Corantes

Os corantes sintéticos são compostos orgânicos extensivamente usados em diversas áreas, dentre as quais podemos destacar a indústria têxtil, farmacêutica, de cosméticos, de plásticos, de couros, fotográfica, automobilística, de papel e alimentícia.


Eles são utilizados em substituição aos corantes naturais desde 1856, após a síntese do primeiro corante artificial levada a cabo por W. H. Perkin, na Inglaterra.
O emprego predominante de corantes sintéticos em detrimento de corantes naturais tem sido justificado pelo menor custo de produção, pela infinita possibilidade de síntese com grupos cromóforos e auxocrômicos diferenciados que ampliam a diversidade de cores e tonalidades, pelo maior grau de pureza, pelo alto controle da fidelidade da cor e pela maior fixação.
Estima-se que mundialmente sejam produzidas milhões de toneladas de corantes, refletindo um mercado próspero que movimenta cerca de US$ 7,7 bilhões/ano, sem considerar a produção de pigmentos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química, o Brasil produz grande quantidade de corantes, porém não é autossuficiente: nos últimos cinco anos, a demanda provocou um vertiginoso crescimento das importações, imprescindíveis sobretudo para o desenvolvimento da indústria têxtil brasileira, atualmente com o sexto maior parque mundial e responsável por milhões de empregos diretos e indiretos.
Com a produção em larga escala e a ampla aplicação industrial, as perdas também são consideráveis: cerca de 1% a 2% são perdidos durante o processo de produção, que envolve sínteses complexas com até 500 etapas; aproximadamente 20% a 50% dos corantes empregados na indústria têxtil se perde devido à má fixação durante a etapa de tintura; e cerca de 70% dos corantes usados na tintura de cabelo são descartados na água de lavagem.
Consequentemente, cerca de meia tonelada dessa classe de compostos é lançada diariamente no ambiente. Dada sua estrutura complexa e a diversificação da matriz durante o processo de tintura, muitos desses resíduos não são devidamente tratados pelos processos convencionais, o que pode provocar séria contaminação ambiental com graves riscos à flora e à fauna. Somado à legislação ineficiente, esse problema tem sido um sério desafio para os cientistas ambientais e tem despertado grande preocupação pública.

  

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Corantes

Os corantes sintéticos são compostos orgânicos extensivamente usados em diversas áreas, dentre as quais podemos destacar a indústria têxtil, farmacêutica, de cosméticos, de plásticos, de couros, fotográfica, automobilística, de papel e alimentícia.
Eles são utilizados em substituição aos corantes naturais desde 1856, após a síntese do primeiro corante artificial levada a cabo por W. H. Perkin, na Inglaterra.
O emprego predominante de corantes sintéticos em detrimento de corantes naturais tem sido justificado pelo menor custo de produção, pela infinita possibilidade de síntese com grupos cromóforos e auxocrômicos diferenciados que ampliam a diversidade de cores e tonalidades, pelo maior grau de pureza, pelo alto controle da fidelidade da cor e pela maior fixação.
Estima-se que mundialmente sejam produzidas milhões de toneladas de corantes, refletindo um mercado próspero que movimenta cerca de US$ 7,7 bilhões/ano, sem considerar a produção de pigmentos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química, o Brasil produz grande quantidade de corantes, porém não é autossuficiente: nos últimos cinco anos, a demanda provocou um vertiginoso crescimento das importações, imprescindíveis sobretudo para o desenvolvimento da indústria têxtil brasileira, atualmente com o sexto maior parque mundial e responsável por milhões de empregos diretos e indiretos.
Com a produção em larga escala e a ampla aplicação industrial, as perdas também são consideráveis: cerca de 1% a 2% são perdidos durante o processo de produção, que envolve sínteses complexas com até 500 etapas; aproximadamente 20% a 50% dos corantes empregados na indústria têxtil se perde devido à má fixação durante a etapa de tintura; e cerca de 70% dos corantes usados na tintura de cabelo são descartados na água de lavagem.
Consequentemente, cerca de meia tonelada dessa classe de compostos é lançada diariamente no ambiente. Dada sua estrutura complexa e a diversificação da matriz durante o processo de tintura, muitos desses resíduos não são devidamente tratados pelos processos convencionais, o que pode provocar séria contaminação ambiental com graves riscos à flora e à fauna. Somado à legislação ineficiente, esse problema tem sido um sério desafio para os cientistas ambientais e tem despertado grande preocupação pública.

  

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog