Infância: Entre Educação E Filosofia propõe uma experiência para aquele que o escreve e para aquele que o lê. O tema principal é a infância, seu sentido principal é transformar a relação com a infância por meio da Filosofia e da Educação e a relação de quem escreve uma experiência, e de quem lê essa experiência.
A preocupação maior é uma prática coletiva e um modo habitual de pensar as várias faces entre infância, Filosofia e Educação, particularmente no campo da Filosofia da Educação.
Infância: Entre Educação E Filosofia foi divido em duas partes. Na primeira parte, “Filosofias clássicas da Infância”, são estudadas formas de se constituir historicamente um mito em torno da infância. Na segunda parte, “A infância educa a Filosofia”, o autor faz uma afirmação sobre a ideia de infância, não como idade cronológica, mas como uma possibilidade afirmativa do pensar, como uma metáfora da gênese de um novo pensar. Esta imagem é desdobrada em dois momentos: a filosofia grega clássica e a filosofia francesa contemporânea.
Por último, no epílogo, Kohan faz falar outros personagens, para propor uma política emancipatória da infância, fundamentando o conceito de infância construído na segunda parte.
O autor está, de alguma forma, propondo um certo conceito de infância que recrie a forma dominante de pensá-la: será uma infância da infância. São conexões entre os conceitos de infância, linguagem, experiência e História. Propostas de uma política da infância que permita pensar uma educação e uma Filosofia abertas e não totalitárias.
Num momento em que se faz apologia do pensar, do pensar crítico e criativo em diversos discursos pedagógicos, que se tornam quase homogêneos quanto a isso, a tese de Kohan procura mostrar as incoerências e aporias educativas presentes nas experiências institucionais com ensino e com o pensar a educação, referentes à finalidade emancipadora pretendida por esses discursos, oferecendo alternativa para as duas situações, que não podem ser tratadas separadamente.
