A Fotografia No Império

A Fotografia No Império - Um novo meio de expressão para uma nova nação. Em janeiro de 1840, o Brasil torna-se o primeiro país latino-americano a conhecer a daguerreotipia. Com a bênção de dom Pedro II, o país mantém-se em posição de destaque no cenário fotográfico internacional, com as transformações políticas e sociais sendo registradas pelas novas técnicas.


Pátria da luz, morada do sol, o Brasil conheceu muito cedo a invenção de Daguerre, poucos meses depois do anúncio oficial de sua invenção, feito em Paris a 19 de agosto de 1839. Com efeito, já a 17 de janeiro de 1840 o abade francês Louis Compte, capelão da fragata L’Orientale, tirou os primeiros daguerreótipos em território brasileiro.
Foram três vistas da região central da cidade do Rio de Janeiro, focalizando o Paço Imperial; o chafariz de Mestre Valentim; e o antigo Mercado da Candelária, projetado pelo arquiteto Grandjean de Montigny, membro da Missão Artística Francesa.
A fase inaugural da fotografia na Corte se prolongou de 1840 até o início da década de 1860, quando a consolidação do uso do negativo de Colódio Úmido e das cópias sobre Papel Albuminado relegaram ao segundo plano os primeiros processos, que geravam apenas imagens únicas, como a daguerreotipia, a Ambro-Tipia e a Ferrotipia.
Muitos dos primeiros fotógrafos foram itinerantes que permaneceram pouco tempo na cidade antes de seguir para outras freguesias, outros eram estrangeiros ou forasteiros que fizeram da Corte um novo lar, mas todos merecem ser louvados pelo papel crucial que desempenharam na fixação da fotografia no território brasileiro.
Na impossibilidade de nomeá-los todos, cumpre destacar entre os mais representativos: Francisco Napoleão Bautz; Buvelot & Prat; Lewis & Chaise; Biranyi & Kornis; Manuel Banchieri; Cayrol; Carneiro & Smith; Justiniano José de Barros; Diogo Luiz Cipriano; Morange; Henri-Désiré Domère; Serafim Duarte dos Santos; Gaspar Guimarães. Sem esquecer aquela que foi a primeira mulher a administrar sozinha um ateliê fotográfico na cidade: Henriqueta Harms, que em 1851 recebia seus clientes à rua dos Latoeiros 83. O centro da cidade, aliás, concentrava a maioria dos estúdios fotográficos, num perímetro que podia ser percorrido sem problemas de uma só pernada.

   

 

 

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A Fotografia No Império – Um novo meio de expressão para uma nova nação. Em janeiro de 1840, o Brasil torna-se o primeiro país latino-americano a conhecer a daguerreotipia. Com a bênção de dom Pedro II, o país mantém-se em posição de destaque no cenário fotográfico internacional, com as transformações políticas e sociais sendo registradas pelas novas técnicas.
Pátria da luz, morada do sol, o Brasil conheceu muito cedo a invenção de Daguerre, poucos meses depois do anúncio oficial de sua invenção, feito em Paris a 19 de agosto de 1839. Com efeito, já a 17 de janeiro de 1840 o abade francês Louis Compte, capelão da fragata L’Orientale, tirou os primeiros daguerreótipos em território brasileiro.
Foram três vistas da região central da cidade do Rio de Janeiro, focalizando o Paço Imperial; o chafariz de Mestre Valentim; e o antigo Mercado da Candelária, projetado pelo arquiteto Grandjean de Montigny, membro da Missão Artística Francesa.
A fase inaugural da fotografia na Corte se prolongou de 1840 até o início da década de 1860, quando a consolidação do uso do negativo de Colódio Úmido e das cópias sobre Papel Albuminado relegaram ao segundo plano os primeiros processos, que geravam apenas imagens únicas, como a daguerreotipia, a Ambro-Tipia e a Ferrotipia.
Muitos dos primeiros fotógrafos foram itinerantes que permaneceram pouco tempo na cidade antes de seguir para outras freguesias, outros eram estrangeiros ou forasteiros que fizeram da Corte um novo lar, mas todos merecem ser louvados pelo papel crucial que desempenharam na fixação da fotografia no território brasileiro.
Na impossibilidade de nomeá-los todos, cumpre destacar entre os mais representativos: Francisco Napoleão Bautz; Buvelot & Prat; Lewis & Chaise; Biranyi & Kornis; Manuel Banchieri; Cayrol; Carneiro & Smith; Justiniano José de Barros; Diogo Luiz Cipriano; Morange; Henri-Désiré Domère; Serafim Duarte dos Santos; Gaspar Guimarães. Sem esquecer aquela que foi a primeira mulher a administrar sozinha um ateliê fotográfico na cidade: Henriqueta Harms, que em 1851 recebia seus clientes à rua dos Latoeiros 83. O centro da cidade, aliás, concentrava a maioria dos estúdios fotográficos, num perímetro que podia ser percorrido sem problemas de uma só pernada.

   

 

 

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