Confinamento E Vastidão

Confinamento E Vastidão: A Representação Feminina E A Subversão Em The Magic Toyshop - A pesquisadora Talita Annunciato Rodrigues efetua neste livro uma delicada análise do romance The Magic Toyship, escrito pela inglesa Angela Carter em 1967. Ela mostra como a construção das personagens, da ambientação e até da forma narrativa exteriorizam uma postura crítica da autora ao modelo de sociedade patriarcal.


De acordo com Rodrigues, embora Carter seja associada principalmente à literatura fantástica e ao pós-modernismo, nessa obra ela se enreda profundamente no tecido social. Como se, por meio de um estilo de escrita extremamente pessoal e até certo ponto subversivo, procurasse seu próprio espaço na literatura e ao mesmo tempo a liberdade de criticar os estereótipos e os papéis sociais impostos às mulheres.
Mas a pesquisadora adverte que é impossível compreender o livro - em que ela detecta aproximações com a peça Casa de Bonecas (1879), do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen - se não se levar em conta a profunda relação da autora com a literatura fantástica e, até mesmo, com os contos de fadas. A relação com este último gênero está presente não apenas nos romances, mas também nos trabalhos de Carter como editora e tradutora. Ela traduziu, por exemplo, vários contos do autor francês Charles Perrault, considerado um dos mestres da modalidade.
Embora a estrutura da obra tenha como base esse tipo de gênero, percebe-se que a construção das personagens, da ambientação e até mesmo da própria forma narrativa trabalhada em The Magic Toyshop, bem como a desconstrução de certos preceitos nela presentes, parece indicar uma postura crítica da autora com relação ao modelo de sociedade patriarcal. Ao aproximar sua obra dos contos de fadas, deliberadamente subvertendo certas convenções do gênero, Carter parece propor o questionamento de imagens e histórias presentes em nossa sociedade e que formam a base de nossa cultura. Verifica-se, dessa forma, que, apesar do caráter fantástico de sua obra, Angela Carter não dissociou sua escrita do tecido social, criando, assim, um estilo literário único.

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Confinamento E Vastidão: A Representação Feminina E A Subversão Em The Magic Toyshop – A pesquisadora Talita Annunciato Rodrigues efetua neste livro uma delicada análise do romance The Magic Toyship, escrito pela inglesa Angela Carter em 1967. Ela mostra como a construção das personagens, da ambientação e até da forma narrativa exteriorizam uma postura crítica da autora ao modelo de sociedade patriarcal.
De acordo com Rodrigues, embora Carter seja associada principalmente à literatura fantástica e ao pós-modernismo, nessa obra ela se enreda profundamente no tecido social. Como se, por meio de um estilo de escrita extremamente pessoal e até certo ponto subversivo, procurasse seu próprio espaço na literatura e ao mesmo tempo a liberdade de criticar os estereótipos e os papéis sociais impostos às mulheres.
Mas a pesquisadora adverte que é impossível compreender o livro – em que ela detecta aproximações com a peça Casa de Bonecas (1879), do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen – se não se levar em conta a profunda relação da autora com a literatura fantástica e, até mesmo, com os contos de fadas. A relação com este último gênero está presente não apenas nos romances, mas também nos trabalhos de Carter como editora e tradutora. Ela traduziu, por exemplo, vários contos do autor francês Charles Perrault, considerado um dos mestres da modalidade.
Embora a estrutura da obra tenha como base esse tipo de gênero, percebe-se que a construção das personagens, da ambientação e até mesmo da própria forma narrativa trabalhada em The Magic Toyshop, bem como a desconstrução de certos preceitos nela presentes, parece indicar uma postura crítica da autora com relação ao modelo de sociedade patriarcal. Ao aproximar sua obra dos contos de fadas, deliberadamente subvertendo certas convenções do gênero, Carter parece propor o questionamento de imagens e histórias presentes em nossa sociedade e que formam a base de nossa cultura. Verifica-se, dessa forma, que, apesar do caráter fantástico de sua obra, Angela Carter não dissociou sua escrita do tecido social, criando, assim, um estilo literário único.

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