A Mente Naufragada

A Mente Naufragada - Mark Lilla procura entender melhor os dramas ideológicos do século XX. O reacionário, segundo Lilla, é tudo menos um conservador. Trata-se de uma figura tão radical e moderna quanto o revolucionário, e seu engajamento político também é motivado por ideias muito bem desenvolvidas. No entanto, o reacionário é uma espécie de náufrago em um presente em constante mudança, que sofre com a nostalgia de um passado idealizado e com o medo de que a história esteja no rumo da catástrofe.


Por meio de uma análise das ideias de importantes intelectuais e do exame do poder duradouro que grandiosas narrativas históricas tiveram em moldar resultados políticos desde a Revolução Francesa, A Mente Naufragada nos mostra como tais narrativas são empregadas na produção intelectual reacionária, e nos ajuda a entender por que a nostalgia por uma época de ouro perdida se transformou em uma arma potente nos dias atuais.
Os reacionários não são conservadores. É a primeira coisa que se deve entender a seu respeito. À sua maneira, são tão radicais quanto os revolucionários e não menos firmemente presos nas garras da imaginação histórica. As expectativas milenaristas de uma nova ordem social redentora e de seres humanos rejuvenescidos inspiram os revolucionários; os reacionários são obcecados pelo medo apocalíptico de entrar numa nova era de escuridão.
Para os primeiros pensadores contrarrevolucionários, como Joseph de Maistre, o ano de 1789 assinalou o fim de uma jornada gloriosa, não o início. Com espantosa velocidade, a sólida civilização constituída pela Europa católica foi reduzida a uma portentosa ruína. O que não poderia ter sido mero acidente. Para explicá-lo, Maistre e seus muitos descendentes passaram a contar uma espécie de história de terror.
Ela relatava, não raro de maneira melodramática, que séculos de desdobramentos culturais e intelectuais haviam culminado no Iluminismo, que corroía o antigo regime de dentro para fora, o que o fez desmoronar no momento em que veio a ser desafiado. Esta história tornou-se então o modelo da historiografia reacionária na Europa, e logo também no resto do mundo.

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A Mente Naufragada – Mark Lilla procura entender melhor os dramas ideológicos do século XX. O reacionário, segundo Lilla, é tudo menos um conservador. Trata-se de uma figura tão radical e moderna quanto o revolucionário, e seu engajamento político também é motivado por ideias muito bem desenvolvidas. No entanto, o reacionário é uma espécie de náufrago em um presente em constante mudança, que sofre com a nostalgia de um passado idealizado e com o medo de que a história esteja no rumo da catástrofe.
Por meio de uma análise das ideias de importantes intelectuais e do exame do poder duradouro que grandiosas narrativas históricas tiveram em moldar resultados políticos desde a Revolução Francesa, A Mente Naufragada nos mostra como tais narrativas são empregadas na produção intelectual reacionária, e nos ajuda a entender por que a nostalgia por uma época de ouro perdida se transformou em uma arma potente nos dias atuais.
Os reacionários não são conservadores. É a primeira coisa que se deve entender a seu respeito. À sua maneira, são tão radicais quanto os revolucionários e não menos firmemente presos nas garras da imaginação histórica. As expectativas milenaristas de uma nova ordem social redentora e de seres humanos rejuvenescidos inspiram os revolucionários; os reacionários são obcecados pelo medo apocalíptico de entrar numa nova era de escuridão.
Para os primeiros pensadores contrarrevolucionários, como Joseph de Maistre, o ano de 1789 assinalou o fim de uma jornada gloriosa, não o início. Com espantosa velocidade, a sólida civilização constituída pela Europa católica foi reduzida a uma portentosa ruína. O que não poderia ter sido mero acidente. Para explicá-lo, Maistre e seus muitos descendentes passaram a contar uma espécie de história de terror.
Ela relatava, não raro de maneira melodramática, que séculos de desdobramentos culturais e intelectuais haviam culminado no Iluminismo, que corroía o antigo regime de dentro para fora, o que o fez desmoronar no momento em que veio a ser desafiado. Esta história tornou-se então o modelo da historiografia reacionária na Europa, e logo também no resto do mundo.

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