Explosão Feminista

Explosão Feminista procura apontar de onde vem a força avassaladora do feminismo na última década e as mudanças pelas quais passou ao longo dos anos.

Fruto de extensa pesquisa, Explosão Feminista procura apontar de onde vem a força avassaladora do feminismo na última década e as mudanças pelas quais passou ao longo dos anos.

A professora e escritora Heloisa Buarque de Hollanda, um dos nomes mais importantes na área cultural e nos estudos de gênero no Brasil, convoca jovens que estão marcando presença no ativismo, na poesia e nas artes para mostrar pontos de convergência e divergência entre os muitos feminismos que compõem o cenário brasileiro atual.

Como podemos definir esta quarta e explosiva onda? Quem são as mulheres que estão à frente dos movimentos hoje e o que elas reivindicam? Como a militância vem impactando a política, o comportamento e, sobretudo, a criação artística?

"Quanto ao conteúdo, procurei produzir um panorama da quarta onda feminista, examinando o contexto dos novos ativismos nas ruas e na rede, dos vários feminismos da diferença, do feminismo na poesia, nas artes, na música, no cinema, no teatro e na academia.

Percebi, ao longo da pesquisa, uma inexplicável lacuna de memória na história da terceira onda feminista no Brasil. Abri, então, uma última parte, que chamei de “As veteranas”, com depoimentos de lideranças importantes daquele momento.

A ideia da criação desse quase anexo, com apenas sete depoimentos, entre tantos ausentes, não pretendeu dar conta dessa história. Veio como um alerta para a urgência de um trabalho nesse sentido.

Explicado o livro, me explico como feminista, ou seja, de que lugar eu falo, como me encontrei com as feministas de hoje.

Como muitas mulheres da década de 1960 que participaram dos movimentos estudantis, da UNE, dos CPCs e da cultura de oposição à ditadura, militei em várias frentes, mas, inicialmente, não me identifiquei diretamente com as lutas feministas, que surgiam na Europa e nos Estados Unidos levantando a bandeira “o pessoal é político” e defendendo o direito ao corpo, ao aborto, à liberdade sexual e ao fim das desigualdades no trabalho e no contexto familiar.

No Brasil, a coisa foi diferente. A maioria dessas bandeiras confrontavam, diretamente, vários dogmas da Igreja, uma das principais instituições progressistas na época.

Assim mesmo, as iniciativas feministas conseguiam se articular com a Igreja ou com o Partido Comunista que, da mesma forma, era um parceiro importante na luta contra o regime militar, mas se tornava um complicador para o movimento de mulheres.

A Igreja, por sua recusa ao aborto e à liberdade sexual, e o Partido Comunista, pela insistência numa luta mais ampla na qual não cabiam as demandas singularizadas das feministas."

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-lendo-na-arvore-borda-alca-colorida/

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A professora e escritora Heloisa Buarque de Hollanda, um dos nomes mais importantes na área cultural e nos estudos de gênero no Brasil, convoca jovens que estão marcando presença no ativismo, na poesia e nas artes para mostrar pontos de convergência e divergência entre os muitos feminismos que compõem o cenário brasileiro atual.

Como podemos definir esta quarta e explosiva onda? Quem são as mulheres que estão à frente dos movimentos hoje e o que elas reivindicam? Como a militância vem impactando a política, o comportamento e, sobretudo, a criação artística?

“Quanto ao conteúdo, procurei produzir um panorama da quarta onda feminista, examinando o contexto dos novos ativismos nas ruas e na rede, dos vários feminismos da diferença, do feminismo na poesia, nas artes, na música, no cinema, no teatro e na academia.

Percebi, ao longo da pesquisa, uma inexplicável lacuna de memória na história da terceira onda feminista no Brasil. Abri, então, uma última parte, que chamei de “As veteranas”, com depoimentos de lideranças importantes daquele momento.

A ideia da criação desse quase anexo, com apenas sete depoimentos, entre tantos ausentes, não pretendeu dar conta dessa história. Veio como um alerta para a urgência de um trabalho nesse sentido.

Explicado o livro, me explico como feminista, ou seja, de que lugar eu falo, como me encontrei com as feministas de hoje.

Como muitas mulheres da década de 1960 que participaram dos movimentos estudantis, da UNE, dos CPCs e da cultura de oposição à ditadura, militei em várias frentes, mas, inicialmente, não me identifiquei diretamente com as lutas feministas, que surgiam na Europa e nos Estados Unidos levantando a bandeira “o pessoal é político” e defendendo o direito ao corpo, ao aborto, à liberdade sexual e ao fim das desigualdades no trabalho e no contexto familiar.

No Brasil, a coisa foi diferente. A maioria dessas bandeiras confrontavam, diretamente, vários dogmas da Igreja, uma das principais instituições progressistas na época.

Assim mesmo, as iniciativas feministas conseguiam se articular com a Igreja ou com o Partido Comunista que, da mesma forma, era um parceiro importante na luta contra o regime militar, mas se tornava um complicador para o movimento de mulheres.

A Igreja, por sua recusa ao aborto e à liberdade sexual, e o Partido Comunista, pela insistência numa luta mais ampla na qual não cabiam as demandas singularizadas das feministas.”

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