Para que a educação seja concretamente uma obra transformadora e criadora, é imprescindível que nós educadores, estejamos abertos à reflexão crítica e problematizadora das práticas e modelos pedagógicos

que constituem o arcabouço de conhecimentos instituintes do processo da formação de professores. O sentido principal dessa possibilidade é a superação do paradigma tradicional presente no processo de ensinar e aprender em direção ao paradigma emergente, de forma que se abra a possibilidade de voos mais altos e desafiadores, de experimentação e de transmutação.
A partir dessa premissa organiza-se o Curso de Pedagogia de nossa Universidade, conduzindo o estudo das teorias e das práticas educativas, percebendo-as como um processo que inclui e vai além do espaço da sala de aula e da escola e que referenda a relação pedagógica como um ato planejado e intencional entre educador, educando e o objeto do conhecimento. Imprescindível dizer que, nesta seara, são grandes os desafios e, maiores ainda, são as possibilidades.
Uma trajetória profissional não se faz isoladamente, ela se constrói a partir dos caminhos ditados pelas escolhas feitas que, entrelaçadas às oportunidades e a abertura ao Outro, delineiam os tensionamentos, as descobertas, os acertos e os erros que integram esse que fazer.
Em um momento em que cada vez mais se buscam respostas à dicotomia teoria/prática, objetivando minimizar as diferenças e os espaços existentes entre as pesquisas na área da educação e suas reais condições de aplicabilidade, dirimindo a máxima de que há os que pensam e os que executam; aprofundar temas relativos ao escopo de atuação pedagógica procurando respostas ou indicadores que possibilitassem o avanço dessas questões e a superação das verdades por elas já impetradas revela a grande relevância acadêmica e social da abordagem das produções que aqui se apresentam.
Nesta obra coletiva, construída por jovens-educadores experientes – Trajetórias Formativas: experiências compartilhadas no Curso de Pedagogia – encontramos janelas e portas abertas à construção do novo, do inusitado, do clássico, do provocativo e do mobilizador.