Epistemologia: Uma Introdução Elementar

Epistemologia: Uma Introdução Elementar - A ideia de escrever este livro surgiu com a constatação de que a maioria do material produzido em português sobre epistemologia ou bem trata de problemas de teoria do conhecimento, mas é excessivamente técnico – o que é indispensável para o avanço da disciplina, apesar de ser potencialmente prejudicial para despertar o interesse de leigos – ou bem é claro e introdutório, mas enfatiza o caráter histórico – o que, apesar de poder abrir as portas para o estudo filosófico, atém-se à interpretação de autores, não ao tratamento e à resolução de problemas.


A distinção entre problemas e história da uma disciplina filosófica pode parecer irrelevante, mas, com efeito, ela faz toda a diferença. Na visão que eu avanço aqui, entender os problemas da filosofia (e também se propor a resolvê-los) deve ter prioridade sobre entender a história desses problemas, pois dominar a problemática de uma disciplina é condição necessária para tornar-se proficiente nos temas em questão.
A proficiência temática frequentemente é acompanhada do entendimento histórico (que implica saber, entre outras coisas, quem propôs essa ou aquela teoria, o que exatamente essa pessoa quis dizer e com quem dialogava), mas ela seguramente independe do entendimento histórico.
Para constatar esse fato, basta observar que os grandes nomes da história da filosofia apenas raramente se preocupavam com a mera interpretação do que outros grandes pensaram e, se o faziam, era como meio para atingir uma finalidade que não era apenas interpretativa.
Talvez seja possível percorrer o caminho contrário, isto é, partir do entendimento histórico para a proficiência temática, mas aí correríamos um risco duplo: o debate poderia ficar restrito aos especialistas neste ou naquele autor, nesta ou naquela escola, neste ou naquele período, e, além disso, a pretensão original de resolver problemas filosóficos genuínos poderia ser eclipsada pelas dificuldades interpretativas, que são muitas.
Alguns supõem que não devemos jamais ambicionar resolver problemas filosóficos, e que por isso nos restaria apenas fazer história da filosofia. Essa é uma atitude que só pode ser explicada, a meu ver, por um profundo ceticismo sobre a nossa capacidade intelectual.

 

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Epistemologia: Uma Introdução Elementar – A ideia de escrever este livro surgiu com a constatação de que a maioria do material produzido em português sobre epistemologia ou bem trata de problemas de teoria do conhecimento, mas é excessivamente técnico – o que é indispensável para o avanço da disciplina, apesar de ser potencialmente prejudicial para despertar o interesse de leigos – ou bem é claro e introdutório, mas enfatiza o caráter histórico – o que, apesar de poder abrir as portas para o estudo filosófico, atém-se à interpretação de autores, não ao tratamento e à resolução de problemas.
A distinção entre problemas e história da uma disciplina filosófica pode parecer irrelevante, mas, com efeito, ela faz toda a diferença. Na visão que eu avanço aqui, entender os problemas da filosofia (e também se propor a resolvê-los) deve ter prioridade sobre entender a história desses problemas, pois dominar a problemática de uma disciplina é condição necessária para tornar-se proficiente nos temas em questão.
A proficiência temática frequentemente é acompanhada do entendimento histórico (que implica saber, entre outras coisas, quem propôs essa ou aquela teoria, o que exatamente essa pessoa quis dizer e com quem dialogava), mas ela seguramente independe do entendimento histórico.
Para constatar esse fato, basta observar que os grandes nomes da história da filosofia apenas raramente se preocupavam com a mera interpretação do que outros grandes pensaram e, se o faziam, era como meio para atingir uma finalidade que não era apenas interpretativa.
Talvez seja possível percorrer o caminho contrário, isto é, partir do entendimento histórico para a proficiência temática, mas aí correríamos um risco duplo: o debate poderia ficar restrito aos especialistas neste ou naquele autor, nesta ou naquela escola, neste ou naquele período, e, além disso, a pretensão original de resolver problemas filosóficos genuínos poderia ser eclipsada pelas dificuldades interpretativas, que são muitas.
Alguns supõem que não devemos jamais ambicionar resolver problemas filosóficos, e que por isso nos restaria apenas fazer história da filosofia. Essa é uma atitude que só pode ser explicada, a meu ver, por um profundo ceticismo sobre a nossa capacidade intelectual.

 

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