Cinema E História

Cinema E História - Neste livro que é uma das obras inaugurais do campo de estudos da inter-relação entre o cinema e a História, Marc Ferro contrapõe os dois discursos de maneira a mostrar não apenas como um interfere no outro, mas também quais são os questionamentos que devem ser feitos a partir dessas interferências.


Por meio de filmes como O encouraçado Potemkin, O judeu Süss, A grande ilusão, M., o vampiro de Dusseldorf, O terceiro homem, entre outros, Cinema E História analisa os processos de produção dos filmes e as influências políticas e sociais que eles acarretaram.
O cinema intervém com de um certo número de modos de ação que tornam o filme eficaz, operatório, capacidade que está ligada à sociedade que produz o filme e àquela que o recebe, que o recepciona.
Cinema E História mostra que os efeitos de montagem, como já fizeram Koulechov, Eisenstein, etc, o funcionamento dos diferentes elementos da película sonorizada e outras muitas combinatórias no interior do filme não são práticas inconscientemente utilizadas.
Pelo contrário, elas revelam, mesmo sem a intenção do cineasta, zonas ideológicas e sociais das quais ele não tinha necessariamente consciência ou que acreditava ter rejeitado.
Marc Ferro exemplifica, com vários filmes, que procedimentos como a escolha das testemunhas, a natureza das perguntas feitas, a seleção das respostas e a montagem das entrevistas podem dar ao filme força diante do expectador, esteja ele de acordo ou não com seus pontos de vista.
Para ele, tradicionalmente, num filme, a força das imagens sobressai-se em relação ao texto. No documentário Le chagrín et la pitié (1941) ocorre o inverso, graças a um novo sistema de relações entre o texto, o discurso oral e o discurso da imagem.
Nesse filme, a função do testemunho é a de "substituir-se ao comentário, cujo lugar é ocupado ora pelas perguntas feitas às testemunhas, ora pelo comentário sincrônico dos jornais cinematográficos da época.
Assim, o historiador aparentemente se apaga diante das testemunhas, diante da sociedade, diante do testemunho do passado. Na ausência dessa mediação, a explicação histórica surge como terrivelmente autêntica, como que dotada de um suplemento de verdade".

 

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Cinema E História – Neste livro que é uma das obras inaugurais do campo de estudos da inter-relação entre o cinema e a História, Marc Ferro contrapõe os dois discursos de maneira a mostrar não apenas como um interfere no outro, mas também quais são os questionamentos que devem ser feitos a partir dessas interferências.
Por meio de filmes como O encouraçado Potemkin, O judeu Süss, A grande ilusão, M., o vampiro de Dusseldorf, O terceiro homem, entre outros, Cinema E História analisa os processos de produção dos filmes e as influências políticas e sociais que eles acarretaram.
O cinema intervém com de um certo número de modos de ação que tornam o filme eficaz, operatório, capacidade que está ligada à sociedade que produz o filme e àquela que o recebe, que o recepciona.
Cinema E História mostra que os efeitos de montagem, como já fizeram Koulechov, Eisenstein, etc, o funcionamento dos diferentes elementos da película sonorizada e outras muitas combinatórias no interior do filme não são práticas inconscientemente utilizadas.
Pelo contrário, elas revelam, mesmo sem a intenção do cineasta, zonas ideológicas e sociais das quais ele não tinha necessariamente consciência ou que acreditava ter rejeitado.
Marc Ferro exemplifica, com vários filmes, que procedimentos como a escolha das testemunhas, a natureza das perguntas feitas, a seleção das respostas e a montagem das entrevistas podem dar ao filme força diante do expectador, esteja ele de acordo ou não com seus pontos de vista.
Para ele, tradicionalmente, num filme, a força das imagens sobressai-se em relação ao texto. No documentário Le chagrín et la pitié (1941) ocorre o inverso, graças a um novo sistema de relações entre o texto, o discurso oral e o discurso da imagem.
Nesse filme, a função do testemunho é a de “substituir-se ao comentário, cujo lugar é ocupado ora pelas perguntas feitas às testemunhas, ora pelo comentário sincrônico dos jornais cinematográficos da época.
Assim, o historiador aparentemente se apaga diante das testemunhas, diante da sociedade, diante do testemunho do passado. Na ausência dessa mediação, a explicação histórica surge como terrivelmente autêntica, como que dotada de um suplemento de verdade”.

 

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