De Vulgari Eloquentia

Idealizado e composto nos primeiros anos do exílio, escrito em latim, o De Vulgari Eloquentia é concebido por Dante como um tratado de retórica e de poética que fixe as normas para o uso da língua vulgar, consagrando dessa forma sua legitimidade e seu valor como instrumento de expressão literária

; nascido da necessidade de uma redefinição e uma reavaliação do próprio papel e significado de intelectual no âmbito da cultura italiana e européia, representa uma teorização retórico-literária baseada na sua própria experiência poética.
A obra trata da origem da linguagem, da diferenciação dos vários idiomas conseqüente à confusão bíblica de Babel até a análise das línguas européias e dos vários dialetos italianos; uma vez identificada uma linguagem que atenda às exigências de uma língua literária verdadeiramente italiana, que supere os restritos limites municipais e regionais, isto é, um vulgar ilustre, cardinal, áulico e curial, Dante pretende estabelecer as regras dos gêneros e dos estilos com as quais esse vulgar possa ser explicitado, partindo da expressão mais alta, a canção: esse vasto projeto, porém, é interrompido repentinamente no décimo quarto capítulo do segundo livro.
A leitura desse pequeno tratado torna possível, por um lado, uma melhor compreensão de muitos aspectos da pessoalidade e da obra dantesca, por outro, nos revela um precioso e original documento, extremamente interessante e importante para a história da lingüística românica e em particular da língua italiana.
O De Vulgari Eloquentia é provavelmente a obra de Dante menos conhecida no Brasil, feita talvez exceção de obras ainda “menores” como a Qestio de aqua et terra ou o Fiore, cuja autenticidade, além do mais, ainda é posta em dúvida por alguns filológos. De fato, ao Sobre a eloquencia em vernáculo (título que damos em nossa tradução apenas indicativamente, pois a forma latina já é consagrada e amplamente aceita pelo público mesmo quando discutido em tradução), um pequeno e incompleto tratado, coube uma difusão mínima no Brasil e, ao que parece, na língua portuguesa em geral: temos notícia de uma única tradução da qual não pudemos obter uma cópia, publicada por volta de 1950 e aparentemente insegura.

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Idealizado e composto nos primeiros anos do exílio, escrito em latim, o De Vulgari Eloquentia é concebido por Dante como um tratado de retórica e de poética que fixe as normas para o uso da língua vulgar, consagrando dessa forma sua legitimidade e seu valor como instrumento de expressão literária; nascido da necessidade de uma redefinição e uma reavaliação do próprio papel e significado de intelectual no âmbito da cultura italiana e européia, representa uma teorização retórico-literária baseada na sua própria experiência poética.
A obra trata da origem da linguagem, da diferenciação dos vários idiomas conseqüente à confusão bíblica de Babel até a análise das línguas européias e dos vários dialetos italianos; uma vez identificada uma linguagem que atenda às exigências de uma língua literária verdadeiramente italiana, que supere os restritos limites municipais e regionais, isto é, um vulgar ilustre, cardinal, áulico e curial, Dante pretende estabelecer as regras dos gêneros e dos estilos com as quais esse vulgar possa ser explicitado, partindo da expressão mais alta, a canção: esse vasto projeto, porém, é interrompido repentinamente no décimo quarto capítulo do segundo livro.
A leitura desse pequeno tratado torna possível, por um lado, uma melhor compreensão de muitos aspectos da pessoalidade e da obra dantesca, por outro, nos revela um precioso e original documento, extremamente interessante e importante para a história da lingüística românica e em particular da língua italiana.
O De Vulgari Eloquentia é provavelmente a obra de Dante menos conhecida no Brasil, feita talvez exceção de obras ainda “menores” como a Qestio de aqua et terra ou o Fiore, cuja autenticidade, além do mais, ainda é posta em dúvida por alguns filológos. De fato, ao Sobre a eloquencia em vernáculo (título que damos em nossa tradução apenas indicativamente, pois a forma latina já é consagrada e amplamente aceita pelo público mesmo quando discutido em tradução), um pequeno e incompleto tratado, coube uma difusão mínima no Brasil e, ao que parece, na língua portuguesa em geral: temos notícia de uma única tradução da qual não pudemos obter uma cópia, publicada por volta de 1950 e aparentemente insegura.

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