Literatura E Ética

Literatura E Ética

Em Literatura E Ética – Da forma para a força, a professora doutora de Teoria da Literatura da Universidade Federal Fluminense Diana Klinger encontra um lugar agradável e sedutor para ouvir e investigar a distância - na verdade, o que há de intrínseco e conflituoso - entre a literatura e a vida.


O caminho percorrido é autobiográfico e corajoso. Klinger parte dos próprios afetos e leituras para pensar o ato da escrita como político e segue incorporando a teoria, principalmente os filósofos Michel Foucault, Gilles Deleuze e Spinoza, para “procurar algo da ordem do inconstatável” na tensão ética e estética do fazer literário, pensando a questão do sentido na literatura e na sociedade contemporânea.
A linguagem fluida e vívida, potencializada pelos afetos, aproxima o leitor menos habituado aos textos acadêmicos, ao mesmo tempo que a profundidade da investigação intelectual conduz a leitura pelos questionamentos do fazer e do pensar literário contemporâneos.
A interioridade e o lugar do Eu no pensamento literário tomam lugar no texto de Klinger: “É o livro mais exposto que eu poderia escrever: resolvi me expor com toda a força, a fraqueza, a potência e a vulnerabilidade de meu próprio eu. Falo em nome próprio e falo de mim mesma.”
Procurando, na literatura e na vida, escutar com razão e sensibilidade o que o “acaso tem a dizer”, Klinger examina na escrita de Julio Cortázar, por exemplo, o conflito entre a (im)possibilidade de colocar uma distância entre presente e passado, ficção e real. Apesar da postura autônoma do escritor, para quem a literatura nunca foi uma extensão da posição política, mas um ideal de experimentação, Cortázar escrevia em continuidade com a vida.
A autora também recorre ao lugar do “nativo” para pensar a escrita além da estética e da representação, mas como forma de estar no mundo, mais próximo da vida. Como sugere Foucault, em destaque da autora, a arte deveria partir da relação com os indivíduos, e não com os objetos. Nesta trilha, Klinger investiga o ato de linguagem e a tarefa política da escrita. “A escrita como um ritual que suspende o mundo para construir um outro território se aproxima da filosofia, não na sua tradição idealista e transcendentalista, e sim uma filosofia como exercício e prática da vida.”
Literatura E Ética é um convite confesso ao deslumbre com a potência de vida na escrita.

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Em Literatura E Ética – Da forma para a força, a professora doutora de Teoria da Literatura da Universidade Federal Fluminense Diana Klinger encontra um lugar agradável e sedutor para ouvir e investigar a distância – na verdade, o que há de intrínseco e conflituoso – entre a literatura e a vida.
O caminho percorrido é autobiográfico e corajoso. Klinger parte dos próprios afetos e leituras para pensar o ato da escrita como político e segue incorporando a teoria, principalmente os filósofos Michel Foucault, Gilles Deleuze e Spinoza, para “procurar algo da ordem do inconstatável” na tensão ética e estética do fazer literário, pensando a questão do sentido na literatura e na sociedade contemporânea.
A linguagem fluida e vívida, potencializada pelos afetos, aproxima o leitor menos habituado aos textos acadêmicos, ao mesmo tempo que a profundidade da investigação intelectual conduz a leitura pelos questionamentos do fazer e do pensar literário contemporâneos.
A interioridade e o lugar do Eu no pensamento literário tomam lugar no texto de Klinger: “É o livro mais exposto que eu poderia escrever: resolvi me expor com toda a força, a fraqueza, a potência e a vulnerabilidade de meu próprio eu. Falo em nome próprio e falo de mim mesma.”
Procurando, na literatura e na vida, escutar com razão e sensibilidade o que o “acaso tem a dizer”, Klinger examina na escrita de Julio Cortázar, por exemplo, o conflito entre a (im)possibilidade de colocar uma distância entre presente e passado, ficção e real. Apesar da postura autônoma do escritor, para quem a literatura nunca foi uma extensão da posição política, mas um ideal de experimentação, Cortázar escrevia em continuidade com a vida.
A autora também recorre ao lugar do “nativo” para pensar a escrita além da estética e da representação, mas como forma de estar no mundo, mais próximo da vida. Como sugere Foucault, em destaque da autora, a arte deveria partir da relação com os indivíduos, e não com os objetos. Nesta trilha, Klinger investiga o ato de linguagem e a tarefa política da escrita. “A escrita como um ritual que suspende o mundo para construir um outro território se aproxima da filosofia, não na sua tradição idealista e transcendentalista, e sim uma filosofia como exercício e prática da vida.”
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