O Imaginário Da Renascença

Claude-Gilbert Dubois - O Imaginário Da Renascença

A imaginação é como o Sol, cuja a luz não é tangível mas poderia incendiar uma casa. A imaginação dirige a vida do homem; se ele pensa na guerra, fará a guerra. Tudo depende do desejo do homem de ser sol. isto é, de ser totalmente o que quer ser. (Paracelso)
Mais do que um livro de história, O Imaginário Da Renascença vai além da lógica que apresenta imaginação e realidade como opostos excludentes, e discute temas que nos atingem por sua vitalidade e importância.


Sendo este um tema que multiplica as ambiguidades, associando a um termo considerado impreciso a Renascença um conceito geralmente mal definido — pois o emprego polivalente oculta seu conteúdo o Imaginário —, convém antes de mais nada evitar mal-entendidos. Portanto, previamente a qualquer exposição vamos explicar os problemas de definição e seleção do corpus documentário.
Mantivemos o termo "Renascença" mas procuraremos evitar as confusões que ele provoca. Com efeito, na França é costume confundir a Renascença com o século XVI, concepção que não pode ser respeitada sem algumas qualificações. Está claro que, como expressão de um renascimento cultural e de uma ideologia, a Renascença não pode ser compreendida fora da sua dimensão européia e de um desenvolvimento cronológico que a faz abranger vários séculos. Manifestada a partir do trecento italiano, ela se estende até o século XVII — na Bretanha, por exemplo —, enquanto nesse intervalo a Itália viu surgirem o maneirismo e o barroco, e o rei da França se pôs a construir Versalhes.
Por outro lado, reduzir a Renascença exclusivamente às suas expressões culturais, entendendo-a no sentido intelectual e estético, empobrece o conceito em extensão e compreensão, prejudicando seu significado. Essas são manifestações de primeiro plano, que não podem ocultar o que trazem por trás, os alicerces do fenômeno (que o termo background, utilizado nos países anglo-saxônicos, traduz de forma mais global), assim como uma resistência, afastada voluntária ou inconscientemente porque perturba o brilho atribuído de modo geral à Renascença — um background que convém lembrar.
As manifestações culturais da Renascença são inseparáveis do terreno concreto e limitado sobre o qual se afirmam: o progresso da tecnologia, transformações econômicas, mudanças sociais e políticas que se encadeiam seja por causalidade, seja por ressonância.

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Claude-Gilbert Dubois – O Imaginário Da Renascença

A imaginação é como o Sol, cuja a luz não é tangível mas poderia incendiar uma casa. A imaginação dirige a vida do homem; se ele pensa na guerra, fará a guerra. Tudo depende do desejo do homem de ser sol. isto é, de ser totalmente o que quer ser. (Paracelso)
Mais do que um livro de história, O Imaginário Da Renascença vai além da lógica que apresenta imaginação e realidade como opostos excludentes, e discute temas que nos atingem por sua vitalidade e importância.
Sendo este um tema que multiplica as ambiguidades, associando a um termo considerado impreciso a Renascença um conceito geralmente mal definido — pois o emprego polivalente oculta seu conteúdo o Imaginário —, convém antes de mais nada evitar mal-entendidos. Portanto, previamente a qualquer exposição vamos explicar os problemas de definição e seleção do corpus documentário.
Mantivemos o termo “Renascença” mas procuraremos evitar as confusões que ele provoca. Com efeito, na França é costume confundir a Renascença com o século XVI, concepção que não pode ser respeitada sem algumas qualificações. Está claro que, como expressão de um renascimento cultural e de uma ideologia, a Renascença não pode ser compreendida fora da sua dimensão européia e de um desenvolvimento cronológico que a faz abranger vários séculos. Manifestada a partir do trecento italiano, ela se estende até o século XVII — na Bretanha, por exemplo —, enquanto nesse intervalo a Itália viu surgirem o maneirismo e o barroco, e o rei da França se pôs a construir Versalhes.
Por outro lado, reduzir a Renascença exclusivamente às suas expressões culturais, entendendo-a no sentido intelectual e estético, empobrece o conceito em extensão e compreensão, prejudicando seu significado. Essas são manifestações de primeiro plano, que não podem ocultar o que trazem por trás, os alicerces do fenômeno (que o termo background, utilizado nos países anglo-saxônicos, traduz de forma mais global), assim como uma resistência, afastada voluntária ou inconscientemente porque perturba o brilho atribuído de modo geral à Renascença — um background que convém lembrar.
As manifestações culturais da Renascença são inseparáveis do terreno concreto e limitado sobre o qual se afirmam: o progresso da tecnologia, transformações econômicas, mudanças sociais e políticas que se encadeiam seja por causalidade, seja por ressonância.

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