Obras Psicológicas Completas De Sigmund Freud Vol. 2

No final do século XIX as neuroses que se manifestavam através de somatizações, alucinações e angústias eram chamadas de "histerias". Para estudar esse fenômeno, Freud escreveu junto com o médico Breuer os Estudos sobre a histeria — obra essencial para compreensão da psicanálise.

Relatando os casos de cinco pacientes — entre elas a célebre Anna O. —, eles argumentam que os histéricos sofrem por haverem sufocado a memória dos eventos que originaram a doença. É preciso, então, trazer à luz esses traumas, inicialmente por meio da hipnose. Mas, como isso não funciona com alguns pacientes, Freud passa a recorrer à associação livre, tornando seu método ainda mais complexo.

Em 1948 o Instituto de Psicanálise de Londres e The Hogarth Press decidiram levar a cabo um projeto que lhes parecia da maior importância para a difusão da psicanálise nos países de língua inglesa.
Era a publicação das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, em novas traduções e na íntegra, que se transformaria em edição Standard — padrão e referência para o mundo inteiro
Mas, mesmo depois de James Strachey se ter incumbido da edição e assumido as funções de tradutor-chefe, as dificuldades a transpor eram enormes. Consistiam, por um lado, no grande investimento de capital necessário, e por outro, na grande dispersão de direitos autorais em publicações isoladas, que o autor desinteressadamente liberara em publicações independentes para edições em língua inglesa.
No devido tempo os problemas financeiros foram superados graças aos esforços do Dr. John Murray, da Sociedade Psicanalítica de Boston, e do Dr. William Menninger, presidente da Associação Americana de Psicanálise. A complexa questão referente aos direitos autorais foi finalmente solucionada por meu irmão, Ernst Freud, então diretor da “Sigmund Freud Copyrights”.
Embora James Strachey, no seu Prefácio Geral apresentado no primeiro volume, tenha feito as devidas homenagens aos três, assim como aos que o auxiliaram no trabalho de tradução (sua esposa, eu mesma, Dr. Alan Tyson e Miss Angela Richards), foi legado aos que o sucederam prestar a Strachey o merecido tributo. Este trabalho não poderia ter encontrado tradutor que possuísse qualidades e qualificações iguais às dele, e ninguém levaria adiante esta tarefa com tamanha precisão acadêmica, compreensão e determinismo incansável, sem que obstáculos pessoais o desviassem até a morte.
Talvez o maior elogio à realização de Strachey seja o de que grande parte dos leitores da Standard Edition, através de seus lúcidos comentários editoriais, entre em surpreendente competição com o texto original do autor.

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No final do século XIX as neuroses que se manifestavam através de somatizações, alucinações e angústias eram chamadas de “histerias”. Para estudar esse fenômeno, Freud escreveu junto com o médico Breuer os Estudos sobre a histeria — obra essencial para compreensão da psicanálise. Relatando os casos de cinco pacientes — entre elas a célebre Anna O. —, eles argumentam que os histéricos sofrem por haverem sufocado a memória dos eventos que originaram a doença. É preciso, então, trazer à luz esses traumas, inicialmente por meio da hipnose. Mas, como isso não funciona com alguns pacientes, Freud passa a recorrer à associação livre, tornando seu método ainda mais complexo.

Em 1948 o Instituto de Psicanálise de Londres e The Hogarth Press decidiram levar a cabo um projeto que lhes parecia da maior importância para a difusão da psicanálise nos países de língua inglesa.
Era a publicação das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, em novas traduções e na íntegra, que se transformaria em edição Standard — padrão e referência para o mundo inteiro
Mas, mesmo depois de James Strachey se ter incumbido da edição e assumido as funções de tradutor-chefe, as dificuldades a transpor eram enormes. Consistiam, por um lado, no grande investimento de capital necessário, e por outro, na grande dispersão de direitos autorais em publicações isoladas, que o autor desinteressadamente liberara em publicações independentes para edições em língua inglesa.
No devido tempo os problemas financeiros foram superados graças aos esforços do Dr. John Murray, da Sociedade Psicanalítica de Boston, e do Dr. William Menninger, presidente da Associação Americana de Psicanálise. A complexa questão referente aos direitos autorais foi finalmente solucionada por meu irmão, Ernst Freud, então diretor da “Sigmund Freud Copyrights”.
Embora James Strachey, no seu Prefácio Geral apresentado no primeiro volume, tenha feito as devidas homenagens aos três, assim como aos que o auxiliaram no trabalho de tradução (sua esposa, eu mesma, Dr. Alan Tyson e Miss Angela Richards), foi legado aos que o sucederam prestar a Strachey o merecido tributo. Este trabalho não poderia ter encontrado tradutor que possuísse qualidades e qualificações iguais às dele, e ninguém levaria adiante esta tarefa com tamanha precisão acadêmica, compreensão e determinismo incansável, sem que obstáculos pessoais o desviassem até a morte.
Talvez o maior elogio à realização de Strachey seja o de que grande parte dos leitores da Standard Edition, através de seus lúcidos comentários editoriais, entre em surpreendente competição com o texto original do autor.

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