Rainhas Na Sombra

Rainhas Na Sombra: Amantes E Cortesãs Que Mudaram A História - Durante séculos de casamentos arranjados, monarcas encontraram nos braços das cortesãs alento para suas paixões, mas também amizade e até conselhos políticos. A autora reúne vinte biografias de amantes que marcaram destinos reais, provando que nem sempre a rainha é aquela que carrega a coroa.


A história mostra que a maioria dos casamentos reais têm sido resultado de interesses políticos. De fato, o matrimônio baseado no amor, em qualquer classe social, só passou a ser comum a partir do século XIX, devido à cultura romântica, que exaltava os sentidos e aplaudia as paixões. Essa mentalidade surgiu durante o século XVIII, quando começaram a ganhar força os argumentos que consideravam a mulher como um indivíduo com plenos direitos e não como propriedade do pai, dos irmãos ou do marido.
Assim, mulheres como Mary Wollstonecraft (1759-1797) ou Olympe de Gouges (1748-1793), pioneiras do feminismo, reclamaram a liberdade de se casar, mesmo contra os interesses familiares, como uma das reivindicações mais urgentes do sexo feminino. Na verdade, até então, tanto para as famílias da alta nobreza quanto para as da burguesia e também das classes populares, as mulheres não eram senão simples moedas de troca que, por meio de um matrimônio conveniente, serviam para obter novos títulos, ampliar as posses ou melhorar a economia familiar.
Evidentemente, quando esses costumes se aplicavam às monarquias, as primogênitas reais e as demais princesas passavam a constituir o sinete que selava um pacto com objetivos estratégicos ou políticos. A união dos sangues tornava impensável a possibilidade de novas confrontações entre as respectivas coroas, e os próprios interessados aceitavam de bom grado tais casamentos, convencidos de que contraí-los era um dever.
Possivelmente por isso, as relações extraconjugais dos monarcas sempre foram vistas com certa indulgência. Esse não era o caso das rainhas consortes, porque suas escapadas podiam acarretar a ascensão de um bastardo ao trono, motivo pelo qual quando havia um chevalier servant, como impunha a moda na Versalhes de Maria Antonieta, supunha-se que a relação com a rainha terminava à porta da alcova real.
É curioso verificar que a situação foi tomando matizes diversos à medida que transcorriam os séculos. Assim, desde o Renascimento, as amantes e cortesãs costumavam ser mulheres cultas e refinadas, em geral mais do que as esposas, já que era necessário agradar aos homens tanto na conversação e na vida social quanto na cama, enquanto para ser boa esposa bastava ser fértil e excelente administradora do recinto do lar.

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Rainhas Na Sombra: Amantes E Cortesãs Que Mudaram A História – Durante séculos de casamentos arranjados, monarcas encontraram nos braços das cortesãs alento para suas paixões, mas também amizade e até conselhos políticos. A autora reúne vinte biografias de amantes que marcaram destinos reais, provando que nem sempre a rainha é aquela que carrega a coroa.
A história mostra que a maioria dos casamentos reais têm sido resultado de interesses políticos. De fato, o matrimônio baseado no amor, em qualquer classe social, só passou a ser comum a partir do século XIX, devido à cultura romântica, que exaltava os sentidos e aplaudia as paixões. Essa mentalidade surgiu durante o século XVIII, quando começaram a ganhar força os argumentos que consideravam a mulher como um indivíduo com plenos direitos e não como propriedade do pai, dos irmãos ou do marido.
Assim, mulheres como Mary Wollstonecraft (1759-1797) ou Olympe de Gouges (1748-1793), pioneiras do feminismo, reclamaram a liberdade de se casar, mesmo contra os interesses familiares, como uma das reivindicações mais urgentes do sexo feminino. Na verdade, até então, tanto para as famílias da alta nobreza quanto para as da burguesia e também das classes populares, as mulheres não eram senão simples moedas de troca que, por meio de um matrimônio conveniente, serviam para obter novos títulos, ampliar as posses ou melhorar a economia familiar.
Evidentemente, quando esses costumes se aplicavam às monarquias, as primogênitas reais e as demais princesas passavam a constituir o sinete que selava um pacto com objetivos estratégicos ou políticos. A união dos sangues tornava impensável a possibilidade de novas confrontações entre as respectivas coroas, e os próprios interessados aceitavam de bom grado tais casamentos, convencidos de que contraí-los era um dever.
Possivelmente por isso, as relações extraconjugais dos monarcas sempre foram vistas com certa indulgência. Esse não era o caso das rainhas consortes, porque suas escapadas podiam acarretar a ascensão de um bastardo ao trono, motivo pelo qual quando havia um chevalier servant, como impunha a moda na Versalhes de Maria Antonieta, supunha-se que a relação com a rainha terminava à porta da alcova real.
É curioso verificar que a situação foi tomando matizes diversos à medida que transcorriam os séculos. Assim, desde o Renascimento, as amantes e cortesãs costumavam ser mulheres cultas e refinadas, em geral mais do que as esposas, já que era necessário agradar aos homens tanto na conversação e na vida social quanto na cama, enquanto para ser boa esposa bastava ser fértil e excelente administradora do recinto do lar.

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