O Progresso Do Conhecimento

Esta obra, de caráter até certo ponto programático, é um trabalho de juventude (1605) de Francis Bacon. Os dois livros que compõem O progresso do conhecimento foram a primeira contribuição do filósofo em larga escala ao seu grande empreendimento filosófico.


Constituindo um tratado sistemático redigido em inglês, é a única de todas as obras de juventude de Bacon publicadas durante a vida do autor.
O progresso do conhecimento conta com dois livros ou partes de extensão muito desigual – o segundo e maior vai constituir a base do De dignitate et augmentis scientiarum (1623), uma nova versão da obra, ampliada, em latim.
Na primeira parte de O Progresso , Bacon faz a defesa da excelência do conhecimento e elabora uma minuciosa resposta às objeções habituais à busca deste.
Na segunda, se ocupa dos obstáculos até então impostos a seu progresso e apresenta em grande detalhe uma classificação das ciências (que vai aparecer, resumida ou expandida, em muitos outros de seus textos, por exemplo, numa forma consideravelmente ampliada e elaborada nos livros II e IX do De augmentis . A estrutura principal da classificação, contudo, permanece praticamente inalterada).
Bacon tem vários critérios para a classificação dos saberes (como ele a denomina). O primeiro consiste numa divisão em três variedades principais referentes às três faculdades da mente, concebidas como especialmente relevantes ao conhecimento.
A história se baseia na memória, a poesia na imaginação e a filosofia na razão. (O papel da poesia se restringe a dar aos homens a satisfação, permitindo que eles contemplem o que a natureza falhou em proporcionar. Ela está ausente do primeiro plano dos outros critérios de divisão).
No segundo critério, história e filosofia (ou ciência) se distinguem melhor pela individualidade e generalidade respectivamente, de suas descobertas, do que pelas suas respectivas atribuições à memória e à razão. Estas duas faculdades mentais não são propriamente coordenadas, pois a memória, diferentemente da razão, é um depósito, não uma fonte de conhecimento.
A fonte de fatos individuais é a percepção ou observação, concebida amplamente o bastante para incluir nossa percepção de nossos próprios estados mentais. Além disso, o raciocínio científico ou filosófico depende da memória para suprir suas premissas e como preservadora da capacidade de raciocínio.

       

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Constituindo um tratado sistemático redigido em inglês, é a única de todas as obras de juventude de Bacon publicadas durante a vida do autor.
O progresso do conhecimento conta com dois livros ou partes de extensão muito desigual – o segundo e maior vai constituir a base do De dignitate et augmentis scientiarum (1623), uma nova versão da obra, ampliada, em latim.
Na primeira parte de O Progresso , Bacon faz a defesa da excelência do conhecimento e elabora uma minuciosa resposta às objeções habituais à busca deste.
Na segunda, se ocupa dos obstáculos até então impostos a seu progresso e apresenta em grande detalhe uma classificação das ciências (que vai aparecer, resumida ou expandida, em muitos outros de seus textos, por exemplo, numa forma consideravelmente ampliada e elaborada nos livros II e IX do De augmentis . A estrutura principal da classificação, contudo, permanece praticamente inalterada).
Bacon tem vários critérios para a classificação dos saberes (como ele a denomina). O primeiro consiste numa divisão em três variedades principais referentes às três faculdades da mente, concebidas como especialmente relevantes ao conhecimento.
A história se baseia na memória, a poesia na imaginação e a filosofia na razão. (O papel da poesia se restringe a dar aos homens a satisfação, permitindo que eles contemplem o que a natureza falhou em proporcionar. Ela está ausente do primeiro plano dos outros critérios de divisão).
No segundo critério, história e filosofia (ou ciência) se distinguem melhor pela individualidade e generalidade respectivamente, de suas descobertas, do que pelas suas respectivas atribuições à memória e à razão. Estas duas faculdades mentais não são propriamente coordenadas, pois a memória, diferentemente da razão, é um depósito, não uma fonte de conhecimento.
A fonte de fatos individuais é a percepção ou observação, concebida amplamente o bastante para incluir nossa percepção de nossos próprios estados mentais. Além disso, o raciocínio científico ou filosófico depende da memória para suprir suas premissas e como preservadora da capacidade de raciocínio.

       

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