Racionalismo

Racionalismo - Esta introdução apresenta um guia para qualquer pessoa que aborde os pensadores associados ao racionalismo - Descartes, Espinosa e Leibniz - pela primeira vez.
Com exposições claras, exemplos elegantes e sumários inspiradores, a obra desvenda seus intrincados sistemas metafísicos, que são sucessivamente surpreendentes, envolventes e, às vezes, bizarros.


Mostra também suas posições controversas sobre problemas morais, políticos e religiosos.
O “racionalismo”, como o “socialismo” e o “impressionismo”, é um termo muito geral. Falando de uma forma muito ampla, é a visão de que o arcabouço mais íntimo do universo e o arcabouço mais íntimo da mente humana são um só e o mesmo.
A razão – ratio em racionalismo – descreve tanto o que pode existir quanto o que pode ser pensado. Várias consequências interessantes podem decorrer desta visão, como se elas fossem verdadeiras.
Primeiro, decorre dela que se uma coisa pode ser concebida, então ela é genuinamente possível; e de forma similar, se ela é concebível, então ela é possível. Segundo, decorre dela que nada no universo está (pelo menos em princípio) além do nosso conhecimento. E terceiro, decorre dela que uma vez que a mente humana discirna uma relação lógica entre duas ideias, o mundo precisa também exibir uma relação similar entre as coisas que correspondem àquelas ideias.
Em suma, o racionalismo sustenta que a mente humana possui em si a chave para a compreensão da estrutura da realidade última. Para descobrir a mais profunda realidade é suficiente observar seu interior.
No passado o racionalismo era usualmente contrastado com “empirismo”, ou a visão de que experiência é a chave para se ganhar o conhecimento da realidade. Aquele contraste mostrou-se inconfiável e enganador.
É como se houvesse um grupo de racionalistas de carteirinha, que pensasse que a razão é tudo e a experiência nada, enfrentando um grupo de empiristas de carteirinha que acreditassem exatamente no oposto.
Razão e experiência são ambas importantes para qualquer filosofia plausível. Ainda assim, por muitos anos, Descartes, Espinosa e Leibniz foram listados como jogadores do time dos racionalistas, e Locke, Berkeley e Hume foram listados como jogadores do time dos empiristas, e atormentados professores de Filosofia apostavam, deformavam e entortavam os textos para tentar justificar o ponto de vista predominante de que havia realmente uma disputa total entre os dois times.
Por sorte (graças a uma série de trabalhos criteriosos de uma geração de historiadores) agora todos nós superamos aquilo, e nos damos conta de que as várias diferenças entre todos estes seis grandes filósofos (e vários outros do período) são sutis e com frequência surpreendentes.
Juntos eles constituem muitos times diferentes, lutando muitas batalhas distintas. Sabe-se que Descartes e Locke partilham muitas opiniões, da mesma forma que Berkeley e Leibniz e (em alguns assuntos) Hume e Espinosa. Cada um deles é especial em vários aspectos importantes, e qualquer das duplas tem importantes desacordos.

 

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Racionalismo – Esta introdução apresenta um guia para qualquer pessoa que aborde os pensadores associados ao racionalismo – Descartes, Espinosa e Leibniz – pela primeira vez.
Com exposições claras, exemplos elegantes e sumários inspiradores, a obra desvenda seus intrincados sistemas metafísicos, que são sucessivamente surpreendentes, envolventes e, às vezes, bizarros.
Mostra também suas posições controversas sobre problemas morais, políticos e religiosos.
O “racionalismo”, como o “socialismo” e o “impressionismo”, é um termo muito geral. Falando de uma forma muito ampla, é a visão de que o arcabouço mais íntimo do universo e o arcabouço mais íntimo da mente humana são um só e o mesmo.
A razão – ratio em racionalismo – descreve tanto o que pode existir quanto o que pode ser pensado. Várias consequências interessantes podem decorrer desta visão, como se elas fossem verdadeiras.
Primeiro, decorre dela que se uma coisa pode ser concebida, então ela é genuinamente possível; e de forma similar, se ela é concebível, então ela é possível. Segundo, decorre dela que nada no universo está (pelo menos em princípio) além do nosso conhecimento. E terceiro, decorre dela que uma vez que a mente humana discirna uma relação lógica entre duas ideias, o mundo precisa também exibir uma relação similar entre as coisas que correspondem àquelas ideias.
Em suma, o racionalismo sustenta que a mente humana possui em si a chave para a compreensão da estrutura da realidade última. Para descobrir a mais profunda realidade é suficiente observar seu interior.
No passado o racionalismo era usualmente contrastado com “empirismo”, ou a visão de que experiência é a chave para se ganhar o conhecimento da realidade. Aquele contraste mostrou-se inconfiável e enganador.
É como se houvesse um grupo de racionalistas de carteirinha, que pensasse que a razão é tudo e a experiência nada, enfrentando um grupo de empiristas de carteirinha que acreditassem exatamente no oposto.
Razão e experiência são ambas importantes para qualquer filosofia plausível. Ainda assim, por muitos anos, Descartes, Espinosa e Leibniz foram listados como jogadores do time dos racionalistas, e Locke, Berkeley e Hume foram listados como jogadores do time dos empiristas, e atormentados professores de Filosofia apostavam, deformavam e entortavam os textos para tentar justificar o ponto de vista predominante de que havia realmente uma disputa total entre os dois times.
Por sorte (graças a uma série de trabalhos criteriosos de uma geração de historiadores) agora todos nós superamos aquilo, e nos damos conta de que as várias diferenças entre todos estes seis grandes filósofos (e vários outros do período) são sutis e com frequência surpreendentes.
Juntos eles constituem muitos times diferentes, lutando muitas batalhas distintas. Sabe-se que Descartes e Locke partilham muitas opiniões, da mesma forma que Berkeley e Leibniz e (em alguns assuntos) Hume e Espinosa. Cada um deles é especial em vários aspectos importantes, e qualquer das duplas tem importantes desacordos.

 

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