
A obra reúne uma série de dados e análises do segundo maior município paraense, marcado por uma trajetória de impactos socioambientais e lutas por um ambiente mais sustentável na região.
O debate sobre a função estratégica da agricultura de base familiar no Brasil não é recente e ganhou importância a partir de conjunturas específicas ao longo do tempo, como as lutas sociais camponesas no início do século XX; a retomada das lutas na abertura democrática nos anos 1980; o fortalecimento das organizações sociais dos agricultores e assentamento de milhares de famílias agricultoras nos anos 1990; e, mais recentemente, com o reconhecimento do papel fundamental na produção de alimentos, no manejo da agrobiodiversidade e na pluriatividade dos estabelecimentos agrícolas familiares, dinamizando economias locais.
Os métodos tradicionais de pesquisa não são capazes de captar as nuances das relações político-institucionais; das possibilidades de transição agroecológica dos sistemas produtivos; e os índices de sustentabilidade destes sistemas em contextos complexos como os da fronteira de desmatamento na região amazônica.
A busca por referenciais teórico-metodológicos que transcendam os olhares estáticos e estreitos da ciência convencional sobre esta categoria social – agricultura familiar – é sempre desafiadora.
Os estudos contidos em Governança Socioambiental Na Amazônia possuem como fios condutores referenciais e técnicas de pesquisa que buscam a leitura e problematização da realidade concreta; a construção de soluções possíveis em conjunto com os atores locais de desenvolvimento; e a execução de ações efetivas para superação dos problemas encontrados.
Alguns exemplos desses referenciais que permeiam a produção textual em tela são a pesquisa-ação; a investigação-ação participativa; a abordagem sistêmica; a Análise Diagnóstico de Sistemas Agrários (ADSA); e a Avaliação de Sistemas de Manejo de Recursos Naturais Incorporando Indicadores de Sustentabilidade.











