Forte Apache

Marcelo Montenegro - Forte Apache
Noel Rosa brincava que era internacional sem sair de seu quarto. Elvis Costello disse que o rock´n´roll não morrerá porque sempre vai ter um garoto trancado em seu quarto fazendo algo que ninguém nunca viu.
Já Laura Ridding falava da pretensão de “escrever sobre um assunto/que tocasse todos os assuntos/ Com a pressão compacta do quarto/ Lotando o mundo entre meus cotovelos”.


De certo modo, acho que estamos fadados a isso mesmo: recriar em nossos textos o mundo dos nossos quartos.
Esta equalização sutil — pessoal, intransferível — entre organização e bagunça. François Truffaut, por exemplo.
Ele se considerava pertencente a uma família de cineastas que praticava uma espécie de “cinema do quarto dos fundos, que recusa a vida como ela é” — como “nas brincadeiras de crianças, quando refazíamos o mundo com nossos brinquedos”.
Como diria Ferreira Gullar no Poema sujo, “o que me ensinavam essas aulas de solidão?”.
Com vasto repertório de filmes, livros, discos e elementos da cultura de massa, o poeta cria um mosaico pulsante de imagens cotidianas.
Voz destacada da poesia brasileira contemporânea, Marcelo Montenegro reúne três livros — Orfanato portátil (2003), Garagem lírica (2012) e o inédito Forte Apache — em um único volume e compõe um inventário de imagens mundanas, repletas de referências da cultura pop.
Para Chacal, que assina a orelha de Forte Apache, Marcelo “ilumina [...] as pequenas cenas do dia a dia dos dias. Nisso ninguém o supera. Aí reside sua magia.” Em meio a “canetas que falham ao lado do telefone”, chaves que brigam com a fechadura, latas de Toddy e pão Pullman, o poeta mistura Beatles, Hopper e Fellini ao jogar luz sobre cenas e objetos que costumam passar despercebidos.

Marcelo Montenegro nasceu em São Caetano do Sul (SP), em 1971. Além de poeta, é roteirista de TV e cinema e iluminador de teatro. Com o guitarrista Fabio Brum, lançou o CD Tranqueiras Líricas, baseado no espetáculo homônimo com o qual se apresenta há mais de dez anos.

 

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Marcelo Montenegro – Forte Apache
Noel Rosa brincava que era internacional sem sair de seu quarto. Elvis Costello disse que o rock´n´roll não morrerá porque sempre vai ter um garoto trancado em seu quarto fazendo algo que ninguém nunca viu.
Já Laura Ridding falava da pretensão de “escrever sobre um assunto/que tocasse todos os assuntos/ Com a pressão compacta do quarto/ Lotando o mundo entre meus cotovelos”.
De certo modo, acho que estamos fadados a isso mesmo: recriar em nossos textos o mundo dos nossos quartos.
Esta equalização sutil — pessoal, intransferível — entre organização e bagunça. François Truffaut, por exemplo.
Ele se considerava pertencente a uma família de cineastas que praticava uma espécie de “cinema do quarto dos fundos, que recusa a vida como ela é” — como “nas brincadeiras de crianças, quando refazíamos o mundo com nossos brinquedos”.
Como diria Ferreira Gullar no Poema sujo, “o que me ensinavam essas aulas de solidão?”.
Com vasto repertório de filmes, livros, discos e elementos da cultura de massa, o poeta cria um mosaico pulsante de imagens cotidianas.
Voz destacada da poesia brasileira contemporânea, Marcelo Montenegro reúne três livros — Orfanato portátil (2003), Garagem lírica (2012) e o inédito Forte Apache — em um único volume e compõe um inventário de imagens mundanas, repletas de referências da cultura pop.
Para Chacal, que assina a orelha de Forte Apache, Marcelo “ilumina […] as pequenas cenas do dia a dia dos dias. Nisso ninguém o supera. Aí reside sua magia.” Em meio a “canetas que falham ao lado do telefone”, chaves que brigam com a fechadura, latas de Toddy e pão Pullman, o poeta mistura Beatles, Hopper e Fellini ao jogar luz sobre cenas e objetos que costumam passar despercebidos.

Marcelo Montenegro nasceu em São Caetano do Sul (SP), em 1971. Além de poeta, é roteirista de TV e cinema e iluminador de teatro. Com o guitarrista Fabio Brum, lançou o CD Tranqueiras Líricas, baseado no espetáculo homônimo com o qual se apresenta há mais de dez anos.

 

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