Em Quê A Poesia Faz Pensar?

Os autores de Em Quê A Poesia Faz Pensar articulam filosofia e literatura, a partir da análise de poemas escritos em língua portuguesa.

Apesar de Fernando Pessoa sabiamente advertir que “o único prefácio de uma obra é o cérebro de quem a lê”, este livro requer pelo menos um curto prefácio, já que a explicação a seguir não teria como brotar do nada no cérebro do leitor.

Incautamente, convidei o poeta e estudioso da poesia Carlos Felipe Moisés para juntos escrevermos um livro no qual pudéssemos articular filosofia e literatura, a partir da análise de poemas escritos em língua portuguesa.

Fiei-me no que ele me confidenciara: mesmo tendo passado a vida centrado na literatura, nunca deixou de manter um olho na filosofia. Invertidos os interesses, tem sido similar o meu: centrado na filosofia, nunca deixei de manter um olho na poesia.

O amável poeta não só aceitou o convite como, em tempo, enviou-me, já publicada um ano antes, a parte que lhe caberia nesse minifúndio:
Poesia Faz Pensar (Coleção Para Gostar de Ler), uma recolha de poemas organizados em cinco capítulos, cada qual encimado por um verso extraído da poesia camoniana: 1. É tudo quanto sinto um desconcerto; 2. Um contentamento descontente; 3. Errei todo o discurso de meus anos; 4. Continuamente vemos novidades; 5. Se lá no assento etéreo, onde subsiste.

A antologia abrange um largo espectro, do século XVI (Camões e Sá de Miranda) ao século XX (Mário, Drummond, João Cabral e outros) e abre com uma apresentação metodológica clara (“Poesia: sentir e pensar”), além de incluir um painel com os principais dados dos poetas selecionados e
uma seção de referências bibliográficas.

Cada capítulo inicia com uma dica de leitura e termina com um comentário aos poemas escolhidos.

O que restava para mim? Nada mais, além de um desafio: a poesia faz pensar. A tarefa do crítico literário era assegurar isso; e ele o fez. Mas em quê a poesia faz pensar? Responder a esta pergunta seria o desafio do filósofo.

Como, entretanto, desincumbir-me da tarefa? A primeira ideia seria escrever metacomentários aos comentários desenvolvidos pelo crítico. Mas, então, o meu escrito ficaria à mercê de uma improvável segunda edição do livro, sobrecarregando-o. Por isso mesmo, a primeira ideia teve de ser descartada.

A segunda seria aceitar a escolha de poemas feita por ele e desenvolver meus próprios comentários, numa espécie de “segunda visão” do mesmo material. Mas essa segunda visão logo se mostraria dispensável, tão suficiente é o que já foi realizado na primeira visão. Que fazer, portanto?

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Apesar de Fernando Pessoa sabiamente advertir que “o único prefácio de uma obra é o cérebro de quem a lê”, este livro requer pelo menos um curto prefácio, já que a explicação a seguir não teria como brotar do nada no cérebro do leitor.

Incautamente, convidei o poeta e estudioso da poesia Carlos Felipe Moisés para juntos escrevermos um livro no qual pudéssemos articular filosofia e literatura, a partir da análise de poemas escritos em língua portuguesa.

Fiei-me no que ele me confidenciara: mesmo tendo passado a vida centrado na literatura, nunca deixou de manter um olho na filosofia. Invertidos os interesses, tem sido similar o meu: centrado na filosofia, nunca deixei de manter um olho na poesia.

O amável poeta não só aceitou o convite como, em tempo, enviou-me, já publicada um ano antes, a parte que lhe caberia nesse minifúndio:
Poesia Faz Pensar (Coleção Para Gostar de Ler), uma recolha de poemas organizados em cinco capítulos, cada qual encimado por um verso extraído da poesia camoniana: 1. É tudo quanto sinto um desconcerto; 2. Um contentamento descontente; 3. Errei todo o discurso de meus anos; 4. Continuamente vemos novidades; 5. Se lá no assento etéreo, onde subsiste.

A antologia abrange um largo espectro, do século XVI (Camões e Sá de Miranda) ao século XX (Mário, Drummond, João Cabral e outros) e abre com uma apresentação metodológica clara (“Poesia: sentir e pensar”), além de incluir um painel com os principais dados dos poetas selecionados e
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O que restava para mim? Nada mais, além de um desafio: a poesia faz pensar. A tarefa do crítico literário era assegurar isso; e ele o fez. Mas em quê a poesia faz pensar? Responder a esta pergunta seria o desafio do filósofo.

Como, entretanto, desincumbir-me da tarefa? A primeira ideia seria escrever metacomentários aos comentários desenvolvidos pelo crítico. Mas, então, o meu escrito ficaria à mercê de uma improvável segunda edição do livro, sobrecarregando-o. Por isso mesmo, a primeira ideia teve de ser descartada.

A segunda seria aceitar a escolha de poemas feita por ele e desenvolver meus próprios comentários, numa espécie de “segunda visão” do mesmo material. Mas essa segunda visão logo se mostraria dispensável, tão suficiente é o que já foi realizado na primeira visão. Que fazer, portanto?

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