O Reino Que Não Era Deste Mundo

O Reino Que Não Era Deste Mundo - Para entender o Brasil de hoje é preciso entender os bastidores de uma disputa pelo poder que começa em 1831 e envolve nada mais, nada menos que alguns dos principais personagens da nossa história. De um lado, os monarquistas, os novos-ricos, D. Pedro I, Duque de Caxias, Barão de Mauá, D. Pedro II, Princesa Isabel, Conde D’Eu; do outro, é claro, os republicanos, os escravocratas, os cafeicultores, Barão de Cotegipe, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Floriano Peixoto.


Nas cenas derradeiras, em 1889, o enfermo Imperador D. Pedro II está vindo de Petrópolis. No Rio de Janeiro, duas conspirações estão prestes a se chocar. Em uma das frentes, a Princesa Isabel trama a transição para o Terceiro Reinado. Na outra, os republicanos colocam em marcha planos sediciosos para proclamar a República. No meio, o Marechal Deodoro terá que escolher um dos lados. Ambas as elites caminham sobre um vulcão em erupção.
Em O Reino Que Não Era Deste Mundo, o historiador Marcos Costa conduz o leitor por um passeio erudito pelo século XIX brasileiro, observando e analisando os principais momentos da nossa história. O autor, com muita competência e profundo conhecimento do período imperial, apresenta os principais dilemas da monarquia.
Analisa com propriedade o processo independentista, a abdicação de D. Pedro I, os conflitos do período regencial, a figura ímpar do Duque de Caxias e sua relação – e a de seu pai – com o projeto monárquico, a questão da escravidão e seus desdobramentos políticos e econômicos, a relação de D. Pedro II com a modernidade econômica representada pelos projetos do Barão de Mauá.
Mas o autor avança na interpretação do papel do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a construção da memória, acentuando a ação do imperador na formação da identidade nacional. Indo para o plano político, Marcos Costa destaca a disputa entre os partidos liberais e conservadores e seus reflexos na condução do país, inclusive durante a Guerra do Paraguai.
É muito feliz o desenho do cenário, os dilemas que envolveram a sucessão ao trono – que acabou não ocorrendo – e o casamento da Princesa Isabel, precedido de inúmeras negociações que decidiram não só o destino da monarquia mas, principalmente, o destino do Brasil. É ressaltado (com muita propriedade) o papel progressista da Princesa Isabel, isto em um país com forte marca machista.
O Reino Que Não Era Deste Mundo não poderia deixar de lado o abolicionismo, a questão da escravatura, o republicanismo e as contradições que levarão ao golpe militar republicano de 1889. Marcos Costa conseguiu obter em O Reino Que Não Era Deste Mundo uma visão de síntese do século XIX brasileiro – tarefa nada fácil. E mais, aqui e ali foi polemizando com a bibliografia e lançando novos olhares sobre a nossa história.

 

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O Reino Que Não Era Deste Mundo

O Reino Que Não Era Deste Mundo – Para entender o Brasil de hoje é preciso entender os bastidores de uma disputa pelo poder que começa em 1831 e envolve nada mais, nada menos que alguns dos principais personagens da nossa história. De um lado, os monarquistas, os novos-ricos, D. Pedro I, Duque de Caxias, Barão de Mauá, D. Pedro II, Princesa Isabel, Conde D’Eu; do outro, é claro, os republicanos, os escravocratas, os cafeicultores, Barão de Cotegipe, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Floriano Peixoto.
Nas cenas derradeiras, em 1889, o enfermo Imperador D. Pedro II está vindo de Petrópolis. No Rio de Janeiro, duas conspirações estão prestes a se chocar. Em uma das frentes, a Princesa Isabel trama a transição para o Terceiro Reinado. Na outra, os republicanos colocam em marcha planos sediciosos para proclamar a República. No meio, o Marechal Deodoro terá que escolher um dos lados. Ambas as elites caminham sobre um vulcão em erupção.
Em O Reino Que Não Era Deste Mundo, o historiador Marcos Costa conduz o leitor por um passeio erudito pelo século XIX brasileiro, observando e analisando os principais momentos da nossa história. O autor, com muita competência e profundo conhecimento do período imperial, apresenta os principais dilemas da monarquia.
Analisa com propriedade o processo independentista, a abdicação de D. Pedro I, os conflitos do período regencial, a figura ímpar do Duque de Caxias e sua relação – e a de seu pai – com o projeto monárquico, a questão da escravidão e seus desdobramentos políticos e econômicos, a relação de D. Pedro II com a modernidade econômica representada pelos projetos do Barão de Mauá.
Mas o autor avança na interpretação do papel do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a construção da memória, acentuando a ação do imperador na formação da identidade nacional. Indo para o plano político, Marcos Costa destaca a disputa entre os partidos liberais e conservadores e seus reflexos na condução do país, inclusive durante a Guerra do Paraguai.
É muito feliz o desenho do cenário, os dilemas que envolveram a sucessão ao trono – que acabou não ocorrendo – e o casamento da Princesa Isabel, precedido de inúmeras negociações que decidiram não só o destino da monarquia mas, principalmente, o destino do Brasil. É ressaltado (com muita propriedade) o papel progressista da Princesa Isabel, isto em um país com forte marca machista.
O Reino Que Não Era Deste Mundo não poderia deixar de lado o abolicionismo, a questão da escravatura, o republicanismo e as contradições que levarão ao golpe militar republicano de 1889. Marcos Costa conseguiu obter em O Reino Que Não Era Deste Mundo uma visão de síntese do século XIX brasileiro – tarefa nada fácil. E mais, aqui e ali foi polemizando com a bibliografia e lançando novos olhares sobre a nossa história.

 

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