O Mel Que Outros Faveiam: Guimarães Rosa E Antropologia

A obra lança um olhar sobre a literatura de Guimarães Rosa, a partir de uma série de questões epistêmicas. Cruzando tradições, o livro forja diálogos entre a literatura rosiana e a antropologia

, ao explorar as noções de “autoria” e “narrativa”, de “mito” e “ritual”, de “linguagem” e “cosmologia”, de “paradoxo” e “neologismo”, de “poética” e “tradução”, de “mundo mágico” e “desencantado”. O argumento geral é que há paralelos entre as soluções rosianas e antropológicas, ao dilema de como solucionar, na escrita, o problema do “lugar entre culturas”, que se apresenta vinculado à questão de como conciliar realidades concomitantes e antinômicas. Este livro é sobre a importância de alguns destes diálogos, que nem sempre são levados a sério, muito embora afirmados de modo recorrente.
O romance “Grande Sertão: Veredas”, a novela “Meu Tio o Iauaretê” e o conto “Bicho Mau” constituem o material alvo deste livro. A escolha destas obras, em detrimento de outras, obedece mais a correspondências temáticas e conceituais com a antropologia, do que a outros imperativos. O enfoque é aquele que tenta esgotar os paralelos propostos entre este conjunto de obras e algumas vertentes do conhecimento antropológico, e não aquele que almeja esgotar analiticamente uma ou todas as obras selecionadas. Em cada capítulo, trato especificamente de uma destas obras, o que não excluiu eventuais referências cruzadas a outros trabalhos de Guimarães Rosa.
Recorro à fortuna crítica rosiana a partir de recortes muito específicos, estando as perspectivas psicanalíticas e históricas ausentes, apesar de considerá-las importantes. Em diferentes momentos, dialogo com algumas vertentes da crítica rosiana, em especial, aquelas convencionalmente denominadas: críticas linguístico-estilísticas (voltadas para os procedimentos formais de Rosa); leituras mitológicas (que exploram, semanticamente, substratos míticos das mais distintas tradições presentes na literatura rosiana); críticas esotéricas (que postulam um fundo “anti-intelectual” para as obras do escritor); e as abordagens filosófico-estruturais (voltadas ao estudo das estruturas, composições e gêneros, em conjunto com uma série de instrumentos heurísticos, conceituais e especulativos apresentados em obras como “Grande Sertão: Veredas”).

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A obra lança um olhar sobre a literatura de Guimarães Rosa, a partir de uma série de questões epistêmicas. Cruzando tradições, o livro forja diálogos entre a literatura rosiana e a antropologia, ao explorar as noções de “autoria” e “narrativa”, de “mito” e “ritual”, de “linguagem” e “cosmologia”, de “paradoxo” e “neologismo”, de “poética” e “tradução”, de “mundo mágico” e “desencantado”. O argumento geral é que há paralelos entre as soluções rosianas e antropológicas, ao dilema de como solucionar, na escrita, o problema do “lugar entre culturas”, que se apresenta vinculado à questão de como conciliar realidades concomitantes e antinômicas. Este livro é sobre a importância de alguns destes diálogos, que nem sempre são levados a sério, muito embora afirmados de modo recorrente.
O romance “Grande Sertão: Veredas”, a novela “Meu Tio o Iauaretê” e o conto “Bicho Mau” constituem o material alvo deste livro. A escolha destas obras, em detrimento de outras, obedece mais a correspondências temáticas e conceituais com a antropologia, do que a outros imperativos. O enfoque é aquele que tenta esgotar os paralelos propostos entre este conjunto de obras e algumas vertentes do conhecimento antropológico, e não aquele que almeja esgotar analiticamente uma ou todas as obras selecionadas. Em cada capítulo, trato especificamente de uma destas obras, o que não excluiu eventuais referências cruzadas a outros trabalhos de Guimarães Rosa.
Recorro à fortuna crítica rosiana a partir de recortes muito específicos, estando as perspectivas psicanalíticas e históricas ausentes, apesar de considerá-las importantes. Em diferentes momentos, dialogo com algumas vertentes da crítica rosiana, em especial, aquelas convencionalmente denominadas: críticas linguístico-estilísticas (voltadas para os procedimentos formais de Rosa); leituras mitológicas (que exploram, semanticamente, substratos míticos das mais distintas tradições presentes na literatura rosiana); críticas esotéricas (que postulam um fundo “anti-intelectual” para as obras do escritor); e as abordagens filosófico-estruturais (voltadas ao estudo das estruturas, composições e gêneros, em conjunto com uma série de instrumentos heurísticos, conceituais e especulativos apresentados em obras como “Grande Sertão: Veredas”).

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