Redes De Indignação E Esperança

Redes De Indignação E Esperança: Movimentos Sociais Na Era Da Internet - Tendo escrito Cidade, Democracia E Socialismo: A Experiência Das Associações De Vizinhos De Madri e A Sociedade Em Rede, Manuel Castells parece confluir suas reflexões teóricas sobre associativismo e tecnologias de informação no livro Redes De Indignação E Esperança, publicado no Brasil no semestre seguinte às manifestações de junho.


No prefácio da obra, intitulado “Articular mentes, criar significado, contestar o poder”, Castells apresenta o livro, ressaltando a importância de compreender os movimentos sociais em seu processo de formação, dinâmica, valores e perspectivas de transformação social, destacando o papel da comunicação no processo de compartilhamento de significados e troca de informações. Nesse viés o autor defende que uma comunicação autônoma é a essência dos movimentos sociais que buscam contestar o poder instituído.
Interpretando as mobilizações ocorridas no mundo árabe, na Espanha e nos EUA, o autor discorre – no capítulo “Prelúdio à revolução: onde tudo começou” – sobre pontos como: 1) as conexões existentes entre os diferentes eventos; 2) os valores culturais de cada local; e 3) a relação entre a autonomia da comunicação e o contrapoder – exercidos pelos movimentos sociais frente ao poder institucional do Estado monopolizador da violência.
Entendendo que o prelúdio das mobilizações ocorridas em vários países se iniciou na Islândia e na Tunísia, locais marcados respectivamente pelo colapso financeiro e autoimolação do jovem Mohamed Bouaziz, Castells analisou – inicialmente – como a composição étnica, profissional e religiosa dos manifestantes, o déficit democrático e a articulação entre a comunicação livre – expressa por meio de TVs como a Al Jazeera e comunidades virtuais – possibilitaram a ocupação de espaços públicos por milhares de manifestantes.
A contribuição de Redes De Indignação E Esperança é importante não só pela atualidade do debate, mas também por fornecer um modelo explicativo que foca as mobilizações não apenas por meio dos condicionantes macro-históricos ou organizacionais, considerando, assim, aspectos comunicativos, culturais e tecnológicos – fundamentais para a compreensão da sociedade contemporânea.
Tal análise nos possibilita somar as perspectivas on-line e off-line para esses fenômenos associativos que têm marcado a teoria dos movimentos sociais.

   

 

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No prefácio da obra, intitulado “Articular mentes, criar significado, contestar o poder”, Castells apresenta o livro, ressaltando a importância de compreender os movimentos sociais em seu processo de formação, dinâmica, valores e perspectivas de transformação social, destacando o papel da comunicação no processo de compartilhamento de significados e troca de informações. Nesse viés o autor defende que uma comunicação autônoma é a essência dos movimentos sociais que buscam contestar o poder instituído.
Interpretando as mobilizações ocorridas no mundo árabe, na Espanha e nos EUA, o autor discorre – no capítulo “Prelúdio à revolução: onde tudo começou” – sobre pontos como: 1) as conexões existentes entre os diferentes eventos; 2) os valores culturais de cada local; e 3) a relação entre a autonomia da comunicação e o contrapoder – exercidos pelos movimentos sociais frente ao poder institucional do Estado monopolizador da violência.
Entendendo que o prelúdio das mobilizações ocorridas em vários países se iniciou na Islândia e na Tunísia, locais marcados respectivamente pelo colapso financeiro e autoimolação do jovem Mohamed Bouaziz, Castells analisou – inicialmente – como a composição étnica, profissional e religiosa dos manifestantes, o déficit democrático e a articulação entre a comunicação livre – expressa por meio de TVs como a Al Jazeera e comunidades virtuais – possibilitaram a ocupação de espaços públicos por milhares de manifestantes.
A contribuição de Redes De Indignação E Esperança é importante não só pela atualidade do debate, mas também por fornecer um modelo explicativo que foca as mobilizações não apenas por meio dos condicionantes macro-históricos ou organizacionais, considerando, assim, aspectos comunicativos, culturais e tecnológicos – fundamentais para a compreensão da sociedade contemporânea.
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