A Comuna Vol. 2

Durante a Comuna de Paris Louise Michel desempenhará diversas atividades. Assumirá inicialmente a função de enfermeira nos frontes de batalha cuidando dos feridos nas barricadas. Mais tarde, durante o cerco de Paris, passa a ser uma combatente vestindo a farda da guarda nacional

- fato incomum para a época, já que este traje era tido como exclusivamente masculino.
Uma anedota da época diz que desde que Louise vestiu a farda da Guarda Nacional em 22 de Janeiro de 1871, simultaneamente passou a exercer a função de propagandista da Comuna, manteve o 61º Batalhão de Montmartre, dirigiu a carroça-ambulância que cuidava dos feridos e participou do Clube da Revolução na Igreja de Saint-Bernard. Nos dias 17 e 18 de Março Louise Michel desempenhou um papel ativo na infantaria dos canhões da guarda nacional que manteve a barricada de Montmartre
Em Maio, quando Versalhes iniciou o ataque contra a cidade, Louise tomou parte nas batalhas de Clamart, Issy-les-Moulineaux, Neuilly. Sobre a barricada de Clignancourt, ela tomou parte nos combates de rua onde a tiros conseguiu libertar da detenção sua mãe que iria ser presa em seu lugar. Posteriormente também assistiria a morte por execução de muitos de seus amigos, incluindo seu amante e companheiro Théophile Ferré, executado em 28 de novembro de 1871 junto com Louis Rossel, o ex-ministro da guerra da Comuna.
em qualquer questionamento sobre o tamanho de seu sentimento de perda, Victor Hugo dedica seu poema Viro Major a ela. Este depoimento ardoroso será talvez uma das maiores fontes de exaltação já feitas em sua homenagem, causando grandes constrangimentos aos inimigos de Michel.
Diante das mortes de seus companheiros Louise Michel passa a reivindicar para si o direito ao assassinato do juiz que os condenou. No entanto presa, em Dezembro de 1871 ela é levada a julgamento no VI Conselho de Guerra, sendo alvo de uma série de acusações incluindo a tentativa de derrubada do governo, encorajar cidadãos a pegar em armas, e utilizar armas e fardamento militar. De forma desafiadora no tribunal ela reafirma seu compromisso com a Comuna e seus ideais, e desafia os juízes a sentenciá-la a morte. Talvez por medo de uma reação popular a sentença de morte não é comutada.
Entre 1871 e 1873, Louise Michel passa vinte meses na detenção na Abadia de Auberive (convertida em prisão), para ser posteriormente condenada à deportação. Àquela época a imprensa estatal de Versalhes satiricamente a nomeia la Louve rouge, la Bonne Louise (a loba vermelha, a boa Louise).

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Durante a Comuna de Paris Louise Michel desempenhará diversas atividades. Assumirá inicialmente a função de enfermeira nos frontes de batalha cuidando dos feridos nas barricadas. Mais tarde, durante o cerco de Paris, passa a ser uma combatente vestindo a farda da guarda nacional – fato incomum para a época, já que este traje era tido como exclusivamente masculino.
Uma anedota da época diz que desde que Louise vestiu a farda da Guarda Nacional em 22 de Janeiro de 1871, simultaneamente passou a exercer a função de propagandista da Comuna, manteve o 61º Batalhão de Montmartre, dirigiu a carroça-ambulância que cuidava dos feridos e participou do Clube da Revolução na Igreja de Saint-Bernard. Nos dias 17 e 18 de Março Louise Michel desempenhou um papel ativo na infantaria dos canhões da guarda nacional que manteve a barricada de Montmartre
Em Maio, quando Versalhes iniciou o ataque contra a cidade, Louise tomou parte nas batalhas de Clamart, Issy-les-Moulineaux, Neuilly. Sobre a barricada de Clignancourt, ela tomou parte nos combates de rua onde a tiros conseguiu libertar da detenção sua mãe que iria ser presa em seu lugar. Posteriormente também assistiria a morte por execução de muitos de seus amigos, incluindo seu amante e companheiro Théophile Ferré, executado em 28 de novembro de 1871 junto com Louis Rossel, o ex-ministro da guerra da Comuna.
em qualquer questionamento sobre o tamanho de seu sentimento de perda, Victor Hugo dedica seu poema Viro Major a ela. Este depoimento ardoroso será talvez uma das maiores fontes de exaltação já feitas em sua homenagem, causando grandes constrangimentos aos inimigos de Michel.
Diante das mortes de seus companheiros Louise Michel passa a reivindicar para si o direito ao assassinato do juiz que os condenou. No entanto presa, em Dezembro de 1871 ela é levada a julgamento no VI Conselho de Guerra, sendo alvo de uma série de acusações incluindo a tentativa de derrubada do governo, encorajar cidadãos a pegar em armas, e utilizar armas e fardamento militar. De forma desafiadora no tribunal ela reafirma seu compromisso com a Comuna e seus ideais, e desafia os juízes a sentenciá-la a morte. Talvez por medo de uma reação popular a sentença de morte não é comutada.
Entre 1871 e 1873, Louise Michel passa vinte meses na detenção na Abadia de Auberive (convertida em prisão), para ser posteriormente condenada à deportação. Àquela época a imprensa estatal de Versalhes satiricamente a nomeia la Louve rouge, la Bonne Louise (a loba vermelha, a boa Louise).

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