A Democracia Na América Livro II

Alexis de Tocqueville, aristocrata, jurista e filósofo do século XIX, empreendeu viagem em 1831 à América, com a intenção primeiramente de estudar o sistema penitenciário, bem como outras instituições correlacionadas.
Contudo, lá se depara com a constituição de um regime democrático pautado da igualdade de condições entre os indivíduos

, no comprometimento e participação dos cidadãos na conformação de suas instituições políticas e, na legitimidade de suas leis e ordenamentos sociais.
A sociedade norte-americana lhe apresentou regras, modelos, hábitos, que o levaram a considerar a democracia americana como um sistema político singular. Segundo o autor, o regime democrático seria capaz de proporcionar liberdade de expressão de ideais, de princípios religiosos, de mobilidade social, de igualdade e, individualidade.
Porém, a despeito de tudo isto, Tocqueville aponta os efeitos colaterais das sociedades democráticas, entre elas o progressivo esvaziamento do espaço público na medida do alcance do bem-estar dos indivíduos no seio destas sociedades.
O jurista e filósofo francês desenvolveu sua pesquisa em solo estadunidense por cerca de um ano, e apresentou seus estudos em uma obra divida em dois volumes, o que o consagra até nossos hodiernos dias.
Na América, todas as leis procedem de certo domo do mesmo pensamento. Toda a sociedade, por assim dizer, está fundada sobre um único fato; tudo decorre de um princípio único. Poder-se-ia comparar a América a uma grande floresta atravessada por uma infinidade de estradas em linha reta que confluem para o mesmo ponto. Trata-se apenas de encontrar a praça circular, e tudo se descortina com um único relance de olhos.
Carta de Tocqueville ao conde Molé, 1835 Toscqueville, portanto, foi buscar nos Estados Unidos não um modelo, mas um princípio a ser estudado e uma questão a ser ilustrada e resolvida; em que condições a democracia, se está é um estado de sociedade, se torna também o que ela deve ser por não conduzir a uma ditadura: um estado de governo.
A América lhe oferece, como sociedade e como cultura, uma democracia pura. E um governo deduzido dessa herança aristocrática, sem legado absolutista, sem paixões revolucionárias. Com, ao contrário, uma tradição de liberdades locais coletivas.
Por todos esses traços ela constitui, mutatis mutandis, um objeto de reflexão capital para os europeus.

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Alexis de Tocqueville, aristocrata, jurista e filósofo do século XIX, empreendeu viagem em 1831 à América, com a intenção primeiramente de estudar o sistema penitenciário, bem como outras instituições correlacionadas.
Contudo, lá se depara com a constituição de um regime democrático pautado da igualdade de condições entre os indivíduos, no comprometimento e participação dos cidadãos na conformação de suas instituições políticas e, na legitimidade de suas leis e ordenamentos sociais.
A sociedade norte-americana lhe apresentou regras, modelos, hábitos, que o levaram a considerar a democracia americana como um sistema político singular. Segundo o autor, o regime democrático seria capaz de proporcionar liberdade de expressão de ideais, de princípios religiosos, de mobilidade social, de igualdade e, individualidade.
Porém, a despeito de tudo isto, Tocqueville aponta os efeitos colaterais das sociedades democráticas, entre elas o progressivo esvaziamento do espaço público na medida do alcance do bem-estar dos indivíduos no seio destas sociedades.
O jurista e filósofo francês desenvolveu sua pesquisa em solo estadunidense por cerca de um ano, e apresentou seus estudos em uma obra divida em dois volumes, o que o consagra até nossos hodiernos dias.
Na América, todas as leis procedem de certo domo do mesmo pensamento. Toda a sociedade, por assim dizer, está fundada sobre um único fato; tudo decorre de um princípio único. Poder-se-ia comparar a América a uma grande floresta atravessada por uma infinidade de estradas em linha reta que confluem para o mesmo ponto. Trata-se apenas de encontrar a praça circular, e tudo se descortina com um único relance de olhos.
Carta de Tocqueville ao conde Molé, 1835 Toscqueville, portanto, foi buscar nos Estados Unidos não um modelo, mas um princípio a ser estudado e uma questão a ser ilustrada e resolvida; em que condições a democracia, se está é um estado de sociedade, se torna também o que ela deve ser por não conduzir a uma ditadura: um estado de governo.
A América lhe oferece, como sociedade e como cultura, uma democracia pura. E um governo deduzido dessa herança aristocrática, sem legado absolutista, sem paixões revolucionárias. Com, ao contrário, uma tradição de liberdades locais coletivas.
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