Quem Escreveu A Bíblia?

Entre os estudiosos da Bíblia, é muito comum a crença de que na Antiguidade era aceitável escrever um texto usando o nome de outra pessoa. Mas o consagrado autor Bart D. Ehrman prefere dar a isso o seu verdadeiro nome: falsificação literária

, uma prática, ao contrário do que afirmam, tão condenada nos tempos antigos quanto hoje. Em Quem escreveu a Bíblia?, Ehrman nos traz o resultado de suas recentes pesquisas, que mostram como a falsificação era usada na Antiguidade com o objetivo de estabelecer a Igreja e rebater os ataques à fé. O autor defende e apresenta argumentos de que alguns livros do Novo Testamento são, na verdade, fraudes. Mas, se alguns livros da Bíblia não foram escritos por aqueles que acompanhavam Jesus — e sim por pessoas que nasceram décadas depois, com diferentes propósitos envolvendo comunidades rivais —, como isso afeta a autoridade das Escrituras?
Sempre baseando seus argumentos em documentos e nas descobertas feitas pelos mais confiáveis estudos sobre religião, história e arqueologia, Ehrman demonstra a ironia na busca da tradição cristã por fraudes com o objetivo de estabelecer verdades. A obra nos faz pensar nos fatores que levaram à escolha final de que livros entrariam na Bíblia, quais entre eles são falsos, os motivos que levariam alguém a se passar por Pedro, Mateus ou Paulo, e o impacto que tudo isso teve no cristianismo como conhecemos hoje.

Uma das ironias da religião moderna é que o compromisso absoluto com a verdade em certas formas de cristianismo evangélico fundamentalista e a concomitante visão de que a verdade é objetiva e pode ser verificada por qualquer observador imparcial levaram muitas almas fiéis a seguir a verdade aonde quer que ela leve — e com frequência leva para longe do cristianismo evangélico e fundamentalista. Então, se você teoricamente pode verificar a verdade “objetiva” da religião, e se isso revela que a religião examinada pode ser provada errada, onde isso o deixa? Se você é um cristão evangélico, isso o deixa no deserto fora do campo evangélico, mas com uma visão impenitente da verdade. Parafraseando uma canção não muito cristã, a verdade objetiva tem sido a ruína de muitos pobres garotos, e Deus, eu sei, sou um deles.

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Entre os estudiosos da Bíblia, é muito comum a crença de que na Antiguidade era aceitável escrever um texto usando o nome de outra pessoa. Mas o consagrado autor Bart D. Ehrman prefere dar a isso o seu verdadeiro nome: falsificação literária, uma prática, ao contrário do que afirmam, tão condenada nos tempos antigos quanto hoje. Em Quem escreveu a Bíblia?, Ehrman nos traz o resultado de suas recentes pesquisas, que mostram como a falsificação era usada na Antiguidade com o objetivo de estabelecer a Igreja e rebater os ataques à fé. O autor defende e apresenta argumentos de que alguns livros do Novo Testamento são, na verdade, fraudes. Mas, se alguns livros da Bíblia não foram escritos por aqueles que acompanhavam Jesus — e sim por pessoas que nasceram décadas depois, com diferentes propósitos envolvendo comunidades rivais —, como isso afeta a autoridade das Escrituras?
Sempre baseando seus argumentos em documentos e nas descobertas feitas pelos mais confiáveis estudos sobre religião, história e arqueologia, Ehrman demonstra a ironia na busca da tradição cristã por fraudes com o objetivo de estabelecer verdades. A obra nos faz pensar nos fatores que levaram à escolha final de que livros entrariam na Bíblia, quais entre eles são falsos, os motivos que levariam alguém a se passar por Pedro, Mateus ou Paulo, e o impacto que tudo isso teve no cristianismo como conhecemos hoje.

Uma das ironias da religião moderna é que o compromisso absoluto com a verdade em certas formas de cristianismo evangélico fundamentalista e a concomitante visão de que a verdade é objetiva e pode ser verificada por qualquer observador imparcial levaram muitas almas fiéis a seguir a verdade aonde quer que ela leve — e com frequência leva para longe do cristianismo evangélico e fundamentalista. Então, se você teoricamente pode verificar a verdade “objetiva” da religião, e se isso revela que a religião examinada pode ser provada errada, onde isso o deixa? Se você é um cristão evangélico, isso o deixa no deserto fora do campo evangélico, mas com uma visão impenitente da verdade. Parafraseando uma canção não muito cristã, a verdade objetiva tem sido a ruína de muitos pobres garotos, e Deus, eu sei, sou um deles.

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