Epitacio Pessôa: Na Europa E No Brasil

Epitacio Pessôa: Na Europa E No Brasil - A obra parte de importante fonte primária inédita, as anotações diárias de viagem do futuro presidente da República, Epitacio Pessôa, à Europa em 1897, reunidas por seu neto, o embaixador Carlos Alberto Pessôa Pardellas.
O livro conta com apresentação do embaixador Alberto da Costa e Silva, prefácio do embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, e prólogo do jurista e ex-ministro das Relações Exteriores, Francisco Rezek.


São quatro cadernos de capa preta. Neles Epitacio Pessôa guardou, numa letra miúda que pede às vezes o socorro da lupa, um pouco do que lhe coube ver e viver, durante a viagem de quase um ano que fez, em 1897, à Europa.
É possível que a tenha concebido como uma repetição daquele Grand Tour com que os aristocratas britânicos completavam sua educação: saíam do isolamento de suas ilhas e se demoravam no continente, e por mais tempo na Itália, a embeber-se do que se considerava a alta cultura.
Epitacio Pessôa não buscava, porém, refazer-se nas lições da Antiguidade e do Renascimento. No seu diário de viagem, não demonstra comover-se, como o teriam feito o seu pai e o seu avô, diante de ruínas da Grécia e da Roma clássicas, nem entusiasmar-se, como sucederia com a geração de seus netos, com as construções barrocas e rococós das cidades que visitou, reservando o elogio para alguns grandes palácios, nos quais louva o bom uso dos materiais nobres – dos mármores, do granito, do alabastro, do pórfiro, do bronze e da prata.
E anota cuidadosamente as dimensões de edifícios, estátuas e monumentos, mais atento ao tamanho deles e ao arrojo técnico de que são produtos do que à beleza de suas formas.
O seu olhar era o de uma época que queria bem a si mesma e que opunha às ruas estreitas e cheias de curvas, as avenidas retas, largas e ensolaradas. Não se estranhará, por isso, que procure os bairros novos das cidades que visita e se desinteresse ou queixe dos antigos, aqueles mesmos que hoje nos fascinam.
Ele reserva as boas palavras para o que a Europa tinha de moderno e podia servir de exemplo e modelo.

 

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Epitacio Pessôa: Na Europa E No Brasil – A obra parte de importante fonte primária inédita, as anotações diárias de viagem do futuro presidente da República, Epitacio Pessôa, à Europa em 1897, reunidas por seu neto, o embaixador Carlos Alberto Pessôa Pardellas.
O livro conta com apresentação do embaixador Alberto da Costa e Silva, prefácio do embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, e prólogo do jurista e ex-ministro das Relações Exteriores, Francisco Rezek.
São quatro cadernos de capa preta. Neles Epitacio Pessôa guardou, numa letra miúda que pede às vezes o socorro da lupa, um pouco do que lhe coube ver e viver, durante a viagem de quase um ano que fez, em 1897, à Europa.
É possível que a tenha concebido como uma repetição daquele Grand Tour com que os aristocratas britânicos completavam sua educação: saíam do isolamento de suas ilhas e se demoravam no continente, e por mais tempo na Itália, a embeber-se do que se considerava a alta cultura.
Epitacio Pessôa não buscava, porém, refazer-se nas lições da Antiguidade e do Renascimento. No seu diário de viagem, não demonstra comover-se, como o teriam feito o seu pai e o seu avô, diante de ruínas da Grécia e da Roma clássicas, nem entusiasmar-se, como sucederia com a geração de seus netos, com as construções barrocas e rococós das cidades que visitou, reservando o elogio para alguns grandes palácios, nos quais louva o bom uso dos materiais nobres – dos mármores, do granito, do alabastro, do pórfiro, do bronze e da prata.
E anota cuidadosamente as dimensões de edifícios, estátuas e monumentos, mais atento ao tamanho deles e ao arrojo técnico de que são produtos do que à beleza de suas formas.
O seu olhar era o de uma época que queria bem a si mesma e que opunha às ruas estreitas e cheias de curvas, as avenidas retas, largas e ensolaradas. Não se estranhará, por isso, que procure os bairros novos das cidades que visita e se desinteresse ou queixe dos antigos, aqueles mesmos que hoje nos fascinam.
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