Ensaios Insólitos

Ensaios insólitos. Ensaios irônicos. Ensaios profundos. Ensaios desaforados. Ensaios brilhantes. Ensaios corajosos. Enfim, ensaios que são a cara de Darcy Ribeiro. Este o conteúdo do livro que você, leitor, tem nas mãos. Precioso, informativo, com muita matéria para incitar seu pensamento.


Uma das coisas de que me orgulho é ter convivido de perto com esta figura magnífica que foi, que é, Darcy Ribeiro. Com grandes defeitos, é verdade; porque ele não era de defeitinhos, de pecadilhos. Era grande e era insólito.
Fomos vizinhos de Darcy – Antonio Callado e eu – na Praia do Cordeirinho, em Maricá. Passamos ali réveillons inesquecíveis com ele e Claudia Zarvos, a “Crau”, sua segunda mulher. Em um deles, Darcy, que então ocupava interinamente o governo do Estado, ao chegar a meia-noite, simplesmente atirou as calças na areia e entrou no mar, de cueca, taça de champanhe na mão, para saudar Iemanjá.
Mas, pensando melhor, prefácio não é para ficar contando histórias, por mais que elas sejam insólitas e a tentação seja grande.
Até porque o trabalho com Darcy na Secretaria de Cultura, ele vice-governador e secretário, proporcionaria tantas dessas histórias que eu não ia falar do livro.
Naquele ambiente de trabalho, o homem que muita gente considera vaidoso e autoritário, e que gostava de incentivar essas ideias dizendo coisas como “não, não quero ser Presidente, não; quero ser Imperador” ou “gosto que me enrosco de mim mesmo”, ouvia com a maior tranquilidade as opiniões de seus auxiliares e muitas vezes as acatava. Porque ele queria era fazer; era que tudo desse certo e não que estivesse sempre com a razão.
Estou me referindo à personalidade de Darcy em vez de falar dos ensaios aqui publicados, exatamente porque, como disse de início, os textos são o retrato dele.
Por exemplo, neste livro, ele passa tremendas descomposturas em gente como o ministro Rangel Reis e o antropólogo Roberto da Matta. Mas o tom com o político, que ele declara inimigo número um dos índios, é bem diferente do que usa para o colega de profissão
que se tornou desafeto.

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Uma das coisas de que me orgulho é ter convivido de perto com esta figura magnífica que foi, que é, Darcy Ribeiro. Com grandes defeitos, é verdade; porque ele não era de defeitinhos, de pecadilhos. Era grande e era insólito.
Fomos vizinhos de Darcy – Antonio Callado e eu – na Praia do Cordeirinho, em Maricá. Passamos ali réveillons inesquecíveis com ele e Claudia Zarvos, a “Crau”, sua segunda mulher. Em um deles, Darcy, que então ocupava interinamente o governo do Estado, ao chegar a meia-noite, simplesmente atirou as calças na areia e entrou no mar, de cueca, taça de champanhe na mão, para saudar Iemanjá.
Mas, pensando melhor, prefácio não é para ficar contando histórias, por mais que elas sejam insólitas e a tentação seja grande.
Até porque o trabalho com Darcy na Secretaria de Cultura, ele vice-governador e secretário, proporcionaria tantas dessas histórias que eu não ia falar do livro.
Naquele ambiente de trabalho, o homem que muita gente considera vaidoso e autoritário, e que gostava de incentivar essas ideias dizendo coisas como “não, não quero ser Presidente, não; quero ser Imperador” ou “gosto que me enrosco de mim mesmo”, ouvia com a maior tranquilidade as opiniões de seus auxiliares e muitas vezes as acatava. Porque ele queria era fazer; era que tudo desse certo e não que estivesse sempre com a razão.
Estou me referindo à personalidade de Darcy em vez de falar dos ensaios aqui publicados, exatamente porque, como disse de início, os textos são o retrato dele.
Por exemplo, neste livro, ele passa tremendas descomposturas em gente como o ministro Rangel Reis e o antropólogo Roberto da Matta. Mas o tom com o político, que ele declara inimigo número um dos índios, é bem diferente do que usa para o colega de profissão
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