A Teoria Hegeliana Do Silogismo

A Doutrina do Silogismo ocupa o terceiro e último capítulo da primeira seção (“Subjetividade”) da Lógica Subjetiva (1816), a qual constitui a segunda parte da Ciência da Lógica (1812-1816).
O objetivo dessa doutrina, portanto, tem de ser compreendido à luz da pretensão da referida obra

, cuja finalidade principal consiste em apresentar em seu desenvolvimento necessário o pensar puro, isto é, o pensar que se libertou da oposição do saber a seu objeto e que, por isso, pode se envolver com a apresentação de todas as formas necessárias de identidade processual de todo o ser (objetivo) e de todo o pensar (subjetivo).
O motivo que rege e organiza a teoria hegeliana do silogismo é a fundamentação dialético-especulativa da silogística tradicional, onde os termos “dialético” e “especulativo” significam aspectos distintos e, ao mesmo tempo, conectados do empreendimento científico em questão: “dialético” diz respeito ao método de derivação das figuras mais concretas do silogismo a partir das insuficiências internas das figuras mais abstratas; “especulativo” é o termo que expressa a própria finalidade desse movimento progressivo, a saber, a prova da espantosa tese de que “todas as coisas são o silogismo (§12)”.
Seja qual for a avaliação que se queira dar da referida ambição, ela só pode se basear na prévia compreensão de uma das partes mais secas e ásperas da Ciência da Lógica, onde a aparente artificialidade dos esquemas e a dificuldade da exposição poderiam estimular um juízo apressado sobre o fracasso da tentativa hegeliana de apropriar-se produtivamente da silogística aristotélica, estoica e escolástica.
O intento do presente livro é precisamente o de contribuir para a compreensão das motivações teóricas que impulsionaram o esforço hegeliano de justificar a tese de que “todas as coisas são o silogismo”.
Para este fim, o livro que você está prestes a ler apresenta uma estrutura bipartida: na primeira parte, oferece-se ao público a primeira tradução para o português de todo o capítulo da Lógica Subjetiva sobre o silogismo; a segunda parte é constituída por um comentário integral, que acompanha e explica, parágrafo por parágrafo, o texto hegeliano, procurando tornar explícitos os ‘argumentos’ (em termos hegelianos, seria mais próprio falar de desenvolvimento do conceito de silogismo) e as referências histórico-filosóficas que formam o subtexto do tratamento puramente teórico ou racional do silogismo.
Em apêndice, encontram-se duas ferramentas: um Glossário, que inclui todos os termos técnicos, os termos raros e alguns termos do vocabulário comum, usados por Hegel para substanciar com exemplos o tratamento das figuras do silogismo; uma Nota bibliográfica, que recolhe os textos de literatura crítica citados ao longo do comentário.

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A Doutrina do Silogismo ocupa o terceiro e último capítulo da primeira seção (“Subjetividade”) da Lógica Subjetiva (1816), a qual constitui a segunda parte da Ciência da Lógica (1812-1816).
O objetivo dessa doutrina, portanto, tem de ser compreendido à luz da pretensão da referida obra, cuja finalidade principal consiste em apresentar em seu desenvolvimento necessário o pensar puro, isto é, o pensar que se libertou da oposição do saber a seu objeto e que, por isso, pode se envolver com a apresentação de todas as formas necessárias de identidade processual de todo o ser (objetivo) e de todo o pensar (subjetivo).
O motivo que rege e organiza a teoria hegeliana do silogismo é a fundamentação dialético-especulativa da silogística tradicional, onde os termos “dialético” e “especulativo” significam aspectos distintos e, ao mesmo tempo, conectados do empreendimento científico em questão: “dialético” diz respeito ao método de derivação das figuras mais concretas do silogismo a partir das insuficiências internas das figuras mais abstratas; “especulativo” é o termo que expressa a própria finalidade desse movimento progressivo, a saber, a prova da espantosa tese de que “todas as coisas são o silogismo (§12)”.
Seja qual for a avaliação que se queira dar da referida ambição, ela só pode se basear na prévia compreensão de uma das partes mais secas e ásperas da Ciência da Lógica, onde a aparente artificialidade dos esquemas e a dificuldade da exposição poderiam estimular um juízo apressado sobre o fracasso da tentativa hegeliana de apropriar-se produtivamente da silogística aristotélica, estoica e escolástica.
O intento do presente livro é precisamente o de contribuir para a compreensão das motivações teóricas que impulsionaram o esforço hegeliano de justificar a tese de que “todas as coisas são o silogismo”.
Para este fim, o livro que você está prestes a ler apresenta uma estrutura bipartida: na primeira parte, oferece-se ao público a primeira tradução para o português de todo o capítulo da Lógica Subjetiva sobre o silogismo; a segunda parte é constituída por um comentário integral, que acompanha e explica, parágrafo por parágrafo, o texto hegeliano, procurando tornar explícitos os ‘argumentos’ (em termos hegelianos, seria mais próprio falar de desenvolvimento do conceito de silogismo) e as referências histórico-filosóficas que formam o subtexto do tratamento puramente teórico ou racional do silogismo.
Em apêndice, encontram-se duas ferramentas: um Glossário, que inclui todos os termos técnicos, os termos raros e alguns termos do vocabulário comum, usados por Hegel para substanciar com exemplos o tratamento das figuras do silogismo; uma Nota bibliográfica, que recolhe os textos de literatura crítica citados ao longo do comentário.

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