O Espírito Dos Meus Pais Continua A Subir Na Chuva

O Espírito Dos Meus Pais Continua A Subir Na Chuva - Principal romance do jovem escritor argentino radicado na Espanha, é uma trama engenhosa sobre a busca de um filho sobre o passado do pai – e do próprio país.
O protagonista deste romance de Patricio Pron é um escritor jovem que retorna à Argentina porque seu pai, um jornalista, está morrendo.

O retorno à cidade pequena no pampa se mostra intenso: lembranças familiares, traumas políticos, a memória da infância em meio à angústia dos adultos diante do regime de terror instaurado pela ditadura no país durante os anos 1970.
Revolvendo a biblioteca doméstica, enquanto tenta retomar o contato com a memória paterna, o protagonista se depara com uma série de recortes e mapas que dão conta do desaparecimento recente de um habitante da cidade. O mesmo homem teve uma irmã raptada e assassinada pelas forças oficiais em 1977. Começa então uma espécie de busca detetivesca.
Ele leva essa tarefa a cabo com afinco enquanto tenta descobrir porque o homem desapareceu e igualmente as razões que levaram seu pai a empreender uma busca tão obstinada dessa história -- que tipo de sentimento o motivou, afinal? Os propósitos, o leitor irá descobrir a partir de um jogo cuidadoso de simetrias, podem estar ligados aos anos terríveis da Ditadura.
A narrativa de O Espírito Dos Meus Pais Continua A Subir Na Chuva oscila entre a autoficção e o gosto por listas, enumerações, além de descrições mais realistas com uma inclinação acentuada para o enredo das histórias policiais. Isso tudo eletrifica o livro graças à mescla de autobiografia e leitura criativa da História.

Entre março ou abril de 2000 e agosto de 2008, oito anos em que viajei e escrevi artigos e morei na Alemanha, o consumo de certas drogas fez com que eu perdesse quase completamente a memória, de modo que as lembranças desses anos – pelo menos as lembranças de uns noventa e cinco meses desses oito anos – são um pouco vagas e imprecisas: me lembro dos quartos das duas casas em que morei, me lembro da neve entrando nos meus sapatos quando eu me esforçava para abrir caminho entre a entrada de uma dessas casas e a rua, me lembro que depois eu jogava sal e a neve ficava marrom e começava a se dissolver, me lembro da porta do consultório do psiquiatra que me atendia, mas não me lembro do seu nome nem como cheguei até ele.

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O Espírito Dos Meus Pais Continua A Subir Na Chuva – Principal romance do jovem escritor argentino radicado na Espanha, é uma trama engenhosa sobre a busca de um filho sobre o passado do pai – e do próprio país.
O protagonista deste romance de Patricio Pron é um escritor jovem que retorna à Argentina porque seu pai, um jornalista, está morrendo. O retorno à cidade pequena no pampa se mostra intenso: lembranças familiares, traumas políticos, a memória da infância em meio à angústia dos adultos diante do regime de terror instaurado pela ditadura no país durante os anos 1970.
Revolvendo a biblioteca doméstica, enquanto tenta retomar o contato com a memória paterna, o protagonista se depara com uma série de recortes e mapas que dão conta do desaparecimento recente de um habitante da cidade. O mesmo homem teve uma irmã raptada e assassinada pelas forças oficiais em 1977. Começa então uma espécie de busca detetivesca.
Ele leva essa tarefa a cabo com afinco enquanto tenta descobrir porque o homem desapareceu e igualmente as razões que levaram seu pai a empreender uma busca tão obstinada dessa história — que tipo de sentimento o motivou, afinal? Os propósitos, o leitor irá descobrir a partir de um jogo cuidadoso de simetrias, podem estar ligados aos anos terríveis da Ditadura.
A narrativa de O Espírito Dos Meus Pais Continua A Subir Na Chuva oscila entre a autoficção e o gosto por listas, enumerações, além de descrições mais realistas com uma inclinação acentuada para o enredo das histórias policiais. Isso tudo eletrifica o livro graças à mescla de autobiografia e leitura criativa da História.

Entre março ou abril de 2000 e agosto de 2008, oito anos em que viajei e escrevi artigos e morei na Alemanha, o consumo de certas drogas fez com que eu perdesse quase completamente a memória, de modo que as lembranças desses anos – pelo menos as lembranças de uns noventa e cinco meses desses oito anos – são um pouco vagas e imprecisas: me lembro dos quartos das duas casas em que morei, me lembro da neve entrando nos meus sapatos quando eu me esforçava para abrir caminho entre a entrada de uma dessas casas e a rua, me lembro que depois eu jogava sal e a neve ficava marrom e começava a se dissolver, me lembro da porta do consultório do psiquiatra que me atendia, mas não me lembro do seu nome nem como cheguei até ele.

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