CAR Pra Quem? Pra Quê?

CAR Pra Quem? Pra Quê? -  Esta cartilha traz informações importantes e com uma visão crítica sobre o Cadastro Ambiental Rural – CAR. Ele foi elaborado a partir das dúvidas que surgiram em atividades realizadas pelo Grupo Carta de Belém, junto a comunidades pelo Brasil. Conversando com as pessoas, percebemos a necessidade de dialogar sobre o que são as verdades e as mentiras em torno desse assunto.


Começaremos trazendo um pouquinho da história desse bicho criado em gabinetes e escritórios de pessoas que não necessariamente conhecem a lida no campo, nas águas e nas florestas. Também trataremos do que precisa e o que não precisa fazer, e o que isso pode trazer de consequências para quem faz ou deixa de fazer o CAR. Tudo isso pensando na importância de você e do seu povo/comunidade ter o poder de decidir o que fazer diante dessa situação.
Esse material é produzido com base em uma pesquisa técnica e profunda realizada pela advogada popular Larissa Packer, mas também em outros estudos produzidos por Carlos Frederico Marés, Katya Isaguirre, Marcela Vecchione, Juliana Santilli, Eliane Moreira, como também representa o acúmulo das discussões realizadas em oficinas e atividades de formação sobre o CAR, realizadas pelo Grupo Carta de Belém, junto com Agricultores Familiares, Camponeses, Povos Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais.
O Grupo Carta de Belém nasce a partir de um encontro realizado na cidade de Belém-PA em 2009 e, desde então, vem discutindo e apresentando críticas à financeirização e mercantilização da natureza, como os créditos de carbono, para resolver “problemas ambientais”, tais como as mudanças climáticas, o aumento do desflorestamento, a perda da biodiversidade, entre outros.
O Grupo Carta Belém entende que qualquer política fundada na compensação de danos, em que os territórios de Agricultores Familiares, Camponeses, Povos Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais sejam induzidos/motivados a assumir a responsabilidade pelos danos ambientais causados por grandes empreendimentos, que promovem a hiper-exploração da natureza (mineração, barragens, agronegócio, etc) viola o sistema de proteção de direitos humanos, principalmente o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Acreditamos que este modelo fundado em compensações é injusto e pode se concretizar em medidas indutoras de mais violações e desmatamentos, já que aumenta a pressão e a criminalização sobre os modos de vida dos povos e comunidades para que as atividades acima descritas, que são as verdadeiras causadoras dos problemas ambientais, continuem se expandindo.

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Começaremos trazendo um pouquinho da história desse bicho criado em gabinetes e escritórios de pessoas que não necessariamente conhecem a lida no campo, nas águas e nas florestas. Também trataremos do que precisa e o que não precisa fazer, e o que isso pode trazer de consequências para quem faz ou deixa de fazer o CAR. Tudo isso pensando na importância de você e do seu povo/comunidade ter o poder de decidir o que fazer diante dessa situação.
Esse material é produzido com base em uma pesquisa técnica e profunda realizada pela advogada popular Larissa Packer, mas também em outros estudos produzidos por Carlos Frederico Marés, Katya Isaguirre, Marcela Vecchione, Juliana Santilli, Eliane Moreira, como também representa o acúmulo das discussões realizadas em oficinas e atividades de formação sobre o CAR, realizadas pelo Grupo Carta de Belém, junto com Agricultores Familiares, Camponeses, Povos Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais.
O Grupo Carta de Belém nasce a partir de um encontro realizado na cidade de Belém-PA em 2009 e, desde então, vem discutindo e apresentando críticas à financeirização e mercantilização da natureza, como os créditos de carbono, para resolver “problemas ambientais”, tais como as mudanças climáticas, o aumento do desflorestamento, a perda da biodiversidade, entre outros.
O Grupo Carta Belém entende que qualquer política fundada na compensação de danos, em que os territórios de Agricultores Familiares, Camponeses, Povos Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais sejam induzidos/motivados a assumir a responsabilidade pelos danos ambientais causados por grandes empreendimentos, que promovem a hiper-exploração da natureza (mineração, barragens, agronegócio, etc) viola o sistema de proteção de direitos humanos, principalmente o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Acreditamos que este modelo fundado em compensações é injusto e pode se concretizar em medidas indutoras de mais violações e desmatamentos, já que aumenta a pressão e a criminalização sobre os modos de vida dos povos e comunidades para que as atividades acima descritas, que são as verdadeiras causadoras dos problemas ambientais, continuem se expandindo.

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