A Cena Musical Da Black Rio

A Cena Musical Da Black Rio: Estilos E Mediações Nos Bailes Soul Dos Anos 1970 - Luciana Xavier de Oliveira apresenta o surgimento, na década de 1970, dos bailes de soul music nos subúrbios carioca, iniciados na esteira do movimento de empoderamento da comunidade negra, sob o lema do black is beatiful.

A autora realiza uma análise comunicacional desse cenário, analisa as influências deixadas na moda e no mercado fonográfico e mostra as contribuições dos jovens negros da época a fim de legitimar uma negritude mais positiva e consciente.
Black Rio, Black Soul, Black Power ou apenas Soul. Foram diversos os nomes usados ao longo do tempo para identificar essa cena musical desenvolvida em meados da década de 1970 na cidade do Rio de Janeiro. Sob o lema emblemático do Black is beautiful, eventualmente traduzido para o português, negros se descobriram lindos dançando ao som da soul music em grandes bailes sediados, em princípio, nos subúrbios cariocas.
Da cena que se configurou em torno da atuação das centenas de equipes de som responsáveis por estruturar um grande conjunto das festas que reuniam milhares de jovens nos finais de semana, emergiu uma estética particular que conectava a juventude negra periférica brasileira às produções negras internacionais, notadamente norte-americanas. Esse contexto gerou um conjunto heterogêneo de políticas de estilo que apresentavam uma alternativa de ação político-cultural, afirmação identitária e acesso à cidadania em um momento de intensas polarizações políticas e de grande repressão em meio à ditadura militar.
Nesta pesquisa, proponho-me a compreender como os participantes da cena musical da Black Rio apresentavam diferentes exercícios subjetivos e diferentes formas de sociabilidades na configuração de políticas culturais ao apresentar novas maneiras de se posicionar na arena pública e de se expressar subjetivamente, buscando uma via entre a esquerda militante tradicional e a direita apoiadora do regime, entre as tradições culturais afro-brasileiras e as influências da globalização, em constante diálogo com o mercado.
Como, por meio de um estilo particular, esses jovens deixaram uma marca no espaço urbano e inseriram também uma rasura nos discursos defensores da democracia racial brasileira e de valorização da mestiçagem? E ainda, como os participantes dessa cena musical apresentaram novas possibilidades e visões para os movimentos negros brasileiros?

 

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A Cena Musical Da Black Rio: Estilos E Mediações Nos Bailes Soul Dos Anos 1970 – Luciana Xavier de Oliveira apresenta o surgimento, na década de 1970, dos bailes de soul music nos subúrbios carioca, iniciados na esteira do movimento de empoderamento da comunidade negra, sob o lema do black is beatiful. A autora realiza uma análise comunicacional desse cenário, analisa as influências deixadas na moda e no mercado fonográfico e mostra as contribuições dos jovens negros da época a fim de legitimar uma negritude mais positiva e consciente.
Black Rio, Black Soul, Black Power ou apenas Soul. Foram diversos os nomes usados ao longo do tempo para identificar essa cena musical desenvolvida em meados da década de 1970 na cidade do Rio de Janeiro. Sob o lema emblemático do Black is beautiful, eventualmente traduzido para o português, negros se descobriram lindos dançando ao som da soul music em grandes bailes sediados, em princípio, nos subúrbios cariocas.
Da cena que se configurou em torno da atuação das centenas de equipes de som responsáveis por estruturar um grande conjunto das festas que reuniam milhares de jovens nos finais de semana, emergiu uma estética particular que conectava a juventude negra periférica brasileira às produções negras internacionais, notadamente norte-americanas. Esse contexto gerou um conjunto heterogêneo de políticas de estilo que apresentavam uma alternativa de ação político-cultural, afirmação identitária e acesso à cidadania em um momento de intensas polarizações políticas e de grande repressão em meio à ditadura militar.
Nesta pesquisa, proponho-me a compreender como os participantes da cena musical da Black Rio apresentavam diferentes exercícios subjetivos e diferentes formas de sociabilidades na configuração de políticas culturais ao apresentar novas maneiras de se posicionar na arena pública e de se expressar subjetivamente, buscando uma via entre a esquerda militante tradicional e a direita apoiadora do regime, entre as tradições culturais afro-brasileiras e as influências da globalização, em constante diálogo com o mercado.
Como, por meio de um estilo particular, esses jovens deixaram uma marca no espaço urbano e inseriram também uma rasura nos discursos defensores da democracia racial brasileira e de valorização da mestiçagem? E ainda, como os participantes dessa cena musical apresentaram novas possibilidades e visões para os movimentos negros brasileiros?

 

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