Deleuze E O Tempo-Memória No Cinema Moderno

Márcia Fusaro - Deleuze E O Tempo-Memória No Cinema Moderno
Quando Gilles Deleuze escreveu sua monumental obra sobre cinema, dividida em dois tomos – Cinema-1: A Imagem-Movimento (1983) e Cinema-2: A Imagem-Tempo (1985) – deixou-nos, de fato, um denso e ousado legado de fundamentação teórico-filosófica sobre o cinema.


Sua proposta essencialmente taxinômica, conforme o próprio filósofo a define no prefácio do primeiro tomo, surgiu cerca de dezessete anos após ele haver escrito Bergsonismo (1966), uma das obras que serve de alicerce teórico aos seus estudos sobre cinema.
Dada a amplitude do desafio que Deleuze se propõe nessa obra, qual seja, classificar os gêneros cinematográficos produzidos até então, sua proposta acabou por se revelar uma referência para a teoria cinematográfica produzida até então, pautada na leitura tipicamente deleuzeana, portadora, portanto, de finos e generosos diálogos entre filosofia, ciência e arte.
Deleuze E O Tempo-Memória No Cinema Moderno examina as relações entre tempo e cinema, abordando temas sobre a captura do tempo, da memória e do instante nas narrativas cinematográficas, à luz das reflexões que lhes consagrou Gilles Deleuze.
O cinema e as artes são caudatários do debate científico e filosófico sobre a questão do tempo que teve início na virada dos séculos XIX para XX, com a emergência da teoria da relatividade e da mecânica quântica.
Deleuze intercepta esse debate na segunda metade do século XX, propondo um diálogo entre a filosofia, a ciência e as artes, a exemplo de sua clássica leitura das teses de Henri Bergson acerca do tempo e da memória desenvolvida em Bergsonismo, e de suas reflexões sobre tempo, memória e imagem em livros como Diferença e Repetição e Proust e os Signos, em que revê as relações da tradição bem-pensante com os símiles imagéticos.
A esse imponente conjunto acrescentam-se Cinema 1: Imagem-Movimento e Cinema 2: Imagem-Tempo, a que o livro dá especial atenção, no âmbito de um acervo que inclui obras de Alfred Hitchcock, Orson Welles, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Chris Marker, Agnès Varda, Ingmar Bergman, Andrei Tarkovski, Raoul Ruiz e Tom Tykwer.
Por ser este um cinema autoral de referência para Deleuze, a pré-seleção do corpus inclui realizações da Nouvelle Vague.
Os tópicos em pauta em Deleuze E O Tempo-Memória No Cinema Moderno estão fundados no campo da comunicação, não só porque o cinema é a primeira arte de massa de raiz tecnológica, mas porque, assim sendo, compartilha com os meios massivos a ambição da cobertura da vida em pleno voo, com tudo que isso comporta em busca de registro de uma memória fotográfica, levada adiante em requintes cinematográficos de tempo-memória.

 

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Márcia Fusaro – Deleuze E O Tempo-Memória No Cinema Moderno
Quando Gilles Deleuze escreveu sua monumental obra sobre cinema, dividida em dois tomos – Cinema-1: A Imagem-Movimento (1983) e Cinema-2: A Imagem-Tempo (1985) – deixou-nos, de fato, um denso e ousado legado de fundamentação teórico-filosófica sobre o cinema.
Sua proposta essencialmente taxinômica, conforme o próprio filósofo a define no prefácio do primeiro tomo, surgiu cerca de dezessete anos após ele haver escrito Bergsonismo (1966), uma das obras que serve de alicerce teórico aos seus estudos sobre cinema.
Dada a amplitude do desafio que Deleuze se propõe nessa obra, qual seja, classificar os gêneros cinematográficos produzidos até então, sua proposta acabou por se revelar uma referência para a teoria cinematográfica produzida até então, pautada na leitura tipicamente deleuzeana, portadora, portanto, de finos e generosos diálogos entre filosofia, ciência e arte.
Deleuze E O Tempo-Memória No Cinema Moderno examina as relações entre tempo e cinema, abordando temas sobre a captura do tempo, da memória e do instante nas narrativas cinematográficas, à luz das reflexões que lhes consagrou Gilles Deleuze.
O cinema e as artes são caudatários do debate científico e filosófico sobre a questão do tempo que teve início na virada dos séculos XIX para XX, com a emergência da teoria da relatividade e da mecânica quântica.
Deleuze intercepta esse debate na segunda metade do século XX, propondo um diálogo entre a filosofia, a ciência e as artes, a exemplo de sua clássica leitura das teses de Henri Bergson acerca do tempo e da memória desenvolvida em Bergsonismo, e de suas reflexões sobre tempo, memória e imagem em livros como Diferença e Repetição e Proust e os Signos, em que revê as relações da tradição bem-pensante com os símiles imagéticos.
A esse imponente conjunto acrescentam-se Cinema 1: Imagem-Movimento e Cinema 2: Imagem-Tempo, a que o livro dá especial atenção, no âmbito de um acervo que inclui obras de Alfred Hitchcock, Orson Welles, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Chris Marker, Agnès Varda, Ingmar Bergman, Andrei Tarkovski, Raoul Ruiz e Tom Tykwer.
Por ser este um cinema autoral de referência para Deleuze, a pré-seleção do corpus inclui realizações da Nouvelle Vague.
Os tópicos em pauta em Deleuze E O Tempo-Memória No Cinema Moderno estão fundados no campo da comunicação, não só porque o cinema é a primeira arte de massa de raiz tecnológica, mas porque, assim sendo, compartilha com os meios massivos a ambição da cobertura da vida em pleno voo, com tudo que isso comporta em busca de registro de uma memória fotográfica, levada adiante em requintes cinematográficos de tempo-memória.

 

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