Trajetórias, Cotidiano E Utopias De Uma Ocupação No Centro Do Rio De Janeiro

Trajetórias, Cotidiano E Utopias De Uma Ocupação No Centro Do Rio De Janeiro analisa os projetos de cidade e sociedade do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), a partir de um estudo de caso da Ocupação Manuel Congo, localizada na região da Cinelândia, área nobre do centro do Rio de Janeiro.
A autora faz indagações sobre como os moradores constroem sua identidade, como se apropriam da cidade, como interpretam as condições opostas de morar no centro versus morar na periferia e como se inserem em um projeto de autogestão habitacional.
São muitos os desafios e os riscos de um estudo científico politicamente comprometido com os projetos e ações que dão corpo ao objeto a ser analisado.


É grande o risco de nos enredarmos num discurso ideológico linear e simplificador dos conflitos sociais e, para evitá-lo, precisamos construir uma relação dialógica com alto grau de confiança entre o pesquisador e os sujeitos objeto de sua pesquisa. Assim, a complexidade e as contradições das práticas cotidianas podem emergir de forma inteligível.
Esse foi o caminho percorrido pela socióloga Irene Mello no desenvolvimento de sua dissertação de mestrado, até desvendar a potência transformadora de uma ocupação coletiva situada no centro da cidade do Rio de Janeiro, assim como as barreiras à sua efetivação.
Foi uma longa caminhada de quatro anos de convivência com as lideranças e as famílias protagonistas da Ocupação Manuel Congo, acumulando informações e percepções sobre suas trajetórias, seus projetos de vida e suas estratégias, coletivas e domésticas, para (sobre)viver no centro de uma grande metrópole socialmente segregada e desigual.
A experiência dessa ocupação é exemplar para todos que buscam analisar as cidades capitalistas na perspectiva do conflito de classes como elemento constituinte dos processos de produção e apropriação do espaço urbano. Trata-se da ocupação de um edifício público ocioso em área central valorizada, organizado por um movimento de moradia de âmbito nacional, cuja principal bandeira é o direito igualitário à cidade.
O estudo evidencia com clareza o caráter insurgente do evento analisado, tanto na dimensão mais específica da tomada de um imóvel há longo tempo sem uso e a espera do interesse empresarial, como na dimensão mais ampla da construção coletiva de outra forma de reprodução da vida, sustentada no cooperativismo e na autogestão.

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São muitos os desafios e os riscos de um estudo científico politicamente comprometido com os projetos e ações que dão corpo ao objeto a ser analisado.
É grande o risco de nos enredarmos num discurso ideológico linear e simplificador dos conflitos sociais e, para evitá-lo, precisamos construir uma relação dialógica com alto grau de confiança entre o pesquisador e os sujeitos objeto de sua pesquisa. Assim, a complexidade e as contradições das práticas cotidianas podem emergir de forma inteligível.
Esse foi o caminho percorrido pela socióloga Irene Mello no desenvolvimento de sua dissertação de mestrado, até desvendar a potência transformadora de uma ocupação coletiva situada no centro da cidade do Rio de Janeiro, assim como as barreiras à sua efetivação.
Foi uma longa caminhada de quatro anos de convivência com as lideranças e as famílias protagonistas da Ocupação Manuel Congo, acumulando informações e percepções sobre suas trajetórias, seus projetos de vida e suas estratégias, coletivas e domésticas, para (sobre)viver no centro de uma grande metrópole socialmente segregada e desigual.
A experiência dessa ocupação é exemplar para todos que buscam analisar as cidades capitalistas na perspectiva do conflito de classes como elemento constituinte dos processos de produção e apropriação do espaço urbano. Trata-se da ocupação de um edifício público ocioso em área central valorizada, organizado por um movimento de moradia de âmbito nacional, cuja principal bandeira é o direito igualitário à cidade.
O estudo evidencia com clareza o caráter insurgente do evento analisado, tanto na dimensão mais específica da tomada de um imóvel há longo tempo sem uso e a espera do interesse empresarial, como na dimensão mais ampla da construção coletiva de outra forma de reprodução da vida, sustentada no cooperativismo e na autogestão.

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