Processos Educativos No Fazer Artesanal De Mulheres Do Rio Grande Do Sul

Processos Educativos No Fazer Artesanal De Mulheres Do Rio Grande Do Sul - Os estudos que constituem este livro e que vão enriquecer o saber sobre formas expressivas da atividade das mulheres rio-grandenses, oferecem uma amostra variada de experiências de aprendizagem e prática do artesanato que se tornaram oportunidades de crescimento e conscientização.


Foram realizadas pesquisas em diferentes lugares do Rio Grande do Sul: na região Sul, entre artesãs vinculadas a uma cooperativa popular, na cidade de Pelotas, e num grupo de mulheres negras aprendendo a arte do “crochê de grampada”, na fundadora cidade portuária de Rio Grande; além disso, na região metropolitana de Porto Alegre, em Alvorada, junto a um grupo de mulheres envolvidas na produção da tecelagem; e na subida da Serra Gaúcha, em Ivoti, sobre os panos de parede bordados com dizeres, usados como enfeite das cozinhas na região de predominância da imigração alemã.
Na intenção de lançar sobre essa investigação, tão reveladora, uma luz que lhe possa ainda acrescentar algo, não parece demais começar por relembrar o fato de que a arte, no sentido da grande arte que impõe uma distância contemplativa, tem sido, em geral, e por muito tempo, um afazer dos homens, isto é, dos representantes masculinos da espécie humana; e de que suas companheiras de destino, as mulheres, temos sido naturalmente mais associadas ao artesanato, sendo, assim, lícito supor, ou, pelo menos, desconfiar, que a característica de gênero tenha exercido influência na forma como se estabeleceu essa diferenciação de fronteiras entre arte e artesanato.
Parecem perder-se no tempo, nos caminhos da memória e do esquecimento, as razões que estiveram na origem dessa diferenciação conceitual e de seu próprio conteúdo, mas há modos de compreender que são bastante estabelecidos. O entendimento mais simples e comum parece ser o de que se está diante de artesanato quando a mão humana trabalha a matéria-prima para produzir objetos úteis, ou seja, quando visa a produzir utilidades ou utensílios, onde a beleza é uma dimensão discreta que chega apenas, talvez, até o nível da decoração; por outro lado, está-se diante do fenômeno da arte quando se busca, principalmente, a beleza, quando se realiza a expressão do sujeito através da obra, vista essa como algo de não propriamente útil.

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Processos Educativos No Fazer Artesanal De Mulheres Do Rio Grande Do Sul – Os estudos que constituem este livro e que vão enriquecer o saber sobre formas expressivas da atividade das mulheres rio-grandenses, oferecem uma amostra variada de experiências de aprendizagem e prática do artesanato que se tornaram oportunidades de crescimento e conscientização.
Foram realizadas pesquisas em diferentes lugares do Rio Grande do Sul: na região Sul, entre artesãs vinculadas a uma cooperativa popular, na cidade de Pelotas, e num grupo de mulheres negras aprendendo a arte do “crochê de grampada”, na fundadora cidade portuária de Rio Grande; além disso, na região metropolitana de Porto Alegre, em Alvorada, junto a um grupo de mulheres envolvidas na produção da tecelagem; e na subida da Serra Gaúcha, em Ivoti, sobre os panos de parede bordados com dizeres, usados como enfeite das cozinhas na região de predominância da imigração alemã.
Na intenção de lançar sobre essa investigação, tão reveladora, uma luz que lhe possa ainda acrescentar algo, não parece demais começar por relembrar o fato de que a arte, no sentido da grande arte que impõe uma distância contemplativa, tem sido, em geral, e por muito tempo, um afazer dos homens, isto é, dos representantes masculinos da espécie humana; e de que suas companheiras de destino, as mulheres, temos sido naturalmente mais associadas ao artesanato, sendo, assim, lícito supor, ou, pelo menos, desconfiar, que a característica de gênero tenha exercido influência na forma como se estabeleceu essa diferenciação de fronteiras entre arte e artesanato.
Parecem perder-se no tempo, nos caminhos da memória e do esquecimento, as razões que estiveram na origem dessa diferenciação conceitual e de seu próprio conteúdo, mas há modos de compreender que são bastante estabelecidos. O entendimento mais simples e comum parece ser o de que se está diante de artesanato quando a mão humana trabalha a matéria-prima para produzir objetos úteis, ou seja, quando visa a produzir utilidades ou utensílios, onde a beleza é uma dimensão discreta que chega apenas, talvez, até o nível da decoração; por outro lado, está-se diante do fenômeno da arte quando se busca, principalmente, a beleza, quando se realiza a expressão do sujeito através da obra, vista essa como algo de não propriamente útil.

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