Homens Invisíveis

Um dos últimos exploradores, Sydney Possuelo liderou dezenas de expedições pela selva amazônica e descobriu diversas tribos desconhecidas. Se não fosse por ele, dúzias de etnias teriam desaparecido. Exterminadas por doenças contagiosas ou pelas balas de gananciosos garimpeiros, madeireiros ou grileiros.

Até mesmo Ongs e religiosos podem causar estrago: uma gripe é capaz de dizimar muitos índios em poucos dias. Seu trabalho demarcando terras, sem travar qualquer contato, protege nações indígenas acuadas pelos brancos.
Homens invisíveis é uma espiadela neste universo. Leonencio Nossa — co-autor de Viagens com o presidente — narra, aqui, uma das recentes viagens do sertanista Possuelo em busca de povos desconhecidos. Foram 3 meses e meio pelo território da Amazônia, nas terras altas do Vale do Javari, na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia. Nesta área, do tamanho de Portugal, vivem cerca de dezessete grupos sem contato exterior, como a tribo dos flecheiros, índios raramente vistos e que se destacam pela destreza no manejo do arco.
Pernas feridas por espinhos, mosquitos e formigas-de-fogo, os 34 homens desta expedição andaram 273 quilômetros e navegaram mais de mil para provar a existência dessa gente oculta. Os isolados, brasileiros invisíveis, que não se sabe ao certo onde estão, quem são ou que língua falam. O objetivo não é contatá-los, mas encontrar provas de sua existência e mapear suas terras sem se aproximar demais ou invadi-la. Ao mesmo tempo, uma flecha mortal, ou dardo envenenado de uma zarabatana, a qualquer momento, podia saltar da mata.
A caminhada através da mata e a travessia dos rios foram muito difíceis. Bagagens, equipamentos e provisões que os homens carregavam se tornavam a cada dia mais pesados. A comida era escassa. Havia cobras venenosas, aranhas e jacarés. Tudo enquanto esquadrinhavam a mata em busca dos sinais sutis deixados por esses homens invisíveis, como um galho fechando um caminho. Mas é a partir deste trabalho que esses homens garantem o direito dos invisíveis existirem em paz.

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Um dos últimos exploradores, Sydney Possuelo liderou dezenas de expedições pela selva amazônica e descobriu diversas tribos desconhecidas. Se não fosse por ele, dúzias de etnias teriam desaparecido. Exterminadas por doenças contagiosas ou pelas balas de gananciosos garimpeiros, madeireiros ou grileiros. Até mesmo Ongs e religiosos podem causar estrago: uma gripe é capaz de dizimar muitos índios em poucos dias. Seu trabalho demarcando terras, sem travar qualquer contato, protege nações indígenas acuadas pelos brancos.
Homens invisíveis é uma espiadela neste universo. Leonencio Nossa — co-autor de Viagens com o presidente — narra, aqui, uma das recentes viagens do sertanista Possuelo em busca de povos desconhecidos. Foram 3 meses e meio pelo território da Amazônia, nas terras altas do Vale do Javari, na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia. Nesta área, do tamanho de Portugal, vivem cerca de dezessete grupos sem contato exterior, como a tribo dos flecheiros, índios raramente vistos e que se destacam pela destreza no manejo do arco.
Pernas feridas por espinhos, mosquitos e formigas-de-fogo, os 34 homens desta expedição andaram 273 quilômetros e navegaram mais de mil para provar a existência dessa gente oculta. Os isolados, brasileiros invisíveis, que não se sabe ao certo onde estão, quem são ou que língua falam. O objetivo não é contatá-los, mas encontrar provas de sua existência e mapear suas terras sem se aproximar demais ou invadi-la. Ao mesmo tempo, uma flecha mortal, ou dardo envenenado de uma zarabatana, a qualquer momento, podia saltar da mata.
A caminhada através da mata e a travessia dos rios foram muito difíceis. Bagagens, equipamentos e provisões que os homens carregavam se tornavam a cada dia mais pesados. A comida era escassa. Havia cobras venenosas, aranhas e jacarés. Tudo enquanto esquadrinhavam a mata em busca dos sinais sutis deixados por esses homens invisíveis, como um galho fechando um caminho. Mas é a partir deste trabalho que esses homens garantem o direito dos invisíveis existirem em paz.

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