Barão Do Rio-Branco: Cadernos De Notas Vol. I

Esta é uma contribuição ao estudo da questão de fronteiras, entre o Brasil e a Guiana Francesa, que coube a José Maria da Silva Paranhos, o barão do Rio-Branco, resolver. Como ponto de partida, recorri a sete dos 60 Cadernos de Notas (de um total desconhecido), encontrados após a morte do grande estadista.

O motivo da escolha específica desses sete, deve-se ao fato de que cobrem o período de maio de 1895 a abril de 1901, durante o qual Rio-Branco ocupou-se do trabalho preparatório da questão: das pesquisas necessárias; do acompanhamento do processo que levou ao acordo de arbitramento de 1897; da redação das memórias de defesa da causa brasileira; e do processo de arbitramento, que acompanhou em Berna, para onde se mudou com seus filhos. O trabalho culminou, em dezembro de 1900, com o laudo arbitral favorável ao Brasil. Os poucos meses que adentram 1901 correspondem ao período entre o laudo suíço e a partida definitiva de Berna para Berlim, onde assumiu como enviado extraordinário e ministro plenipotenciário a Legação do Brasil.
Depois da solução favorável ao Brasil, em 5 de fevereiro de 1895, na questão entre o Brasil e a Argentina, arbitrada pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos, Rio-Branco regressou à Europa em abril e aguardou em Paris instruções sobre seu futuro profissional. Certamente, já tinha conhecimento de que seria chamado a atuar em defesa do Brasil em outra questão de limites, dessa vez com a centenária disputa com a França, referente às fronteiras com a Guiana francesa. A confirmação de que foi escolhido para defender o Brasil só lhe chegou em 29 de maio daquele ano, depois de seu nome ter sido proposto ao presidente Prudente de Moraes, pelo então ministro das Relações Exteriores, Carlos Augusto de Carvalho.
A questão de limites com a Guiana Francesa, que perdurava por vários séculos e cuja solução havia resistido a muitas tentativas de negociação, primeiro entre Portugal e França, depois durante o Império, havia chegado ao ponto culminante já na República, ponto esse que exigia solução definitiva.

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Esta é uma contribuição ao estudo da questão de fronteiras, entre o Brasil e a Guiana Francesa, que coube a José Maria da Silva Paranhos, o barão do Rio-Branco, resolver. Como ponto de partida, recorri a sete dos 60 Cadernos de Notas (de um total desconhecido), encontrados após a morte do grande estadista. O motivo da escolha específica desses sete, deve-se ao fato de que cobrem o período de maio de 1895 a abril de 1901, durante o qual Rio-Branco ocupou-se do trabalho preparatório da questão: das pesquisas necessárias; do acompanhamento do processo que levou ao acordo de arbitramento de 1897; da redação das memórias de defesa da causa brasileira; e do processo de arbitramento, que acompanhou em Berna, para onde se mudou com seus filhos. O trabalho culminou, em dezembro de 1900, com o laudo arbitral favorável ao Brasil. Os poucos meses que adentram 1901 correspondem ao período entre o laudo suíço e a partida definitiva de Berna para Berlim, onde assumiu como enviado extraordinário e ministro plenipotenciário a Legação do Brasil.
Depois da solução favorável ao Brasil, em 5 de fevereiro de 1895, na questão entre o Brasil e a Argentina, arbitrada pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos, Rio-Branco regressou à Europa em abril e aguardou em Paris instruções sobre seu futuro profissional. Certamente, já tinha conhecimento de que seria chamado a atuar em defesa do Brasil em outra questão de limites, dessa vez com a centenária disputa com a França, referente às fronteiras com a Guiana francesa. A confirmação de que foi escolhido para defender o Brasil só lhe chegou em 29 de maio daquele ano, depois de seu nome ter sido proposto ao presidente Prudente de Moraes, pelo então ministro das Relações Exteriores, Carlos Augusto de Carvalho.
A questão de limites com a Guiana Francesa, que perdurava por vários séculos e cuja solução havia resistido a muitas tentativas de negociação, primeiro entre Portugal e França, depois durante o Império, havia chegado ao ponto culminante já na República, ponto esse que exigia solução definitiva.

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