A Capital

Obra que Eça deixou inacabada – em parte por recear que fosse demasiado escandalosa para a sensibilidade dos seus contemporâneos - A Capital só viria a ser publicada postumamente, numa edição com cortes e acrescentos de autoria de José Maria d’Eça de Queirós, o filho do escritor.


Em A Capital descobrimos o deslumbramento, mas também a mordacidade queirosiana com que Eça retratou a "sua" cidade, através da sofisticada frivolidade dos meios sociais e das personagens que ainda hoje povoam o nosso imaginário quando evocamos a Lisboa de Novecentos.
A Capital relata a história da ambição social, profissional e pessoal da personagem principal, Artur Corvelo, que acompanhamos ao longo do seu amadurecimento emocional e consequente resignação à triste realidade. A história desenrola-se por diferentes épocas e locais. Começa na sua "resguardada" infância, atravessa por uma adolescência contemplativa e termina já na sua enfadada vida adulta.
Sonhando com fama, bajulação, reconhecimento e ascensão social, Artur resolve escrever um livro, estuda em Coimbra e em seguida, recebendo uma herança de um padrinho, muda-se para Lisboa em busca de realizar tais sonhos e ambições, e de sair da vida provinciana que em nada lhe satisfazia.
Durante esta estadia em Lisboa, Artur vai conhecendo vários personagens, os quais reconhecem a ingenuidade de Artur e chegam a se aproveitar dela. Uma exceção é a personagem Jácome Nazareno, um membro do movimento republicano que mantém uma relação séria com Artur, sem segundas intenções de se aproveitar dele, porém este não é de acordo com as intenções de Artur de ter uma ascensão social. A Capital retrata tais desventuras de Artur Corvelo, ora lamentando por elas, ora se rindo delas.
Como é típico em Eça de Queirós, a sociedade é retratada de modo cruel, dando vasão à ironia. O estilo narrativo é fluente, claro e direto, conservando a forma clássica e de fácil leitura. A descrição da sociedade parece não deixar de ser atual, uma vez que os tipos sociais descritos por Eça são facilmente encontrados na sociedade contemporânea.

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Obra que Eça deixou inacabada – em parte por recear que fosse demasiado escandalosa para a sensibilidade dos seus contemporâneos – A Capital só viria a ser publicada postumamente, numa edição com cortes e acrescentos de autoria de José Maria d’Eça de Queirós, o filho do escritor.
Em A Capital descobrimos o deslumbramento, mas também a mordacidade queirosiana com que Eça retratou a “sua” cidade, através da sofisticada frivolidade dos meios sociais e das personagens que ainda hoje povoam o nosso imaginário quando evocamos a Lisboa de Novecentos.
A Capital relata a história da ambição social, profissional e pessoal da personagem principal, Artur Corvelo, que acompanhamos ao longo do seu amadurecimento emocional e consequente resignação à triste realidade. A história desenrola-se por diferentes épocas e locais. Começa na sua “resguardada” infância, atravessa por uma adolescência contemplativa e termina já na sua enfadada vida adulta.
Sonhando com fama, bajulação, reconhecimento e ascensão social, Artur resolve escrever um livro, estuda em Coimbra e em seguida, recebendo uma herança de um padrinho, muda-se para Lisboa em busca de realizar tais sonhos e ambições, e de sair da vida provinciana que em nada lhe satisfazia.
Durante esta estadia em Lisboa, Artur vai conhecendo vários personagens, os quais reconhecem a ingenuidade de Artur e chegam a se aproveitar dela. Uma exceção é a personagem Jácome Nazareno, um membro do movimento republicano que mantém uma relação séria com Artur, sem segundas intenções de se aproveitar dele, porém este não é de acordo com as intenções de Artur de ter uma ascensão social. A Capital retrata tais desventuras de Artur Corvelo, ora lamentando por elas, ora se rindo delas.
Como é típico em Eça de Queirós, a sociedade é retratada de modo cruel, dando vasão à ironia. O estilo narrativo é fluente, claro e direto, conservando a forma clássica e de fácil leitura. A descrição da sociedade parece não deixar de ser atual, uma vez que os tipos sociais descritos por Eça são facilmente encontrados na sociedade contemporânea.

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