Espelho, Espelho Nosso

Segundo o psicoterapeuta alemão Hans Jellouschek, a observação de mitos e contos de fadas possibilita um vislumbre mais profundo do que está por trás dos conflitos entre um casal.

Um homem e uma mulher que passam a viver como João e Maria têm uma experiência de vida totalmente diferente de casais cujo arquétipo corresponde a Orfeu e Eurídice, Otelo e Desdêmona ou Merlin e Viviane. As narrativas tradicionais funcionariam, assim, como espelhos em que os casais reconhecem seus problemas e oportunidades de crescimento, podendo desse modo melhorar a convivência e a vida afetiva.
Algumas vezes, em meu trabalho como terapeuta de casais, deparei com parceiros que ficaram gravados em minha memória como o casal João e Maria. Na maioria das vezes, esses parceiros ainda são muito jovens ou agem como se fossem mais jovens do que realmente são.
Vêm até mim como duas crianças que se uniram em circunstâncias difíceis e fugiram de casa. Então, passam a vagar de mãos dadas pela escura floresta da vida e nela vão se perdendo de forma cada vez mais desesperadora. Inicialmente, não refleti muito sobre esse “diagnóstico João e Maria”; porém, mais tarde, fiquei interessado em saber se esse conto de fadas poderia me dar mais explicações acerca desse tipo de parceiros.
Eu tinha apenas uma lembrança muito vaga da história, por isso voltei à obra dos irmãos Grimm. E vejam só: quando leio esse típico conto de fadas infantil como uma narrativa que trata de relacionamento, de fato descubro nela muitos aspectos interessantes e esclarecedores para entender o relacionamento desse tipo de casal.
Provavelmente, os pesquisadores de contos de fadas vão achar essa interpretação muito inadequada, pois a história de João e Maria traz um casal de irmãos na infância, e não um casal adulto. Estou ciente da problemática de meu ponto de vista. No entanto, como descobri muitas coisas interessantes ao usar minhas “lentes de relacionamento”, gostaria de compartilhá-las com meus leitores.
Embora esse conto de fadas provavelmente seja do conhecimento da maioria das pessoas, talvez elas não se lembrem dos detalhes. Por isso, convido-os a reler essa história dos irmãos Grimm, ou, melhor ainda, proponho que ela seja lida em voz alta para o parceiro ou a parceira. Esse convite para reler ou ler em voz alta para o outro o texto-fonte vale também para as outras histórias que interpreto neste livro.

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Algumas vezes, em meu trabalho como terapeuta de casais, deparei com parceiros que ficaram gravados em minha memória como o casal João e Maria. Na maioria das vezes, esses parceiros ainda são muito jovens ou agem como se fossem mais jovens do que realmente são.
Vêm até mim como duas crianças que se uniram em circunstâncias difíceis e fugiram de casa. Então, passam a vagar de mãos dadas pela escura floresta da vida e nela vão se perdendo de forma cada vez mais desesperadora. Inicialmente, não refleti muito sobre esse “diagnóstico João e Maria”; porém, mais tarde, fiquei interessado em saber se esse conto de fadas poderia me dar mais explicações acerca desse tipo de parceiros.
Eu tinha apenas uma lembrança muito vaga da história, por isso voltei à obra dos irmãos Grimm. E vejam só: quando leio esse típico conto de fadas infantil como uma narrativa que trata de relacionamento, de fato descubro nela muitos aspectos interessantes e esclarecedores para entender o relacionamento desse tipo de casal.
Provavelmente, os pesquisadores de contos de fadas vão achar essa interpretação muito inadequada, pois a história de João e Maria traz um casal de irmãos na infância, e não um casal adulto. Estou ciente da problemática de meu ponto de vista. No entanto, como descobri muitas coisas interessantes ao usar minhas “lentes de relacionamento”, gostaria de compartilhá-las com meus leitores.
Embora esse conto de fadas provavelmente seja do conhecimento da maioria das pessoas, talvez elas não se lembrem dos detalhes. Por isso, convido-os a reler essa história dos irmãos Grimm, ou, melhor ainda, proponho que ela seja lida em voz alta para o parceiro ou a parceira. Esse convite para reler ou ler em voz alta para o outro o texto-fonte vale também para as outras histórias que interpreto neste livro.

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