O Acervo Iconográfico Da Biblioteca Nacional: Estudos De Lygia Da Fonseca Fernandes Da Cunha

Não existe história sem memória. E não há memória sem preservação, organização e conhecimento das fontes. Foi esta moderna compreensão do papel das bibliotecas e dos bibliotecários que pautou, por mais de cinquenta anos, a fecunda atuação da bibliotecária, museóloga e pesquisadora Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha

– ou simplesmente Lygia Cunha, como todos a chamávamos.
Dar à luz as informações, retirando-as dos invisíveis armazéns e das envelhecidas folhas de papel; evidenciar que memória e história são construções coletivas e que o passado e o futuro dos povos, como escreveu o sempre lembrado Jacques Le Goff, dependem do "ato mnemônico fundamental", isto é, da "comunicação a outrem de uma informação".
Os instrumentos empregados pelos bibliotecários e demais profissionais da documentação para realizar essa "comunicação a outrem", esse "comportamento narrativo", não se limitam, como Lygia Cunha observou em certa ocasião, a compor uma mera "indicação bibliográfica". É preciso também "ler e saber selecionar, dosar, analisar, descrever, comparar, retratar, reproduzir, caracterizar, relatar, narrar...".
Enfrentar o caos gerado pela acumulação incessante de documentos com a ordem e a criação de instrumentos de pesquisa – catálogos, bibliografias, inventários, estudos... – que proporcionam acesso e conhecimento. Transformar memória em informação. E informação em história.
Chefe da Seção de Iconografia entre 1945 e 1976 e titular da antiga Divisão de Referência Especializada, de 1976 a 1990, Lygia Cunha fez parte de uma extraordinária geração de dirigentes e funcionários da Biblioteca Nacional que, fiel a preceitos vitais às instituições de memória, envolveu-se intensamente com a constituição, organização e divulgação do acervo. Da política de aquisições ao repatriamento de peças, da identificação à interpretação dos documentos, da elaboração de instrumentos de pesquisa à organização de exposições.
Preocupou-se também, como assinalou Maria de Lourdes Viana Lyra, no apurado perfil biográfico da autora, com a formação, especialização e atualização dos funcionários, acompanhando e buscando adquirir publicações que, em meados do século passado, na Europa e nos Estados Unidos, se revelavam indispensáveis à formação do corpo técnico e à própria consolidação da instituição.

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Não existe história sem memória. E não há memória sem preservação, organização e conhecimento das fontes. Foi esta moderna compreensão do papel das bibliotecas e dos bibliotecários que pautou, por mais de cinquenta anos, a fecunda atuação da bibliotecária, museóloga e pesquisadora Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha – ou simplesmente Lygia Cunha, como todos a chamávamos.
Dar à luz as informações, retirando-as dos invisíveis armazéns e das envelhecidas folhas de papel; evidenciar que memória e história são construções coletivas e que o passado e o futuro dos povos, como escreveu o sempre lembrado Jacques Le Goff, dependem do “ato mnemônico fundamental”, isto é, da “comunicação a outrem de uma informação”.
Os instrumentos empregados pelos bibliotecários e demais profissionais da documentação para realizar essa “comunicação a outrem”, esse “comportamento narrativo”, não se limitam, como Lygia Cunha observou em certa ocasião, a compor uma mera “indicação bibliográfica”. É preciso também “ler e saber selecionar, dosar, analisar, descrever, comparar, retratar, reproduzir, caracterizar, relatar, narrar…”.
Enfrentar o caos gerado pela acumulação incessante de documentos com a ordem e a criação de instrumentos de pesquisa – catálogos, bibliografias, inventários, estudos… – que proporcionam acesso e conhecimento. Transformar memória em informação. E informação em história.
Chefe da Seção de Iconografia entre 1945 e 1976 e titular da antiga Divisão de Referência Especializada, de 1976 a 1990, Lygia Cunha fez parte de uma extraordinária geração de dirigentes e funcionários da Biblioteca Nacional que, fiel a preceitos vitais às instituições de memória, envolveu-se intensamente com a constituição, organização e divulgação do acervo. Da política de aquisições ao repatriamento de peças, da identificação à interpretação dos documentos, da elaboração de instrumentos de pesquisa à organização de exposições.
Preocupou-se também, como assinalou Maria de Lourdes Viana Lyra, no apurado perfil biográfico da autora, com a formação, especialização e atualização dos funcionários, acompanhando e buscando adquirir publicações que, em meados do século passado, na Europa e nos Estados Unidos, se revelavam indispensáveis à formação do corpo técnico e à própria consolidação da instituição.

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