A Diplomacia Da Americanização De Salvador De Mendonça (1889-1898)

Segundo Eric Hobsbawm (1998, p.87-95), em obra referencial, era muito provável que no final do século XIX o ritmo de crescimento da economia mundial, determinado pelos núcleos desenvolvidos ou em desenvolvimento do capitalismo, viesse a ser "um mundo de império".


O período compreendido entre os anos de 1875 e 1918 delimitou a inauguração, o auge e a decadência de um tipo de imperialismo visto como produto do capitalismo industrial voltado para a obtenção de matérias-primas e produtos agrícolas em geral, combinados com a expansão de mercadores consumidores.
Um dos significados desse imperialismo surgia da contradição entre as dimensões dos Estados nacionais europeus e as exigências do desenvolvimento produtivo decorrentes do início da produção em massa que instavam por novos mercados, com início na década de 1870.
A acentuação dessa contradição, também o motor desse imperialismo, foi o crescente protecionismo econômico dos países dependentes dos europeus, desencadeando uma série de choques entre estes e – por exemplo – Inglaterra, França e Alemanha, que procuraram conquistar e resguardar novos mercados por todo o mundo, prevalecendo a tendência em assegurar o controle político direto ou indireto dos territórios vinculados a eles o mais amplamente possível.
O processo foi sentido por todo o mundo e assumiu peculiaridades de acordo com a formação política e cultural de cada região em que ocorreu, ao contrário da dominação formal de países europeus sobre africanos e asiáticos, onde as hostilidades ante o indivíduo estrangeiro crescia rapidamente.
No continente americano (com exceção dos Estados Unidos), a influência dos países desenvolvidos podia ser considerada informal à medida que aumentavam os negócios e as transações de empresas, participando na industrialização e na circulação de mercadorias, barateando o custo e facilitando o acesso a elas.
No entanto, essa ligação cada vez mais forte entre os países não possuía um sentido restrito à economia. Os interesses econômicos também serviam diretamente como instrumento para atingir desígnios políticos, decorrendo desse objetivo uma série de choques que extrapolaram a retórica diplomática, culminando em conflitos armados como a Primeira Guerra Mundial, que matou milhões de pessoas.

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Segundo Eric Hobsbawm (1998, p.87-95), em obra referencial, era muito provável que no final do século XIX o ritmo de crescimento da economia mundial, determinado pelos núcleos desenvolvidos ou em desenvolvimento do capitalismo, viesse a ser “um mundo de império”.
O período compreendido entre os anos de 1875 e 1918 delimitou a inauguração, o auge e a decadência de um tipo de imperialismo visto como produto do capitalismo industrial voltado para a obtenção de matérias-primas e produtos agrícolas em geral, combinados com a expansão de mercadores consumidores.
Um dos significados desse imperialismo surgia da contradição entre as dimensões dos Estados nacionais europeus e as exigências do desenvolvimento produtivo decorrentes do início da produção em massa que instavam por novos mercados, com início na década de 1870.
A acentuação dessa contradição, também o motor desse imperialismo, foi o crescente protecionismo econômico dos países dependentes dos europeus, desencadeando uma série de choques entre estes e – por exemplo – Inglaterra, França e Alemanha, que procuraram conquistar e resguardar novos mercados por todo o mundo, prevalecendo a tendência em assegurar o controle político direto ou indireto dos territórios vinculados a eles o mais amplamente possível.
O processo foi sentido por todo o mundo e assumiu peculiaridades de acordo com a formação política e cultural de cada região em que ocorreu, ao contrário da dominação formal de países europeus sobre africanos e asiáticos, onde as hostilidades ante o indivíduo estrangeiro crescia rapidamente.
No continente americano (com exceção dos Estados Unidos), a influência dos países desenvolvidos podia ser considerada informal à medida que aumentavam os negócios e as transações de empresas, participando na industrialização e na circulação de mercadorias, barateando o custo e facilitando o acesso a elas.
No entanto, essa ligação cada vez mais forte entre os países não possuía um sentido restrito à economia. Os interesses econômicos também serviam diretamente como instrumento para atingir desígnios políticos, decorrendo desse objetivo uma série de choques que extrapolaram a retórica diplomática, culminando em conflitos armados como a Primeira Guerra Mundial, que matou milhões de pessoas.

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