História Das Orgias

História Das Orgias - Neste livro, publicado na Inglaterra em 1958, Burgo Patridge narra as transformações por que passou a orgia ao longo da história. Em História Das Orgias, o autor analisa desde os festivais dionisíacos dos gregos, a brutalidade dos romanos, o sexo grupal praticado por religiosos na Idade Média, a repressão da época vitoriana, os tempos de Casanova e do marquês de Sade até as práticas do século XX.
A orgia é a válvula de escape de uma pressão como a do vapor de água; é a expulsão de histeria acumulada pela abstinência e a autocontenção e, assim sendo, tende igualmente a partilhar dessa natureza de fenômeno histeróide ou catártico.


Toda a forma de autocontenção acarreta as suas tensões peculiares. O Homem encontra-se na constrangedora contingência de trazer em si mesmo, em simultâneo, as inclinações do indivíduo civilizado e as do mero animal, as quais há que procurar conciliar, normalmente em detrimento das últimas.
Mas essa pressão, progressivamente crescente, não pode ele aguentá-la perpetuamente; de modo que se valerá, para todos os tipos de tensão, de uma válvula de escape - que é a orgia. Muitas das orgias, no entanto, não são tidas geralmente como tal.
As guerras, por exemplo, num certo sentido, são uma forma de orgia, extremada e desagradável; e, catalogáveis muito lá para o fim da escala de valores da espécie, deparamos com as discussões em reuniões sociais ou cocktails, as partidas de mau gosto, pregadas por caixeiros-viajantes grosseiros, as pequenas escapadelas de maridos ocasionalmente infiéis - em suma, uma longa lista.
Neste livro só se incluem as orgias de caráter ou origem sexual, e isto por dois motivos concomitantes, a saber: o superior interesse que representam para toda a gente e as dificuldades que obstam ao reconhecimento e definição, propriamente como orgias, de algumas delas de outra natureza.
Existe ainda, todavia, mais uma espécie de orgia: a individual. Essa não é, na verdade, essencialmente organizada, nem tolerada pelo Estado ou pela sociedade, visto que surge da equação gratuitamente estabelecida pelo indivíduo, face à sociedade ou ao Estado com o sentimento de reclusão e cerceamento que o aflige. Essa imputação é muitas vezes justificada, sendo, por outro lado, algumas vezes errônea ou inexatamente concebida por si.

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História Das Orgias – Neste livro, publicado na Inglaterra em 1958, Burgo Patridge narra as transformações por que passou a orgia ao longo da história. Em História Das Orgias, o autor analisa desde os festivais dionisíacos dos gregos, a brutalidade dos romanos, o sexo grupal praticado por religiosos na Idade Média, a repressão da época vitoriana, os tempos de Casanova e do marquês de Sade até as práticas do século XX.
A orgia é a válvula de escape de uma pressão como a do vapor de água; é a expulsão de histeria acumulada pela abstinência e a autocontenção e, assim sendo, tende igualmente a partilhar dessa natureza de fenômeno histeróide ou catártico.
Toda a forma de autocontenção acarreta as suas tensões peculiares. O Homem encontra-se na constrangedora contingência de trazer em si mesmo, em simultâneo, as inclinações do indivíduo civilizado e as do mero animal, as quais há que procurar conciliar, normalmente em detrimento das últimas.
Mas essa pressão, progressivamente crescente, não pode ele aguentá-la perpetuamente; de modo que se valerá, para todos os tipos de tensão, de uma válvula de escape – que é a orgia. Muitas das orgias, no entanto, não são tidas geralmente como tal.
As guerras, por exemplo, num certo sentido, são uma forma de orgia, extremada e desagradável; e, catalogáveis muito lá para o fim da escala de valores da espécie, deparamos com as discussões em reuniões sociais ou cocktails, as partidas de mau gosto, pregadas por caixeiros-viajantes grosseiros, as pequenas escapadelas de maridos ocasionalmente infiéis – em suma, uma longa lista.
Neste livro só se incluem as orgias de caráter ou origem sexual, e isto por dois motivos concomitantes, a saber: o superior interesse que representam para toda a gente e as dificuldades que obstam ao reconhecimento e definição, propriamente como orgias, de algumas delas de outra natureza.
Existe ainda, todavia, mais uma espécie de orgia: a individual. Essa não é, na verdade, essencialmente organizada, nem tolerada pelo Estado ou pela sociedade, visto que surge da equação gratuitamente estabelecida pelo indivíduo, face à sociedade ou ao Estado com o sentimento de reclusão e cerceamento que o aflige. Essa imputação é muitas vezes justificada, sendo, por outro lado, algumas vezes errônea ou inexatamente concebida por si.

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