A Poética Do Conto

Sem nenhuma ilusão quanto à possibilidade de uma visão totalizadora a respeito do conto, definimos o objeto de nossa investigação com base em uma série de exclusões. Em primeiro lugar, não pretendemos fazer uma poética do gênero, no seu sentido lato

, considerando que são muitos os teóricos, especialmente nos continentes americano e europeu, que o fizeram. Temos, por exemplo, em língua inglesa, francesa e italiana, entre outros, Brander Matthews, James Cooper Lawrence, Norman Friedman, Seymour Menton, Mary Rohrberger, Eileen Baldeshwiler, Ian Reid, Clare Hanson, Gerard Gillespie, Italo Tedesco, Alberto Moravia e Raul Piérola. Em língua espanhola, e de distintas nacionalidades – da Espanha, do México, do Chile, da Venezuela, da Argentina, do Uruguai –, podemos citar autores como Carlos Pacheco, Luis Barrera Linares, Gustavo Luis Carrera, Carlos Mastrángelo, Horacio Quiroga, Mario Lancelotti, Mariano Baquero Goyannes, Raul Castagnino, María Luisa Rosenblat, Ricardo Piglia, Juan José Millás, Edmundo Valadés, Enrique Anderson Imbert, Juan Bosch, Silvina Bullrich, Guillermo Meneses, Julio Torri, Marco Tulio Aguilera Garramuño, José María Merino, Luis Mateo Diez, José Balza, Alba Lía Barrios, Catalina Gaspar de Marquez, Violeta Rojo, Angel Gustavo Infante, Hernán Lara Zavala, Andrés Mariño Palacio e Oscar de la Borbolla.
Em segundo lugar, não queremos examinar a evolução histórica do gênero, desde suas manifestações orais, passando pelo período de narrativa intercalar, tão frequente na Idade Média, até sua fase contemporânea, pós-moderna, embora reconheçamos a necessidade e a pertinência de um trabalho dessa natureza e envergadura.
Em terceiro lugar, tampouco procuramos fazer a exegese da obra dos autores escolhidos. De tal forma são conhecidos e estudados, que evitamos acrescentar à sua fortuna crítica uma nova interpretação.
Nosso objetivo foi mais modesto, mais exequível e mais compatível com nossas aspirações e afinidades eletivas. Assim, num processo recorrente, circular e concêntrico, examinamos a poética de um determinado tipo de conto – e que chamamos aqui de variante da modernidade ocidental, o conto nascido com a industrialização, filho da locomotiva e da imprensa –, com base na leitura que Edgar Allan Poe faz de Nathaniel Hawthorne, da leitura que faz Julio Cortázar de Edgar Allan Poe e da leitura que faz Jorge Luis Borges dos outros três.

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Sem nenhuma ilusão quanto à possibilidade de uma visão totalizadora a respeito do conto, definimos o objeto de nossa investigação com base em uma série de exclusões. Em primeiro lugar, não pretendemos fazer uma poética do gênero, no seu sentido lato, considerando que são muitos os teóricos, especialmente nos continentes americano e europeu, que o fizeram. Temos, por exemplo, em língua inglesa, francesa e italiana, entre outros, Brander Matthews, James Cooper Lawrence, Norman Friedman, Seymour Menton, Mary Rohrberger, Eileen Baldeshwiler, Ian Reid, Clare Hanson, Gerard Gillespie, Italo Tedesco, Alberto Moravia e Raul Piérola. Em língua espanhola, e de distintas nacionalidades – da Espanha, do México, do Chile, da Venezuela, da Argentina, do Uruguai –, podemos citar autores como Carlos Pacheco, Luis Barrera Linares, Gustavo Luis Carrera, Carlos Mastrángelo, Horacio Quiroga, Mario Lancelotti, Mariano Baquero Goyannes, Raul Castagnino, María Luisa Rosenblat, Ricardo Piglia, Juan José Millás, Edmundo Valadés, Enrique Anderson Imbert, Juan Bosch, Silvina Bullrich, Guillermo Meneses, Julio Torri, Marco Tulio Aguilera Garramuño, José María Merino, Luis Mateo Diez, José Balza, Alba Lía Barrios, Catalina Gaspar de Marquez, Violeta Rojo, Angel Gustavo Infante, Hernán Lara Zavala, Andrés Mariño Palacio e Oscar de la Borbolla.
Em segundo lugar, não queremos examinar a evolução histórica do gênero, desde suas manifestações orais, passando pelo período de narrativa intercalar, tão frequente na Idade Média, até sua fase contemporânea, pós-moderna, embora reconheçamos a necessidade e a pertinência de um trabalho dessa natureza e envergadura.
Em terceiro lugar, tampouco procuramos fazer a exegese da obra dos autores escolhidos. De tal forma são conhecidos e estudados, que evitamos acrescentar à sua fortuna crítica uma nova interpretação.
Nosso objetivo foi mais modesto, mais exequível e mais compatível com nossas aspirações e afinidades eletivas. Assim, num processo recorrente, circular e concêntrico, examinamos a poética de um determinado tipo de conto – e que chamamos aqui de variante da modernidade ocidental, o conto nascido com a industrialização, filho da locomotiva e da imprensa –, com base na leitura que Edgar Allan Poe faz de Nathaniel Hawthorne, da leitura que faz Julio Cortázar de Edgar Allan Poe e da leitura que faz Jorge Luis Borges dos outros três.

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