Os Césares: Apogeu E Loucura

Encontrar-se-á neste livro a história de todos os Césares romanos pagãos, desde seus imediatos predecessores Mário e Sila, Pompeu e Crasso, até Constantino, o Grande, o primeiro imperador cristão.

Os que lerem este livro acreditar-se-ão realmente testemunhas da extraordinária ascensão de Júlio César, dos amores de Antônio e de Cleópatra, do reinado de Augusto, dos ardis de Tibério, das ações monstruosas de Calígula, do casal estranho que formavam Cláudio e Messalina, da loucura de Nero, da avareza de Galba, da gula de Vitélio, do espírito de Vespasiano, da boa vontade de Tito, da crueldade de Domiciano, da humanidade de Trajano, da inteligência de Adriano, da sabedoria de Marco Aurélio, enfim das orgias sanguinárias de Cômodo e dos vícios de Caracala e de Heliogábalo.

Sempre me interessou saber que Júlio César tinha olhos negros e vivos, e que, sofrendo de calvície, puxava seus cabelos para a frente do crânio e trazia sempre em redor da cabeça os louros ou a coroa de ouro.
Cleópatra, moça sem a menor afetação, não era o que se costuma chamar uma beldade. Tinha gestos, atitudes, uma conduta marcados de distinção, que lhe davam um encanto fascinante. Amável, dotada de grande facilidade de elocução, exercia profunda atração sobre quantos dela se aproximassem. Rígido, grave, sombrio, taciturno, podia-se ver o imperador Tibério andando pelos seus jardins de Capri. Receioso, desconfiado, possuído dum medo doentio, era aquele velho extremamente cruel. Seu caráter adquire relevo saliente quando se consideram as particularidades tão características de suas mãos. Canhoto, tinha por costume, na presença de terceiros, furar com o dedo uma maçã de polpa dura. Quando conversava, o que era raro, aliás, os dedos de sua mão esquerda, sólidos e potentes, esboçavam no espaço gestos que, mau grado certo maneirismo e um preciosismo artificial, significavam bastante quanto à força e à tenacidade do homem. Homicida e pérfido, essa criatura medrosa, de grandes olhos temerosos, não estava atacado de alienação, nem de perturbações mentais no sentido clínico do termo, mas o sentimento de sua angústia íntima, tão profunda, havia-o levado até os confins da loucura. Possuímos exatíssima descrição de seu estado mental.

  

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Sempre me interessou saber que Júlio César tinha olhos negros e vivos, e que, sofrendo de calvície, puxava seus cabelos para a frente do crânio e trazia sempre em redor da cabeça os louros ou a coroa de ouro.
Cleópatra, moça sem a menor afetação, não era o que se costuma chamar uma beldade. Tinha gestos, atitudes, uma conduta marcados de distinção, que lhe davam um encanto fascinante. Amável, dotada de grande facilidade de elocução, exercia profunda atração sobre quantos dela se aproximassem. Rígido, grave, sombrio, taciturno, podia-se ver o imperador Tibério andando pelos seus jardins de Capri. Receioso, desconfiado, possuído dum medo doentio, era aquele velho extremamente cruel. Seu caráter adquire relevo saliente quando se consideram as particularidades tão características de suas mãos. Canhoto, tinha por costume, na presença de terceiros, furar com o dedo uma maçã de polpa dura. Quando conversava, o que era raro, aliás, os dedos de sua mão esquerda, sólidos e potentes, esboçavam no espaço gestos que, mau grado certo maneirismo e um preciosismo artificial, significavam bastante quanto à força e à tenacidade do homem. Homicida e pérfido, essa criatura medrosa, de grandes olhos temerosos, não estava atacado de alienação, nem de perturbações mentais no sentido clínico do termo, mas o sentimento de sua angústia íntima, tão profunda, havia-o levado até os confins da loucura. Possuímos exatíssima descrição de seu estado mental.

  

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