O Observador No Escritório

Carlos Drummond De Andrade - O Observador No Escritório

Carlos Drummond de Andrade condensa neste volume aspectos da vida política e literária do Brasil em anos passados. Declara-se mero observador desses acontecimentos, mas isto só se pode explicar pelo fato de que não influi no rumo das coisas.

Mas participou delas à sua maneira, até com certa paixão, sem esquecer o espírito crítico que o acompanha como um dado característico da sua personalidade. O cético Drummond acreditou em ideias e nas possibilidades de modificação do cenário nacional sob a inspiração de princípios de liberdade e justiça social.

O Observador No Escritório é um livro que nos fala de figuras históricas como Luís Carlos Prestes, entrevistado por Drummond no presídio da Rua Frei Caneca, e em Manuel Bandeira, poeta da particular devoção do autor.

Ao lado dessa galeria em desfile, aqui e ali, notações de natureza individual registram as pulsações da sensibilidade de Drummond, que não apenas observa do seu canto de escritório, mas também vibra e sofre com as coisas do tempo.

É um testemunho leal de fatos e figuras de um Brasil ainda recente, mas que a avalanche de acontecimentos, devorados apressadamente pelos meios de comunicação social, vai tornando um pouco esbatido na memória.

A prosa ágil e matizada de Drummond confere atualidade ao que passou, e faz meditar sobre ilusões e paixões que marcaram a vida brasileira.

Eis um diário que não se detém no relato da vida pessoal do autor, antes a mostra identificada com as correntes de ideias em ebulição no seu tempo. Da probidade do "observador" não é necessário falar: um mentiroso não saberia refletir-se nestas anotações.

Durante anos, como tanta gente, mantive um diário e, como tanta gente, acabei por abandoná-lo. Ao lado de anotações pessoais, registrava nele, com frequência irregular, fatos políticos e literários que me interessassem.

Uma seleção desses registros foi publicada no Jornal do Brasil, em 1980-1981. Reunindo-os em livro, acrescentei-lhes outros, até agora inéditos. Se os leitores encontrarem nestas páginas o eco de um tempo abolido, terei resgatado a minha nostalgia e fornecido matéria para conversa de pessoas velhas e novas.

 

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Carlos Drummond De Andrade – O Observador No Escritório

Carlos Drummond de Andrade condensa neste volume aspectos da vida política e literária do Brasil em anos passados. Declara-se mero observador desses acontecimentos, mas isto só se pode explicar pelo fato de que não influi no rumo das coisas.

Mas participou delas à sua maneira, até com certa paixão, sem esquecer o espírito crítico que o acompanha como um dado característico da sua personalidade. O cético Drummond acreditou em ideias e nas possibilidades de modificação do cenário nacional sob a inspiração de princípios de liberdade e justiça social.

O Observador No Escritório é um livro que nos fala de figuras históricas como Luís Carlos Prestes, entrevistado por Drummond no presídio da Rua Frei Caneca, e em Manuel Bandeira, poeta da particular devoção do autor.

Ao lado dessa galeria em desfile, aqui e ali, notações de natureza individual registram as pulsações da sensibilidade de Drummond, que não apenas observa do seu canto de escritório, mas também vibra e sofre com as coisas do tempo.

É um testemunho leal de fatos e figuras de um Brasil ainda recente, mas que a avalanche de acontecimentos, devorados apressadamente pelos meios de comunicação social, vai tornando um pouco esbatido na memória.

A prosa ágil e matizada de Drummond confere atualidade ao que passou, e faz meditar sobre ilusões e paixões que marcaram a vida brasileira.

Eis um diário que não se detém no relato da vida pessoal do autor, antes a mostra identificada com as correntes de ideias em ebulição no seu tempo. Da probidade do “observador” não é necessário falar: um mentiroso não saberia refletir-se nestas anotações.

Durante anos, como tanta gente, mantive um diário e, como tanta gente, acabei por abandoná-lo. Ao lado de anotações pessoais, registrava nele, com frequência irregular, fatos políticos e literários que me interessassem.

Uma seleção desses registros foi publicada no Jornal do Brasil, em 1980-1981. Reunindo-os em livro, acrescentei-lhes outros, até agora inéditos. Se os leitores encontrarem nestas páginas o eco de um tempo abolido, terei resgatado a minha nostalgia e fornecido matéria para conversa de pessoas velhas e novas.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-viola-ao-por-do-sol-borda-alca-azul/

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