A História Da Raça Humana: Através Da Biografia

O fim que me proponho neste livro é o de narrar os fatos históricos de maior relevo através das personalidades dos que neles tiveram um papel de realce.

Destas, há duas categorias no mundo: a dos que procuram melhorar a civilização e a dos que a retardam.
Entre os primeiros estão os pacifistas; no número dos segundos contam-se os provocadores de guerras. Já essa idéia tinha sido afirmada pelos grandes mestres da Igreja como convicção pessoal: um exame minucioso da História veio, mais tarde, confirmar-lhe a completa veracidade. A idéia de que o mundo será governado pelos pacifistas foge aos limites da esperança bíblica: constitui, a meu ver, um axioma histórico. É este, em suma, o ponto de vista que predominou na História da Raça Humana.
Ao analisar os vultos históricos, procurei seguir o conselho de Espinosa — não os criticar, odiar, ou condenar, mas procurar sempre compreendê-los. Tentei, assim, pôr à mostra o lado bom dos homens tidos em conta de maus, e os defeitos dos que são considerados santos. Não combato homens; combato, sim, algumas de suas idéias.
Sem dúvida alguma, acusar-me-ão de, em algumas partes deste livro, não demonstrar a necessária isenção de ânimo. Desta acusação não pretendo fugir. Mas não é possível escrever-se a História sob um aspecto puramente objetivo. O espírito humano não possui o automatismo de uma máquina registradora. É, ao contrário, o instrumento crítico de um ser que pensa. Não observa simplesmente os fatos históricos; mede-os, pesa-os, interpreta-os. Todo historiador tem, portanto, a sua dose de preconceito. Ele vê o mundo segundo suas crenças. Examina o drama do esforço e do sofrimento humanos pelo prisma colorido de sua própria filosofia. Admitamos, pois, que, como os outros, eu também tenha meus preconceitos. Não tentei examinar a História com a abstração científica de um observador de outro planeta.
Ao escrever a História da Raça Humana, mostro-me, pois, deliberadamente forte e conscienciosamente partidário — partidário de um regime contrário à opressão e favorável à justiça.

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O fim que me proponho neste livro é o de narrar os fatos históricos de maior relevo através das personalidades dos que neles tiveram um papel de realce. Destas, há duas categorias no mundo: a dos que procuram melhorar a civilização e a dos que a retardam.
Entre os primeiros estão os pacifistas; no número dos segundos contam-se os provocadores de guerras. Já essa idéia tinha sido afirmada pelos grandes mestres da Igreja como convicção pessoal: um exame minucioso da História veio, mais tarde, confirmar-lhe a completa veracidade. A idéia de que o mundo será governado pelos pacifistas foge aos limites da esperança bíblica: constitui, a meu ver, um axioma histórico. É este, em suma, o ponto de vista que predominou na História da Raça Humana.
Ao analisar os vultos históricos, procurei seguir o conselho de Espinosa — não os criticar, odiar, ou condenar, mas procurar sempre compreendê-los. Tentei, assim, pôr à mostra o lado bom dos homens tidos em conta de maus, e os defeitos dos que são considerados santos. Não combato homens; combato, sim, algumas de suas idéias.
Sem dúvida alguma, acusar-me-ão de, em algumas partes deste livro, não demonstrar a necessária isenção de ânimo. Desta acusação não pretendo fugir. Mas não é possível escrever-se a História sob um aspecto puramente objetivo. O espírito humano não possui o automatismo de uma máquina registradora. É, ao contrário, o instrumento crítico de um ser que pensa. Não observa simplesmente os fatos históricos; mede-os, pesa-os, interpreta-os. Todo historiador tem, portanto, a sua dose de preconceito. Ele vê o mundo segundo suas crenças. Examina o drama do esforço e do sofrimento humanos pelo prisma colorido de sua própria filosofia. Admitamos, pois, que, como os outros, eu também tenha meus preconceitos. Não tentei examinar a História com a abstração científica de um observador de outro planeta.
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