Comunidade: A Busca Por Segurança No Mundo Atual

Comunidade: a busca por segurança no mundo atual promete prazeres, não alcançáveis, que todos gostariam de experimentar. Como diz Zygmunt Bauman: Para começar, a comunidade é um lugar "cálido"

, um lugar confortável e aconchegante (...) Lá fora, na rua, toda sorte de perigo está à espreita; temos que estar alertas quando saímos, prestar atenção com quem falamos e a quem nos fala, estar de prontidão a cada minuto. Infelizmente esse é um ideal que não passa no teste da realidade. A realidade é, ao contrário, "não comunitária" e a insegurança está cada vez mais presente.
A partir deste início, Bauman passa a descrever e a criticar, com sua habitual franqueza e coragem, determinados pressupostos e conceitos tais como: o conceito de comunidade, diferença, desigualdade. O autor, a partir de uma visão ética em contraponto a uma visão estética, coloca em cena o que as agendas sociais de hoje deixaram de lado, qual seja a questão fundamental da justiça distributiva diante das diferenças e a defesa da igualdade de direitos por recursos da grande maioria da população. A procura pelo reconhecimento deve passar por essas duas vertentes, sem o que o multiculturalismo só perpetuará as diferenças sob a rubrica de que todos têm direito a ela e somente a ela, o que não garante uma distribuição justa dos recursos. Ao contrário, leva à segregação e ao ódio como também não conduz a uma comunidade que tenha como objetivo o compartilhar e o cuidar mútuo.
Tomando como base a questão da insegurança que todos sentimos hoje em dia, Bauman escreve um livro ácido que critica não só o modo como vivem os afortunados, como também as elites acadêmicas cada vez mais distanciadas do ideal da comunidade.
A insegurança, que diz respeito a todos, se origina do mundo em que vivemos, desregulamentado, flexível, plural, competitivo e repleto de incertezas, onde cada um está deixado por conta própria. Como assinala: Somos convocados (...) a buscar soluções biográficas para contradições sistêmicas; procuramos salvação individual de problemas compartilhados.

 

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Comunidade: A Busca Por Segurança No Mundo Atual

Comunidade: a busca por segurança no mundo atual promete prazeres, não alcançáveis, que todos gostariam de experimentar. Como diz Zygmunt Bauman: Para começar, a comunidade é um lugar “cálido”, um lugar confortável e aconchegante (…) Lá fora, na rua, toda sorte de perigo está à espreita; temos que estar alertas quando saímos, prestar atenção com quem falamos e a quem nos fala, estar de prontidão a cada minuto. Infelizmente esse é um ideal que não passa no teste da realidade. A realidade é, ao contrário, “não comunitária” e a insegurança está cada vez mais presente.
A partir deste início, Bauman passa a descrever e a criticar, com sua habitual franqueza e coragem, determinados pressupostos e conceitos tais como: o conceito de comunidade, diferença, desigualdade. O autor, a partir de uma visão ética em contraponto a uma visão estética, coloca em cena o que as agendas sociais de hoje deixaram de lado, qual seja a questão fundamental da justiça distributiva diante das diferenças e a defesa da igualdade de direitos por recursos da grande maioria da população. A procura pelo reconhecimento deve passar por essas duas vertentes, sem o que o multiculturalismo só perpetuará as diferenças sob a rubrica de que todos têm direito a ela e somente a ela, o que não garante uma distribuição justa dos recursos. Ao contrário, leva à segregação e ao ódio como também não conduz a uma comunidade que tenha como objetivo o compartilhar e o cuidar mútuo.
Tomando como base a questão da insegurança que todos sentimos hoje em dia, Bauman escreve um livro ácido que critica não só o modo como vivem os afortunados, como também as elites acadêmicas cada vez mais distanciadas do ideal da comunidade.
A insegurança, que diz respeito a todos, se origina do mundo em que vivemos, desregulamentado, flexível, plural, competitivo e repleto de incertezas, onde cada um está deixado por conta própria. Como assinala: Somos convocados (…) a buscar soluções biográficas para contradições sistêmicas; procuramos salvação individual de problemas compartilhados.

 

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