rico e tumultuado, com a companhia de um dos grandes escritores da literatura mundial e um dos mais brilhantes economistas do país.
Em sua apresentação do livro de Gustavo Franco A economia em Pessoa, Alberto da Costa e Silva escreveu que nessa obra não somente o poeta Fernando Pessoa se revelava um arguto analista econômico, como o economista Gustavo Franco se revelava um fino comentador literário. Agora Franco volta a surpreender. Escrevendo sobre o “olhar oblíquo do acionista”, o autor demonstra possuir um olhar tão oblíquo quanto o do bruxo do Cosme Velho, pois conseguiu descobrir em várias crônicas de Machado de Assis um leitmotiv que escapou a críticos literários dotados de visão mais retilínea.
Se considerarmos as crônicas reproduzidas em A Economia Em Machado De Assis como uma espécie de narrativa, distribuída em 39 capítulos, o enredo dessa narrativa é constituído em sua maior parte pela preocupação machadiana com os acionistas, suas assembleias, suas deliberações e seus dividendos.
O sujeito da narrativa é Machado, um Machado mais oblíquo que nunca, pois finge ver o Brasil e o mundo na perspectiva de uma das figuras mais equívocas da modernidade — a do acionista. Em geral, Machado o apresenta como alguém radicalmente passivo.
Quando comparece às assembleias, é à força, arrastado pelos empregados, para perfazer o quorum regulamentar. Seu interesse único está no recebimento dos dividendos. Se a empresa paga os dividendos, os “divisores”, que dirigem a empresa, estão livres para fazer o que quiserem.

 

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Gustavo H. B. Franco (Org.) – A Economia Em Machado De Assis: O Olhar Oblíquo Do Acionista
Machado de Assis escreveu cerca de 600 crônicas entre 1883 e 1900, muitas delas publicadas em jornais da época e que trataram de temas importantes como a Abolição da Escravatura, o Encilhamento e a Proclamação da República.
A partir desse rico e vasto material historiográfico, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco produziu, em A Economia Em Machado De Assis, uma seleção inédita de textos do escritor, que tratam de temas econômicos e financeiros da época. Além da seleção, Gustavo Franco introduz e comenta os textos de Machado de Assis, contextualizando os fatos que ganharam a atenção e o olhar do cronista.
A Economia Em Machado De Assis é, assim, um privilégio historiográfico, a chance de visitar o passado brasileiro, em um momento rico e tumultuado, com a companhia de um dos grandes escritores da literatura mundial e um dos mais brilhantes economistas do país.
Em sua apresentação do livro de Gustavo Franco A economia em Pessoa, Alberto da Costa e Silva escreveu que nessa obra não somente o poeta Fernando Pessoa se revelava um arguto analista econômico, como o economista Gustavo Franco se revelava um fino comentador literário. Agora Franco volta a surpreender. Escrevendo sobre o “olhar oblíquo do acionista”, o autor demonstra possuir um olhar tão oblíquo quanto o do bruxo do Cosme Velho, pois conseguiu descobrir em várias crônicas de Machado de Assis um leitmotiv que escapou a críticos literários dotados de visão mais retilínea.
Se considerarmos as crônicas reproduzidas em A Economia Em Machado De Assis como uma espécie de narrativa, distribuída em 39 capítulos, o enredo dessa narrativa é constituído em sua maior parte pela preocupação machadiana com os acionistas, suas assembleias, suas deliberações e seus dividendos.
O sujeito da narrativa é Machado, um Machado mais oblíquo que nunca, pois finge ver o Brasil e o mundo na perspectiva de uma das figuras mais equívocas da modernidade — a do acionista. Em geral, Machado o apresenta como alguém radicalmente passivo.
Quando comparece às assembleias, é à força, arrastado pelos empregados, para perfazer o quorum regulamentar. Seu interesse único está no recebimento dos dividendos. Se a empresa paga os dividendos, os “divisores”, que dirigem a empresa, estão livres para fazer o que quiserem.

 

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