Sábados Inquietos

Alice, a história de uma menina que muda de tamanho a cada página, trata da instabilidade do ser. Nunca tenho certeza do que eu vou ser de um minuto para o outro!, ela reclama. Nós com nossos títulos e diplomas, nossos sobrenomes e genealogias, nossos crachás e cartões de crédito achamos isso estranho. As crianças, não.


Este livro reúne cem das mais de 250 colunas que publiquei no suplemento “Prosa”, de O Globo, entre janeiro de 2007 e março de 2012. O suplemento, com que continuo a colaborar, chega às bancas, encartado em O Globo, aos sábados.
Não estou certo se nele assino, como muitos dizem, exercícios de crítica literária. Embora, desde menino, sofra da paixão pela leitura, não me considero um especialista em literatura. Minha graduação, na UFRJ, é em jornalismo. Meu mestrado, na mesma UFRJ, em Teoria da Comunicação. Não tenho sequer a graduação em Letras.
Leio, desde muito cedo, guiado mais por impulsos, por intuições vagas, pela busca de saídas existenciais e pelo prazer de ler. Considero-me, mais que um crítico, um leitor comum – embora os mais de vinte anos no jornalismo literário tenham me conferido, não posso negar, alguma especialização.
Trata-se, porém, de uma especialização movida mais pela perseguição desordenada, que caracteriza as grandes paixões, do que pelo estudo aplicado, que distingue o percurso profissional. Mais pelo espírito de aventura e de risco do que pelo sonho da conquista de alguma autoridade.
“Sofro” dos livros que leio e acredito que, na maior parte das vezes, eles, sim, me leem, me afetam e me modificam. Não posso negar que eles sempre me inquietam. Através da leitura, faço longas e inesquecíveis viagens ficcionais. Digamos, portanto, que este é um livro de viagens. Uma coletânea de aventuras que narram minhas peripécias através dos mares inquietos e turbulentos da poesia e da ficção. Assim o vejo, e assim gostaria que o lessem.

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Alice, a história de uma menina que muda de tamanho a cada página, trata da instabilidade do ser. Nunca tenho certeza do que eu vou ser de um minuto para o outro!, ela reclama. Nós com nossos títulos e diplomas, nossos sobrenomes e genealogias, nossos crachás e cartões de crédito achamos isso estranho. As crianças, não.
Este livro reúne cem das mais de 250 colunas que publiquei no suplemento “Prosa”, de O Globo, entre janeiro de 2007 e março de 2012. O suplemento, com que continuo a colaborar, chega às bancas, encartado em O Globo, aos sábados.
Não estou certo se nele assino, como muitos dizem, exercícios de crítica literária. Embora, desde menino, sofra da paixão pela leitura, não me considero um especialista em literatura. Minha graduação, na UFRJ, é em jornalismo. Meu mestrado, na mesma UFRJ, em Teoria da Comunicação. Não tenho sequer a graduação em Letras.
Leio, desde muito cedo, guiado mais por impulsos, por intuições vagas, pela busca de saídas existenciais e pelo prazer de ler. Considero-me, mais que um crítico, um leitor comum – embora os mais de vinte anos no jornalismo literário tenham me conferido, não posso negar, alguma especialização.
Trata-se, porém, de uma especialização movida mais pela perseguição desordenada, que caracteriza as grandes paixões, do que pelo estudo aplicado, que distingue o percurso profissional. Mais pelo espírito de aventura e de risco do que pelo sonho da conquista de alguma autoridade.
“Sofro” dos livros que leio e acredito que, na maior parte das vezes, eles, sim, me leem, me afetam e me modificam. Não posso negar que eles sempre me inquietam. Através da leitura, faço longas e inesquecíveis viagens ficcionais. Digamos, portanto, que este é um livro de viagens. Uma coletânea de aventuras que narram minhas peripécias através dos mares inquietos e turbulentos da poesia e da ficção. Assim o vejo, e assim gostaria que o lessem.

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